Viva e morta

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Enquanto refletia na cama, escutava Música. Não conseguia parar de pensar sobre Rio e nossa transa.

Transei mais nos últimos dias do que em um ano todo.
Ele me fez sentir viva, e morta. Como alguém pode explicar que estava se sentindo viva e morta?

Mesmo com todo esse sexo, ainda o odeio. É um ódio misturado com tesão. E... eu gosto.

Rio me mandou uma mensagem, falando que as notas falsas estavam meio suspeitas. E que aqueles caras podem ter mentido para ele.

Escrevi que iria para lá, mas ainda estou deitada.
Dormi muito pouco. Não consegui pregar os olhos por conta das cenas ainda frescas na minha mente.
Quando finalmente consegui dormir, escuto a minha porta abrir.
Olho, e vejo o gângster.

-O que você está fazendo aqui?-
Sento na cama.

-Eu te chamei a uma hora, e você não apareceu.-

-Já resolveu com os mal encarados?-

-Sim.-

-Ah, então que bom.- Me deito novamente.

-Elizabeth.-

-Hum?-

-Já trocou as notas falsas pelas verdadeiras?-

-Já. Está tudo dentro do meu armário. Pode pegar.- Disse com os olhos fechados.

-Ok.- Ele disse, e escuto passos indo em direção ao meu armário.

Abro os olhos quando percebo que está muito silencioso.

-O que você está fazendo aí?-

-Eu achei uma coisa um tanto interessante.-

Bufo, e vou até onde ele está.
Quando vejo, Rio está com, droga, a minha lingerie.
Peguei da mão dele, e guardei onde estava.

-Que feio.- Ele riu. -É para quem?-

Senti as minhas bochechas corando. Ele estava vestindo uma blusa casual preta, e aquela calça de sempre.
Um gostoso.

-Para o meu vizinho.- Disse num tom sério.
É óbvio que não é para o meu vizinho, Rio.

-Hum, que sortudo então.-

-É mesmo.-

Ele olhou para o meu rosto, e eu não consegui segurar a risada.

-É claro que não é para ele.- Ele disse.

-Claro que não é, idiota.-

Peguei a lingerie, e mostrei para ele.

-É da minha irmã. Eu comprei para dar para ela.-

Ele pegou da minha mão, e olhou o sutiã.

-É, seus peitos são muito grandes. Não caberiam aqui.-

Mas cabem na sua boca.
Para de pensar em besteira Elizabeth.

-Elizabeth?- Ele me tira do transe que estava. Estava lembrando dele me pedindo para colocar o meu peito na sua boca. E que eu deveria falar mais sacanagem.

-Eu, estava pensando. Falou algo?-

-Eu disse que iria comer você viva.-

Arregalei os meus olhos, mas ele riu.

-Tô brincando. Eu disse que iria para a minha casa. -

-Ah... ok.-

-Queria que eu fizesse?-

-Me comer viva?-

-Huhum.-

-Vou colocar na minha agenda de coisas que nunca vou deixar o Rio fazer. Aí depois vou colocar na minha segunda lista, que se chama: Dez coisas que preciso fazer para não dar na cara do Rio.-

-Você com certeza gostaria que eu te comesse agora.-

Rio pega na minha cintura. Eu me aproximo da sua boca. Mas paro antes de encostar nos seus lábios.

-Não brinque comigo.- Ele sussura perto da minha boca.

-Não estou brincando. Estou só começando.-Digo.
Me afasto um pouco.
Rio segura a minha nuca com as mãos, e aproxima o rosto do meu.

-Sabe que eu posso fazer com você?-

-O quê?- Pergunto sonsa.

-Posso te prender na cama do quarto de sexo, e começar a te chupar, mas quando você estiver quase gozando, eu vou parar. E quando você implorar para eu continuar, porque você vai, eu vou ver se serei generoso ou não.-

Olho para os seus olhos, e tento beijar ele, mas o mesmo se afasta.

-Vou deixar você na vontade, Elizabeth. -

Ele diz e se vira.
Porra, me deixou mesmo na vontade.
Ele levou o dinheiro, e foi embora.

Vou ver se serei generoso ou não.
Ele faria isso?
Faria. Claro que faria.
Rio não descumpre com a palavra. Espero que ele não faça isso.



Uma disputa deliciosa / Good girls Where stories live. Discover now