Capítulo 5

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Christian
Anastasia me espera pacientemente para dizer-lhe o que eu quero
dela, seu corpo tenso, aqueles lábios rosados que preciso ao meu redor
pressionados firmemente juntos.
Honestidade?
Não, não há nenhuma maneira no inferno que ela está pronta
para isso. Eu deslizo para trás, puxando com cuidado a minha mão do
seu cabelo e minhas pernas longe dela, de modo que não estamos mais
nos tocando. Seus ombros caem e ela para de torcer os dedos em seu
colo, relaxando.
Honestamente? Eu quero tomar você até me implorar para mantê-
la.
Eu decido por poupar essas palavras para mais tarde, e digo:

— Jante comigo.
A boca de Anastasia cai um pouco aberta, como se estivesse
chocada e não soubesse que é tão perturbadora que eu não sou capaz
de fazer porra nenhuma desde que ela esbarrou em mim esta manhã.
Ela se recupera um momento mais tarde, mas enquanto diz o meu
nome com uma voz hesitante, a porta do meu camarim se abre e Mia
espia para dentro.
Será que ela está brincando comigo?
Minha irmã olha entre mim e Anastasia várias vezes antes de dizer:
— Precisam de você.
Meu maxilar se contrai.

— Estou ocupado — Eu rosno.
Mia vira a sua cabeça para o lado, mantendo seu rosto em
branco. Não posso decidir se ela está segurando um olhar de desgosto
ou um sorriso, mas não me importo com qualquer um.

— O mundo não para por Christian Grey — Mia ressalta.
— Eu preciso trabalhar... Arrumar os figurinos — Diz Anastasia e
ela já está de pé. Seu corpo golpeia contra as minhas pernas, enquanto
ela passa. Esfregando as palmas das mãos para baixo dos lados de seu
jeans apertado, ela olha por cima do ombro para mim e uma onda de
desejo me acelera. Eu queria as mulheres na hora - inferno, minutos,
depois de conhecê-las, mas nunca tanto assim. Anastasia move seu olhar do meu e mantém a cabeça baixa enquanto corre para a porta. Mia sai do seu caminho, dando-lhe um pequeno sorriso enquanto ela sai.
Mia inclina todo seu corpo para fora no maldito corredor, observando a forma de Anastasia se afastando por um longo momento antes de dizer:

— Ela parece ser uma menina doce.
— Sim.
Ela entra no camarim, fecha a porta atrás dela com o dorso do pé e fica encostada nela. Eu sei que estou em uma tempestade de merda quando Mia cruza os braços firmemente sobre o peito, então eu levanto a minha sobrancelha. — Vá em frente. Cuspa logo.
A princípio, ela parece insegura de se deve ou não falar, o que é
a porra de um milagre, desde que Mia tem algo a dizer sobre tudo,
mas, em seguida, ela balança a cabeça.

— Não faça isso... Christian.
— Não fazer o quê?
Ela estreita os olhos castanhos.

— Não seja um idiota, Chris. Não puxe sua merda com ela.
— Você nem mesmo a conhece.
— Nem você. Ela se parece com uma... — As palavras de Mia
param e ela respira fundo, corando.
Sou capaz de preencher mentalmente suas palavras.
Uma virgem.
Inocente.
Muito doce para Christian Grey.
Mas mesmo isso não impede este fodido de precisar consumir Anastasia, de tê-la na minha cama. Agarrando a água da mesa na minha frente, eu fico espreitando por toda a sala. Eu dou a Mia um sorriso apertado e sei que ela não pode aguentar porque diz que isso me faz parecer um idiota condescendente.

— Eu vou fazer o meu melhor.
— Você é um maldito mentiroso.
Acabou. Esta conversa com a minha irmã mais nova acabou.
— Preocupe-se com sua merda com Ethan — Eu a advirto.
Mencionar seja lá o que for que ela ainda tem acontecendo com
ele, faz isso para Mia. Sugando em suas bochechas, ela inclina a
cabeça para um lado. Ela arrasta a mão pelo listrado cabelo, frustrada,
parecendo que quer me bater na boca.
Eu prefiro que ela prossiga me batendo a ouvi-la pregar sobre
como eu não devo seduzir a garota do figurino.
Mia se contenta com me golpear forte no peito, mas eu não me
mexo.

— Você sabe o quê? Faça o que quiser, Chris.
— Não tinha planejado fazer nada mais que isso — Eu digo
enquanto saio da sala. Demora alguns segundos, mas depois eu ouço
Mia suspirando e ela acelera para me acompanhar.

Anastasia fica fora do meu caminho pelo resto do dia – deixando-me desejando pela minha próxima oportunidade em tê-la para mim - e
eu me pego vendo o rosto dela enquanto rolo com a loira. Quando as
mãos de Christina acariciam meu corpo, eu imagino pálidos dedos
ondulando em toda a minha pele, cavando e me arranhando forte.
Quando Christina geme em êxtase simulado abaixo de mim, eu imagino
Anastasia nua, amarrada, fazendo o mesmo, com as mãos enroladas ao
redor da cabeceira de cama e seu corpo tremendo a minha volta.
E quando a atriz loira deita sobre mim - e eu tenho certeza que
ela nunca vai me ver de novo - eu gostaria que fosse Anastasia que
entrasse no meu camarim e não ela. Ethan deixa Christina entrar,
sorrindo para ela e admirando sua bunda, quando ele decide ficar
irritado e sair. No segundo que a porta se fecha atrás dele, Christina
tira a camisa sobre a sua cabeça.
Ela não está usando merda nenhuma abaixo dela.
— Você me quer — Diz ela, saltitando em frente e eu balanço a
cabeça.
Não, eu ainda quero devorar Anastasia.
Lanço meu telefone para a extremidade oposta do sofá, ignorando os sons frenéticos das mensagens de texto recebidas de Leila.

— Nem um pouco — Eu digo em voz fria. — Saia — Eu ordeno, mas Christina vem até mim de qualquer maneira, deslizando seu corpo exuberante em cima do meu.
— Por quê? — Ela faz beicinho, fazendo com que o meu pescoço
enrijeça.
— Porque eu lhe disse antes que não queria nada de você.
Porque não me sinto atraído por você — O rosto dela cai, mesmo
quando traça uma longa unha em meu peito. Ela abre a boca para
discutir, mas eu balanço minha cabeça. — Eu não vou mudar de ideia,
Christina.
Quando eu não faço um esforço para tocá-la, ela sai do meu
colo, arrastando com raiva sua camiseta preta sobre a cabeça enquanto
sai. Eu deixo cair a minha cabeça para trás. No segundo em que fecho
meus olhos eu ouço outra mensagem chegando e aperto meu maxilar.
Leila do caralho.
Algumas horas mais tarde, quando Mia me leva para casa, eu
posso dizer que ela ainda está brava comigo. Ela mantém os olhos
ligados à maldita estrada e suas narinas se alargando. Ela não disse
nada, mas eu não quero falar também. Leila ainda está me enviando
mensagens; mesmo de Atlanta, minha ex conseguiu foder regiamente o
meu dia, minha noite, e talvez o resto da semana.
Ligue-me agora ou juro..., Christian, seu último texto dizia.
Ou o quê? Eu vou fazer isso quando estiver bem e pronto.
Foi só besteira que eu pude ouvir daquela voz rouca, o riso
amargo, quando ela respondeu de volta com: Você realmente precisa
perguntar "ou o quê?"
Não, eu não precisava. Eu sei exatamente do que Leila é capaz, o
que aquela cadela cruel sabe. Ela é a única pessoa que eu não posso
controlar, que não há nenhuma possibilidade de controlar, por isso não
vou falar com ela. Não até que estejamos em meus termos.
Mia estacionou o Escalade muito longe da minha porta da frente, ela pode e se inclina para trás no assento, olhando para uma janela no segundo andar.

— Boa noite, Christian.
Eu ergo uma sobrancelha.

— O quê? Não vai entrar para me atormentar?
Ela vira o olhar para o meu, concentrando seus olhos castanhos
em fendas finas.

— Vejo você amanhã.
Quando eu saio, não fecho imediatamente a porta. Em vez disso,
dou-lhe um olhar genuíno.

— Traga donuts.
Ela zomba, mas um sorriso começa a se formar em seu rosto.

— Você os odeia.
— Traga-os — Eu ordeno.
Revirando os olhos, ela finalmente ri.

— Tanto faz. Vejo-o depois.
Eu mal piso no hall de entrada antes de Leila vir na minha bunda de novo, me mandando mensagens de texto. Exigindo que eu
ligue para ela. Ameaçando-me. Se há uma pessoa que eu sempre posso
contar que nunca mudaria, é a minha ex.
Eu envio a ela uma mensagem imediatamente antes de subir para o chuveiro para tirar Anastasia do meu sistema, pelo menos até amanhã, quando eu reivindicá-la.
Meus Termos.
Leila não me envia uma mensagem de volta, mas eu a conheço
melhor do que ninguém, e essa merda não vai durar muito tempo.

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