Depois de tudo que Lívia passou, nunca imaginou que algo assim poderia acontecer. Um acordo casual, que abriu brecha para um coração sofrido e remendado.
Ivan no auge da juventude, se vê numa luta interna entre se entregar a uma paixão, que o levará...
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Minha cabeça está explodindo. O dia, não, a semana foi cheia no trabalho. Final de semana deveria ser para relaxar, curtir, esfriar a cabeça, mas eu estou aqui na casa dos meus pais, com meu pai me fuzilando o tempo todo.
— O que você fez? — minha irmã Gina perguntou-me parando ao meu lado.
— O que não fiz, não é mesmo? — rir com certa amargura.
— Estou perguntando, porque o papai está te olhando como se estive prestes a te esganar e sua cara está escrito a de um culpado. — suspirei abrindo as portas francesas que dão para o jardim. — Foi algo muito grave? — ela veio atrás de mim.
— Talvez. Não pude ver a dimensão da coisa quando o culpado foi apontado... — apontei para mim mesmo — Me afastaram, sem nem ao menos a oportunidade de tentar também encontrar uma solução.
— Mas encontrou?
— Fui afastado do projeto. Não escutou?
— Tá, tá! — ergueu as mãos. — É tão ruim assim?
— Vai atrasar a obra em três meses.
— Puts! Da para entender o papai agora. Ele presa por pontualidade. Um atraso desses é foda.
— Sim.
Na terça-feira a bomba foi solta, um dos meus encarregados fez um cálculo errado, que teve como resultado a um desmoronamento de um prédio de quatro andares. O x da questão, é que eu teria que ter supervisionado e não deixado a cargo do encarregado. Dei um voto de confiança e quem saiu ferrado fui eu. A semana toda essa pressão sobre mim. Entendo e me responsabilizo, só a reação do meu pai que me pegou. Foi uma briga sem fim, onde só baixei a cabeça enquanto ele me rebaixou. Fui excluído do projeto, tanto esse como os outros dois que ficaria responsável e também rebaixado de cargo. Todo meu progresso de um ano de trabalho, anulado.
— O que estão fazendo aí? — Rebecca perguntou da porta, ela está com Hope no colo. É uma verdadeira fofura.
— Só conversando. — Gina disse indo até Rebecca, pegou Hope no colo — Uma coisa que vai te animar um pouco. Um bebê gordinho e cheiroso. — me entregou a pequena Hope, que foi logo segundo minhas orelhas.
— Estão falando sobre o ocorrido da semana? — gemi não querendo entrar nesse assunto de novo — Foi um prejuízo de milhões.
— Não tantos milhões. — Gina disse tentando me animar.
— Mais de dez.
— Bec? Olha só essa cara de filhote dele, não dá para amenizar?
— Ruim demais a coisa toda, mas não dá para agir como se não tivesse acontecido. Como se não fosse responsabilidade dele. — Rebecca falou cruzando os braços.
— Não é o que estamos fazendo. — Gina disse com uma certa dúvida na voz.
— É exatamente o que estamos fazendo. — retrucou. — Se ele não fosse filho dos donos, estaria na rua e com a carreira destruída.