Capitulo 5 -Acuado

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Na segunda feira pela manha foi difícil deixar King preso em casa para ir ao trabalho, mas foi necessário, mas confesso que caminhei a passos lentos em direção a empresa, saber que teria que encarar Don me embrulhava o estomago.

Meu domingo não teve nada de extraordinário, preferi me isolar um pouco para pensar, no almoço fiz uma lasanha que dividi com King (que não comeu nada) e no fim da tarde ponderei se deveria ir atrás de Ric, se ele fosse mesmo o homem-sonho eu não poderia abrir mão dele. Mas que direito eu tinha de aparecer do nada e cobrar explicação sobre suas atitudes estranhas da noite anterior.

Ao invés disso eu coloquei uns filmes e gastei meu tempo assistindo eles e me divertindo com King tentando assistir.

Eu cheguei e fui direto para minha sala sem falar com muitas pessoas, um tempo depois a secretaria de Don entrou dizendo que ele estava a minha espera, minha vontade foi manda-lo ao inferno. Mas eu era profissional ao contrario daquele canalha. O que não significava que iria a sala dele, mas ele poderia espernear o quanto quisesse, se preciso fosse eu pediria minhas contas.

Não veio mais nenhum pedido para comparecer a sala de Don, e graças a deus não topei com ele, deveria estar me evitando tanto quanto eu o estava.

Meu plano era sair mais cedo da empresa, terminar meu serviço e simplesmente sair as escondidas, recebi por email a lista dos meus projetos e um deles, o mais difícil e que tomou toda minha tarde e parte da noite pertencia a uma empresa que me era familiar. Quando terminei e fui ate a cantina para tomar um copo de água acabei topando com Ric.

“Ric? O que você está fazendo aqui?”

Ele estava sentado em uma das mesas da cantina, daquelas quadradinhas com quatro cadeiras, era a própria imagem da formalidade (exceto por algumas tatuagens ainda visíveis) usava terno e estava sentado com as pernas cruzadas, a gravata estava frouxa e mostrava seu peito, a barba que estava um pouco grande na noite da festa agora estava totalmente apagada, o rosto liso o deixava com cara de adolescente. Sorriu ao me ver e se eu fosse um pouco mais confiante acharia que ele estava ali me esperando.

“Vim pegar o projeto do meu pai, mas seu chefe me avisou que ainda não estava pronto devido a dificuldades técnicas.”

Eu levei minha mão a cabeça e dei um tapa em minha testa. “Merda!”

Ric deu uma gargalhada.

“Desculpa Ric, eu sou o responsável pelo projeto, mas ele é um pouco complexo e eu passei a tarde toda trabalhando nele, mas não terminei a tempo porque eu não tive espirito de equipe e não pedi ajuda, mas eu prometo que...”

Nesse momento ele se levantou e cruzou a distancia que nos separava, foi um movimento muito rápido. “Evan, eu conheço você, e confio em você, vai dar o melhor de si, não se preocupe com prazos, e...” ele olhou ao redor como se procurasse algo. “... cadê seu cachorro?”

“Em casa, eu não posso trazer ele para o trabalho, eu queria te perguntar algo, o que foi que você disse na noite ante...”

“você não entendeu Evan, ele vai estar com você em todos os lugares, ele é seu guardião e você o guardião dele.”

“Como assim Ric, do que você tá falando? Você é o dono do King?”

“De certa maneira sim, mas agora você pode ficar com ele, o cachorro é seu.”

“Como assim, que maluquice é essa?” por mais que estivesse feliz em ter King eu não poderia ignorar toda a insanidade da situação.

“É melhor não entrar em detalhes agora Evan, mas eu sinto uma conexão com você, eu me arrependo de não ter chegado junto antes, antes de ele entrar na sua vida, mas no momento certo eu vou desafiar ele por você.”

Evan e o Rei- 1° LivroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora