Oito

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- Eu não posso molar com voxê? - Giulia me pergunta fazendo um biquinho

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- Eu não posso molar com voxê? - Giulia me pergunta fazendo um biquinho.

- Eu passo o dia todo no hospital, as vezes vou a noite também, melhor que fique com nossa mãe, ela vai cuidar de você e do que precisa - respondo.

- Sei me cuidar - diz bufando e cruzando os braços, dou um sorriso e olho para ela.

- Será mesmo bonequinha? - pergunto - Eu prometo que sempre vou visitar vocês, não se preocupe, vou te ajudar a se adaptar, passarei dois dias sem trabalhar só para poder ficar com você ok?

- Otei - responde.

Continuo a dirigir e logo paro na frente da casa em que cresci, olho para Giulia e sorrio, abro a porta e saio do carro, paro ao lado da sua e abro para ela sair.

Seguro sua mão e puxo em direção a porta da frente, toco a campainha e logo minha mãe atende com um sorriso.

- Finalmente chegaram! - exclama feliz, ela olha para Giulia e sorri, no entanto minha irmã está se escondendo atrás de mim - Eu estive tão ansiosa para esse dia querida.

- Não se preocupe bonequinha - falo e ela suspira saindo de trás de mim, minha mãe puxa ela e a abraça apertado, vejo ela dar alguns beijos no rosto de Giulia e sorrio.

- Vamos entrar, eu preparei um jantar para vocês - diz e segura o braço de Giulia levando ela em direção a cozinha, sorrio vendo as duas e fecho a porta seguindo a elas - Vão lavar as mãos e eu vou terminar de arrumar a mesa.

- Posso te ajudar mãe - falo beijando o rosto dela.

- Não, vão lá e eu termino aqui - diz, Giulia me segue e lavamos as mãos, voltamos para a cozinha e nos sentamos a mesa - Deixa eu servir a você.

Sorrio vendo ela montar um prato para Giulia, ela tem um sorriso não rosto enquanto faz tudo, já minha irmã parece envergonhada.

- Eu não como muito - diz baixinho.

- Oh, ok querida, mas caso queira mais não se preocupe em pedir - diz entregando o prato a ela e se sentando em seguida.

- Você vai ver uma comida maravilhosa agora bonequinha - falo e ela sorri levando a colher a boca e sorrindo ainda mais - Não disse.

- Gostou? - nossa mãe pergunta em expectativa - Eu gosto de saladas, mas o Noah disse que gostava de comidas assim resolvi fazer agora você.

- Obrigada - diz com um e continua a comer.

Nossa mãe vai fazendo perguntas e Giulia responde tudo de forma simpática, mas ainda tímida, em nenhum momento ela falou sobre o Peter, eu disse a ela que isso deixaria a Giulia triste e era melhor evitar falar algo.

O jantar segue animado e cheio de conversas, quando terminamos Giulia parecia querer dormir e então nossa mãe mostrou a ela o quarto em que ia ficar, eu fiz uma mamadeira e entreguei a ela que tomou e dormiu.

Me sento no sofá da sala e minha mãe senta no outro.

- Acha que fui bem? - questiona parecendo preocupada - Eu tentei ao máximo ser algo que ela espera.

- Não se preocupe mãe, e eu acho que deveria ser você mesma, ela vai gostar de você, só dê tempo a tudo - falo e ela assente sorrindo - Vou dormir agora, estou cansado.

- Boa noite querido - diz, beijo o rosto dela e caminho até o quarto que era meu quando morava com minha mãe.

Me preparo para dormir e deito na cama, fecho os olhos e tento relaxar, aos poucos pego no sono.

∆∆∆∆∆∆

- Nono - ouço uma vozinha me chamar, sinto como se meu corpo estivesse flutuando em nuvens - Nono acoda.

- Quem é? - murmuro sonolento.

- Nono - chama novamente e abro os olhos, vejo Giulia parada ao lado da minha cama e me sento.

- O que foi? - questiono.

- Eu acodei e não consegui mimir novamente - diz baixinho - Dipupa acodar voxê, mas eu fiquei com medo de ficar sozinha naquele quarto.

- Quer dormir aqui? - pergunto e ela assente, afasto a coberta e ela arregala os olhos.

- Você tá pelado - exclama.

- Estou de cueca, não pelado, é a mesma coisa de ir a praia Giulia, não se preocupe - falo e ela me olha - Vou vestir um shorts.

Me levanto e pego um short, visto e volto para a cama, me deito e vejo ela me olhar de novo.

- Vem deitar - falo, ela sobe na cama e deita encolhida ao meu lado.

- Voxê pode me ablaçar? - pergunta.

- Posso - falo.

Ela encosta aos poucos perto de mim e sorri, suas mãos tocam meu rosto e fecho os olhos sentindo seus dedos desenharem o contorno do meu rosto.

- Você é muito fofinho - diz e dou risada.

Abro meus olhos e olho para os seus, vejo seus lábios torcidos em uma careta fofa e ela me abraça deixando a cabeça descansar em meu peito.

Engulo em seco e sinto meu coração acelerado, aperto ela em meus braços e beijo seus cabelos.

- Boa noite Nono - fala sonolenta.

- Boa noite bonequinha - respondo.

Ouço ela bocejar e logo dormir.

Sinto meu coração batendo forte no peito e com uma sensação diferente, como se eu tivesse tendo um leve infarto ou sobrecarga de emoções.

Respiro fundo algumas vezes e fecho os olhos para tentar dormir novamente e ver se isso passa.

××××

Para aqueles que não sabem, eu vou apesar uma semana sem postar, esse é o último capítulo até domingo que vem quando voltam as postagens frequentes.

Ultimamente tenho ficado sobrecarregada e preciso de um descansinho ok?

Beijinhos e abraços ❤️

Doce amorOù les histoires vivent. Découvrez maintenant