- O que houve Alessandra?

- Você diz como se eu não serei feliz.

- Tudo tem sua a hora. – Ela apertou minha mão e sorriu.

Não se esqueça da corrida, sabe que só ganho quando te tenho por perto. Te amo. - Nathan

- Eu vou me arrumar, vou ver o Nat na corrida. – Beijei seu rosto. – Promete que vai ficar bem?

Minha mãe assentiu e eu sai rumo ao banheiro. Sua última frase martelava em minha cabeça. Tudo tem sua hora Alessandra, porque foi engravidar agora?

E de repente me vi na sala com os meus pais gritando por eu estar grávida, Nathan tentando não assumir a paternidade e os pais dele me ofendendo. Estava enjoada, meus olhos marejaram pela primeira vez no dia. Eu não ia conseguir.

Desci de minha picape e caminhei pelo gramado até a arquibancada onde Thomas, melhor amigo de Nathan me esperava. Perto das outras garotas eu estava uma largada, com meu jeans, tênis e moletom.

- E aí, preparada para mais uma corrida do seu amor?

- Sempre. – Cumprimentei-o.

- Então vai lá dar o beijo de boa sorte nele, antes que aquelas garotas dão primeiro. – Ele apontou.

Revirei os olhos e fui até o seu carro de corrida. A maioria das garotas estavam de shorts ou saia, sempre tentando mostrar alguma parte do corpo para o competidor. Mas elas não sabiam que ele estava olhando para uma só, eu. A garota de calça jeans e moletom.

- Vim te desejar boa sorte. – Coloquei minhas mãos nos bolsos de trás do jeans.

Eu achava incrível a minha falta de jeito toda vez que ficava perto dele, desde os meus dez anos de idade. Nathan Carter era o galanteador da escola, sempre mostrando para os outros garotos que ele pegava as meninas. E eu era sua melhor amiga, ninguém poderia chegar perto de mim, se não ele batia, eu também não podia usar nada decotado ou curto nos bailes, porque ele ficava bravo comigo. Depois que começamos a namorar consegui mudar este teu jeito, menos quando ele exagera na bebida.

- Venha cá. – As meninas deram espaço para que eu passasse.

Suas mãos foram no meu quadril e meu pés se ergueram para que eu alcançasse sua boca. Sua outra mão segura minha nuca, pedindo para que eu não o solte, enquanto as minhas se enroscavam nos seus cabelos castanhos.

- Porque ficou tímida? Não ligue para elas, sabem que só tenho olhos para você. – Ruborizei.

- Eu te amo Nathan Carter. – Meus olhos marejaram.

- Ei, o que houve? Você não é de chorar.

Nada, só destruímos nossa vida. Adeus Portland, adeus universidade e sucesso na carreira. Eu só estou grávida, Nat, vamos ter um bebê. Se nossos pais vão nos matar? Provavelmente, mas o que eu vou fazer?

- Vai ganhar essa corrida por mim? – Ele sorriu e me beijou. – Prometa-me que não vai se machucar?

- Ele até pode prometer, mas eu não garanto. – Andrew veio até nós.

Participar de corrida clandestina não era fácil. Muitos competidores eram traficantes ou estavam precisando de dinheiro para pagar os traficantes. Andrew no caso era um traficante, como eu sei? Ele já tentou vender cocaína para mim numa festa da escola.

- Não ligue para o que ele diz, ele não vai machucar ninguém aqui. – Andrew riu.

Eu ligava. Andrew Philip já havia me machucado uma vez, sua raiva por Nathan ter ganhado na sua primeira participação acabou me machucando. Ele tentou abusar de mim, após ter me sequestrado por uma noite em troca do dinheiro da corrida.

Meu Segredo (não revisado)Where stories live. Discover now