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PRIMEIRO DIA DE GREVE

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PRIMEIRO DIA DE GREVE

NARRAÇÃO : ALICE

Observei, com um óculos de sol no rosto, o Gabriel sair da piscina usando uma sunga branca.

Já era tardezinha, os amigos dele tinham acabado de ir embora junto com os pais. E o Fabinho tinha arranjado um apartamento só pra ele a uns dois condomínios daqui. Só nós dois estávamos em casa.

Ele tinha passado a noite toda tentando se desculpar, se aproximar, me tocar, mas eu estava mantendo a pose. Pelo menos por enquanto.

Não que eu não tivesse o perdoado, acreditava que ele não tinha passado o número pra bandeirinha, mas estava me divertindo a beça com as provocações.

Ele fez menção de se aproximar, deu alguns passos e parou na borda da piscina, perto de mim, arrumando a sunga no corpo.

Era a mesma sunga que eu tinha tirado do corpo dele em Barra Grande, ainda nas férias. Agora que ele tinha voltado a treinar, o corpo estava ficando trincado de novo, aquele "V" na cintura me dava vontade de desistir da ideia que tinha tido na noite anterior.

Eu me levantei, tirando a saída de banho e passando por ele em silêncio. Ele me seguiu com o olhar, observando cada passo meu enquanto eu entrava na piscina. Dei um mergulho e quando saí ele estava entrando na água de novo.

—Cê sabe que a gente tá perdendo uma oportunidade incrível, né preta? — Ele falou baixinho, se movimentando na piscina, caminhando em minha direção.

—É? — Me fiz de sonsa, deixando ele se aproximar. Fiquei entre a parede da piscina e ele.

—A casa só pra gente... — Ele ergueu a sobrancelha, parando em minha frente. Um centímetro e eu tocaria o peito todo tatuado dele — Nós dois com pouca roupa na piscina...

Jesus, eu não podia cair em tentação. Não podia deixar ele me tocar, se ele encostasse em mim a chance de eu perder a postura era grande.

As mãos dele se aproximaram da minha cintura por baixo da água, eu o interrompi na metade do caminho. Ele não desistiu e entrelaçou os dedos nos meus, levando meus braços para trás do meu corpo, se aproximando mais, o volume em sua sunga roçando meu ventre.

—Você já fez na piscina, preta? — Ele quis saber, um sorrisinho de lado aparecendo, como se estivesse ganhando a batalha. Eu não podia deixar ele ganhar fácil desse jeito. Simplesmente não podia.

—Não — Respondi, mas eu queria. Como queria. O sorriso dele aumentou e ele apertou as mãos contra as minhas.

̶N̶ã̶o̶ ̶p̶o̶s̶s̶o̶ ̶d̶e̶i̶x̶a̶r̶ ̶e̶l̶e̶ ̶m̶e̶ ̶t̶o̶c̶a̶r̶,̶ ̶n̶ã̶o̶ ̶p̶o̶s̶s̶o̶ ̶d̶e̶i̶x̶a̶r̶ ̶e̶l̶e̶ ̶m̶e̶ ̶t̶o̶c̶a̶r̶,̶ ̶n̶ã̶o̶ ̶p̶o̶s̶s̶o̶ ̶d̶e̶i̶x̶a̶r̶ ̶e̶l̶e̶ ̶m̶e̶ ̶t̶o̶c̶a̶r̶,̶ ̶n̶ã̶o̶ ̶p̶o̶s̶s̶o̶ ̶d̶e̶i̶x̶.̶.̶.̶ ̶

𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora