365 dias.

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No outro dia, de manhã

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No outro dia, de manhã.

[ ... ]

- cadê o João? - pergunto para Ana enquanto tomamos um sol.

- como pode ver, a criança está na piscina infantil. - diz ela dando risos.

- e Martin? - pergunta a minha amiga, olho para ela através do óculos.

- não sei, saiu quando estava dormindo, não sei aonde está, e também não me atende. - digo.

- o quê? Mas é o seu aniversário. - diz ela chocada.

- não me diga, falta só um ano para o próximo. - digo, e a mesma não me diz nada.

- quer saber? Não sou mais prioridade dele, na hierarquia de Martin, estou atrás de seus amigos e óbvio do trabalho.
E o mais importante atrás dele. - desabafo com Ana, logo o vejo chegando.

- Oi, amor. - diz ele, tento evita-lo.

- como vai? Que tal almoçamos? - diz ele, ia me dar um selinho, viro meu rosto.

- almoçar? claro. Onde estava? - pergunto olhando para sobre meus óculos escuros.

- Etna. Você estava morta de cansaço, não quis te acordar. O tempo está passando! - diz ele.

- é, está mesmo. Se divertiu sem mim? - pergunto controlando o pouco de paciência que tinha.

- Pra caramba, foi foda! Você teria adorado, dá pra curtir o mar e a neve ao mesmo tempo, Virgínia. - diz ele sonso.

- seu babaca! Não se lembra? Íamos juntos pra lá! Me deixou sozinha no meu próprio aniversário, uh!? - falo com raiva.

- pelo amor virginia, nem é pra tanto. - diz ele, minha raiva só subia mais.

- Seu coração é fraco, cuidado. - complementa o mesmo.

- vá se foder, novamente essa merda de argumento? Você liga para algo além de você mesmo? O que eu sou para você? - faço perguntas para o mesmo.

- acha mesmo que não ligo para você? Fiquei uma hora procurando isto! - mostra ele um cartão.

- viu? Para você. - diz ele, logo pego o cartão.

- oh que fofo, muito obrigada. - digo com sarcasmo me levantando.

- vai se foder! - digo o empurrando na piscina, logo pego meu sobre-tudo e saio dali.

[ ... ]

Não estava acreditando que ele tinha feito aquilo comigo, estava sendo meu pior aniversário, estava me escondendo dele, e dos nossos amigos, pela cidade.
Não queria que eles me vissem chorar.
Começo a andar pelas ruas de Sicília ao noite, procurando algo.

Vejo dois homens.

- eii, volta aqui gracinha. - diz um deles, corro tentando esconder meu corpo, acabo entrando num beco sem saída, tomo um susto com um latido de cachorro, saio do beco às pressas, saio de lá, vejo uma luz forte de um carro chique.

A Mafiosa Que Me Amava [ PAUSADA ]Where stories live. Discover now