Capítulo 9 /Parte Dois

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Estou cego de raiva e quando aproximo-me deles, apenas com um movimento, puxo-o, lançando o seu corpo brutalmente de encontro ao chão sólido. Minha raiva é tão grande que, desfiro socos incessantes sobre seu rosto. Ele não esperava minha atitude e apenas tenta se defender com as mãos. Isso é inútil, já que meus golpes são certeiros e cheios de ódio, deixando a sua face completamente desfigurada.

- DESGRAÇADO! - vocifero e antes de dar o último golpe, tento entender o que aconteceu com a Julia que está aparentemente desacordada em seu veículo.

- O que você fez, seu desgraçado? - pergunto com exasperação na voz e ele sorri com seus dentes completamente sujos de sangue.

- Eu a dopei. - ele confessa me fazendo unir as sobrancelhas e continua:

- Você se acha muito esperto, não é? Idiota! - ele diz e em seguida cospe o sangue que se acumula no interior de sua boca voltando a me encarar. - Eu estava lá... o tempo todo ! Pena não tê-la dopado o suficiente. Tinha muitos planos para essa noite.

Não pode ser possível! Esse cara é pior do que eu pensava! Encaro-o com total perplexidade.

- Sabe, eu ia levá-la daqui, mas a idiota não dormia completamente e então, decidi adiar. - Adam informa, com sarcasmo impresso na voz.

Então é isso, ele estava seguindo a Julia e, provavelmente, a levaria daqui. O que é pior, ele já estava com péssimas intenções enquanto ela trabalhava ao seu lado. Provavelmente, Adam tem um motivo, mas ainda não consigo entender o que de fato possa ser.

De repente, percebo que ele está dentro de uma fantasia que me remete instantaneamente ao zorro que vi naquela festa. Claro, é ele. Adam é o maldito zorro, mas agora, sem o chapéu e a máscara.

- Batman batendo no Zorro, não é bizarro? - ele diz com ironia soltando uma risada sarcástica e mesmo com seu rosto desfigurado, Adam parece não se importar. Com as mãos em seu colarinho e prestes a dar o último golpe, ouço a voz da Júlia balbuciando frases ininteligíveis. Largo-o batendo sua cabeça com força sobre chão e corro em direção a ela, retirando-a do veículo. Com ela em meus braços sigo até as escadas e coloco seu corpo vagarosamente sobre chão. Retorno para terminar o meu serviço com o desgraçado, porém Adam já está dentro do seu carro. Tento alcançá-lo, mas o pilantra foge, acelerando com as portas abertas e cantando pneu pelas ruas.

Claro que ele era o zorro! Devia ter percebido isso antes!

***

Lentamente, coloco seu corpo sobre a minha cama. Retiro suas sandálias e meu cérebro apenas imagina o que aconteceria com ela se eu não estivesse por lá. Adam, sempre foi muito estranho pelas poucas vezes que o via, mas chegar ao ponto de agir dessa forma, é inimaginável. Nunca gostei dele e agora, desejo arrancar os seus olhos.

Tento afastar esses pensamentos homicidas e aproximo-me dela. Julia está um pouco torta. Ajeito sua cabeça sobre a almofada e observo seu belo rosto enquanto ela dorme como uma pedra. Adam a dopou com algo muito forte, mas não a dopou o suficiente para que ela apagasse imediatamente. Exalo um ar profundo e, lentamente, toco sua face delicada com o dorso da minha mão.

- Linda! - sussurro, enquanto meus dedos traçam a linha da sua mandíbula. Vagarosamente aproximo meu rosto do dela e com suavidade, toco meus lábios sobre os seus. Neste momento sinto apenas vontade de cuidar dela.

Meus olhos varrem sua fantasia e imagino o quão desconfortável isso possa ser. Viro seu corpo delicadamente de lado e, com muito cuidado desço o zíper na lateral. Deslizo o vestido aos poucos e seu corpo seminu, vai se revelando.

Respiro profundamente antes de terminar de tirar e, por algum motivo, me sinto como um adolescente que não consegue se controlar. Definitivamente, algo não está bem e, vendo-a agora, assim tão indefesa tenho a certeza de que meus sentimentos em relação a ela, são completamente diferentes. Nunca agi assim com mulher alguma. Jamais trouxe mulheres para dividir a minha cama e, no entanto, não queria outro lugar no mundo que ela estivesse nesse exato momento.

Levanto-me e sigo até o banheiro. Pego um lenço umedecido e retorno, sentando-me ao seu lado. Lentamente, retiro toda a sua maquiagem e ela, apenas balbucia algo incoerente. Julia se move, mas seus olhos não se abrem em nem um momento.

Levanto-me e retiro a minha roupa do Batman. Fico apenas de cueca e, eu não resisto. Quero apenas sentir o seu corpo próximo ao meu. Deito-me ao seu lado puxando o seu corpo para mim. Aspiro o seu perfume delicioso dos seus cabelos e meus braços enrolam em sua cintura. Sua respiração é regular me fazendo exalar um suspiro de alívio. Ela está bem!

Ultimamente, tenho lutado para dormir, mas ao lado dela, meu corpo instantaneamente relaxa e meu sono vem em poucos minutos...

***

Meus olhos se abrem e a primeira coisa que vejo é um rosto sereno e lindo. Julia ainda está desmaiada com o seu belo rosto apoiado sobre meu peito nu. Ela está apenas de sutiã e calcinha o que não me ajuda muito neste exato momento. Estou me segurando para não agarrá-la e acabar assustando-a de vez. Mesmo sentindo calor, confesso que essa sensação é confortante e... diferente. Sinto como se eu já dormisse ao seu lado a vida toda. Não sei explicar.

Com muita relutância, saio da cama vagarosamente. Ajeito seu corpo e ela nem se mexe. Pego meu celular e sigo até a cozinha com a intenção de preparar algo para Julia. Enquanto espero o café ficar pronto, ligo meu celular e vejo que Betty, minha governanta, havia me ligado enumeras vezes. Decido retornar às suas ligações com o intuito de acalmá-la, já que seu voo está marcado.

Conversamos sobre seu voo e horários e o quão animada ela realmente está. Sei que estou em falta com a Betty, já que meu pai simplesmente desapareceu. Se não fosse suas ligações quase que diárias, imaginaria que ele havia sido sequestrado. Há meses, ele roda o mundo em viagens a passeio. Algo incomum vindo de um homem que trabalhou a vida inteira, e é exatamente por isso que acredito que ele deva aproveitar. Afinal, eu estou segurando as pontas e meu pai sempre está em contato, mesmo que não seja físico.

Depois de arrumar a bandeja com café, biscoitos e cereais... subo as escadas retornando para o quarto onde, achei que encontraria Julia ainda dormindo, mas ela está de pé e quando me vê, tenta cobrir o seu corpo inutilmente. Paro na porta e a encaro com uma expressão séria.

- Volte para cama! - ordeno e, ela une suas sobrancelhas.

- Como vim parar aqui? - coloco a bandeja sobre o criado mudo e em seguida, aproximo-me dela. Julia está deliciosamente linda e, se ela não se cobrir, agora... eu não sei se serei capaz de me controlar.

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