Capítulo 11

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Christian
Em toda a minha vida, eu tive três arrependimentos.
O primeiro é a merda que Leila vai fazer sobre minha cabeça, até
que um de nós se vá - ou até que ela já se beneficie de me ferrar com
isso.
Número dois seria Leila em si.
E o número três é o fato de que, quando vou para fora do banheiro - ainda fervendo, mas com Leila e comigo mesmo - Anastasia se foi.
Eu estarei aí em uma hora, idiota, a última mensagem de Leila tinha dito, e eu perdi isso.
Deixando a toalha cair da minha cintura para o piso, eu me sento na parte inferior da minha cama e aperto a ponta do meu nariz.
Quando meu telefone toca um minuto depois, eu sei exatamente quem
é. Quero jogá-lo na parede, mas pego uma coisa melhor que está
próxima: um par de algemas e as atiro no lugar dele. Então eu
respondo: finalmente dando a Leila exatamente o que ela quer.
— Você está em Los Angeles? — Exijo.
— Você levou tempo suficiente para responder — Minha ex
repreende. — Eu estava cerca de um dia de ir até você.
Minha visão de repente fica vermelha. — Você ainda está em
Atlanta?
— Espere? Você realmente acredita na merda sobre eu estar aí?
Por que diabos eu iria até você?
Ela não está aqui. Leila não está aqui caralho e eu simplesmente mandei Anastasia para fora por nada. Aperto o telefone, ouvindo o som do plástico rachando sob o meu controle. — Você está louca porra — Eu rosno. Leila somente ri porque ela sabe que é verdade. Não é como se ela desse a mínima para o que penso, de qualquer maneira.
— Eu preciso de um favor — Diz ela.
Quando Leila me diz exatamente o que espera de mim desta vez, ela faz um comentário que permanece na minha mente pelo o resto da noite, e por semanas mais tarde, como muitas das coisas que ela disse para mim ao longo dos anos.
— Você não pode controlar tudo, Christian.
— Algum dia — Respondo friamente e ela ri.
***
Eu vou ao figurino, na manhã seguinte, sem saber o que preciso
dizer a Anastasia, mas sabendo que preciso dizer alguma coisa.
Eu sou um idiota.
Eu errei.
Eu não tenho relacionamentos, mas, porra, eu quero você.
Quando vou para a sala de figurinos, que é do tamanho de um armário, no entanto, a única pessoa que encontro é a chefa falastrona de Anastasia.

— Será que a outra garota do figurino está aqui? — Pergunto, caminhando para dentro. Ela olha para cima para me dar um
sorriso açucarado.
— Sinto muito, Sr. Grey, mas eu tive que dispensá-la.
Meu rosto faz uma careta, e espero por ela explicar.
Quando ela não diz merda nenhuma, minha impaciência recebe o
melhor de mim.

— O que quer dizer com você teve que dispensá-la?
A mulher - Amber é como acho que Anastasia a chamou antes -
empurra um monte de esboços em uma pasta rosa.
— Ela não estava apta para essa tarefa.
— Isso soa como um monte de besteira para mim.
Amber suspira de frente para mim completamente, desta vez.
— Senhorita Steele passou a maior parte dos dias em que ela
trabalhou para mim... Indisponível — Ela me dá um olhar aguçado, e
eu chupo uma acentuada respiração através dos meus dentes.
Não somente coloquei Anastasia para correr ontem à noite, como também tinha fodido seu trabalho.
— Bem a contrate de volta — Ordeno.
— Ela já desconectou o seu número.
Uma hora mais tarde - depois que eu liguei para o telefone de Anastasia para descobrir que Amber estava certa, ela o desconectou – Mia entra em meu camarim, fazendo o papel de preocupada irmã mais nova.
Ela senta-se à mesa de centro, mordendo o lábio inferior.
— Cuspa — rosno.
— Você sabe onde ela mora — Diz Mia, enquanto coloca seu cabelo atrás da orelha.
— Eu não vou rastejar.
Mia me dá um grunhido de nojo.

— Deus, Christian, eu quero chutar você nas bolas às vezes. Eu não sei o que aconteceu — Ela levanta a mão, apertando os olhos juntos. — E não quero saber, mas tenho a sensação de que você foi um idiota. Pedir desculpas por ser isso... Bem, isso não é rastejar. Se você se importa com o que ela pensa sobre você, faça as coisas certas.
— E se eu não me importo? — Pergunto.
Ela encolhe os ombros.

— Então, seja você mesmo.
Naquela noite, fico fora do apartamento de Anastasia tocando a
campainha como um idiota até que sua pequena companheira atende.
Inclinando seu peso contra o batente da porta, ela me encara.

— Sim?
— Eu preciso ver Anastasia — As palavras soam estranhas vindas
de mim.
— Ela se foi.
— Para fez o quê? — Pergunto numa voz cortada.
A mulher se afasta da porta, recuando para dentro do vestíbulo
enquanto revira os olhos.

— Ela se mudou — Enquanto ela começa a fechar a porta na minha cara, eu enfio o pé para dentro — Só para você saber que não estou acima de chamar a polícia. Nem mesmo para Christian Grey.
— Ninguém arruma as coisas e se muda em 24 horas — Eu digo. Quando a garota ergue a sobrancelha, acrescento. — Ela está aí
dentro?
— Não, ela não está — A expressão da garota não muda, nem
mesmo quando um barulho vem do fundo da minha garganta. — Sim, é
drástico, se você me perguntar, mas quem sabe o que eu faria se eu
estivesse ferrada assim.
— Estou aqui para dizer... — Eu fui um idiota porque eu estava
com medo da porra da Leila matar Anastasia se estivéssemos juntos. Até
mesmo eu perco o controle às vezes. Decido contra isso. — Olha, se você falar com ela, diga a ela para me ligar — Eu digo.
A mulher empurra a porta fechada até que há apenas um buraco.

— Você não tem que gritar. Eu já lhe disse que ela não está aqui, mas sim, irei avisá-la.
Aposto que vai.
Enquanto dirijo meu carro para minha casa anormalmente silenciosa porque desativei o rádio satélite - adiciono mais um arrependimento à minha curta lista.
***
Anastasia não ligou ou enviou uma mensagem, embora a princípio eu esperasse que ela fizesse.
Um ano e meio depois da minha noite com ela, quando estou tão
esgotado que não posso vir com uma boa música nem para salvar
minha vida, Mia sugere uma mudança de cenário.
— Vá para casa em Atlanta — Ela sugere durante almoço, e eu
balanço minha cabeça. Leila está em Atlanta, e eu não vou estar a
menos de 100 quilômetros dela.
— Nashville — Digo a minha irmã.
Mia me faz mil perguntas sobre o por que eu escolheria Nashville de todos os lugares, nenhum dos quais forneci uma resposta.
Mas alguns meses depois, quando ela me traz uma lista para uma
execução de uma hipoteca - uma cabana de luxo da viúva de algum
proprietário de uma empresa de construção que não podem mais pagar
a grande casa - Eu digo a ela que eu quero.
Quando coloquei minha proposta, pensei na mulher com o cabelo castanho avermelhado e grandes olhos azuis de Nashville que corou cada vez que eu falei com ela.
Anastasia.
Meu quarto arrependimento.
Eu não tinha conseguido fazer as coisas certo com ela.

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