Contando para ela.

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Fui andando à pé para casa. Minha testa brilhava no sol que estava rindo da minha cara.
Olhei para a escada da porta da minha casa, e vi que Annie estava a minha espera.

Estava sem saber o que dizer a ela. As minhas últimas semanas foram relacionadas a Rio, e somente a ele.
Meus pensamentos, sentimentos, razões e risadas eram para ele.
Mas agora que eu disse o que estava sentindo, me sinto errada. Como se o que eu fiz foi jogar uma bomba e ver o que acontece.

— Caralho, Beth, o que aconteceu?-

— Se senta que vou te contar uma merda enorme. - Disse e achei que Annie ficaria confusa, mas a mesma sorriu. FOFOQUEIRA.

♧♧♧

-CARALHO! O QUE????? VOCÊ E RIO? O QUE ?-

-Sim...

-Porra Beth! Porque não me contou? Sabe que eu amo uma fofoca!- Olho para Annie. Ela não deve saber nem que eu fiquei cinco ou dez em um hospital sem me preocupar com comida ou bebida.

-Eu estava com medo. Do que vocês iriam dizer.

-Maninha, eu te amo muito, eu sei que você precisava de um relacionamento novo. O Dean não te fez bem. Ele te traiu com metade da cidade.

-Eu também te amo. Mas eu não quis mesmo contar para vocês. Só estou contando agora porque não sei o que fazer com a minha dignidade. Se ela estiver no chão cuidado, não pise. - Tentei rir, mas estava muito nervosa.

Não sei o que está acontecendo comigo. Eu nunca estive assim com nenhuma pessoa antes. Eu só fiquei assim quando eu conheci Dean. Mas depois de uma semana essa paixão toda acabou, e só sobrou o medo de não ficar para sempre.
Mas com Rio é diferente. Estamos transando e meio que ficando a mais de um mês. E ele com certeza deveria saber que uma hora ou outra isso acabaria como está agora.
Um de nós apaixonados.

-Vamos conversar mais. Me conte tudo, tudinho. Até sobre o sexo.

-Tá... hum... começamos com isso quando ele me pediu para "acompanhá-lo" em uma festa. Ele precisava de uma namorada e eu... como ele me disse "você é gostosa". Eu achava que tinha feito pelo dinheiro, mas na verdade eu fiz mais pela curiosidade. Sabia que ele iria ficar vulnerável com os amigos, e o que mais gosto nesse homem é o sorrido. Os seus olhos ficam brilhando.-

-Hum... conte mais.- Annie estava muito interessada. Ela parece estar assistindo uma das suas séries favoritas. E eu sou o seu entretenimento.

-Mas nesse dia estávamos brigados. Tínhamos brigado porque eu falei "você é um filho da puta que só se importa com dinheiro". É... nem sei como disse aquilo. Durante a festa tocou aquela música que eu amo. "Gangster"

-Puta que pariu! E depois?

-Eu dancei em uma barra que tinha na festa. Eu dancei olhando para o Rio. Ele estava me comendo com os olhos. Eu como a sonsa que sou, me aproximei dele e...

-E ? E ?????? O que você fez??????

-Eu disse que iria ao banheiro.

-Hum???? E depois?

-Calma Annie.

-Porra, impossível! É muito engraçado como você passou de uma simples dona de casa para: uma mulher que fode com chefes do crime.

-Tá, deixe-me continuar.

-Conta logo!

Aonde eu parei?

-Ah, Eu iria voltar para a pista de dança, mas quando abro a porta vejo Rio parado atrás da porta.

-Meu Deus!

-Ele me empurrou para dentro do banheiro, depois de muito tempo nós transamos. Quero dizer... ele só me... você sabe.-

-Caralho maninha! Você se deu bem!-

-Vamos ver até onde isso dará. Agora acabei de falar para ele que gosto dele, e ele não disse nada.

-Sério? Ele não disse nada?

Mais ou menos... eu saí antes ele falar qualquer coisa.
Medo, ansiedade, nervosismo!
Estava esperando ele dizer que não sentia nada por mim, ou coisa pior, ele rir da minha cara.
Ele nunca faria isso...
Eu sei, mas... sei lá. Tenho muito medo de ser rejeitada. E isso que estávamos fazendo estava muito bom, eu não queria acabar com aquilo. Mas esse sentindo dentro de mim estava pedindo ajuda para ser recolhido.

-Ele não conseguiu. Eu saí antes.

-Porra! Assim fica difícil.

-Eu sei, fui uma idiota.

Annie recebe uma ligação e eu só a observo.
A mesma me avisa que o Ben teve um problema na escola e que precisava de ajuda.
Annie foi embora, me deixando sozinha, e pior, atormentada pelos meus sentimentos.

Sento no meu sofá e tento pensar em todas as coisas. Armas, trabalho, sexo, nós, ele, eu. Tudo.

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