Capítulo 30

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Sabe aquele sentimento de inutilidade, que juntar com todos os outros sentimentos? Como estou me sentindo agora

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Sabe aquele sentimento de inutilidade, que juntar com todos os outros sentimentos? Como estou me sentindo agora. Um poço de sentimentos inúteis que não serve para absolutamente nada. Tudo que eu fiz, doei, amei... Foi jogado fora. Fui usado como... Como um nada.

Deveria ter desconfiado de algo. Que estúpido! Eu amava ela, com tudo a porcaria do meu coração, amava ela. Mas deveria ter desconfiado, no exato momento em que soube que ela aceitaria meu pedido de casamento, aquela pulga atrás da orelha estava cada vez maior, deixei de lado porque no final das contas... Ela era, ela é o que eu tinha de mais certo e mais seguro.

Sem chão, essa frase pode ser usada. Sem chão e sem rumo. Não sei onde eu estou, assim que sai da casa da Lívia vaguei por Portland não parando em lugar nenhum, apenas andando pelas ruas. Já são 6h00 da noite. Não fui para casa porque faria com certeza alguma besteira, juro que eu teria feito algo estúpido como perguntar o motivo e perdoá-la pelo maldito motivo. Por que eu faria qualquer coisa por ela... Não. Eu não, faria qualquer coisa por ela porquê... Eu amava, não, a amo.

Meu celular vibrou, o pesquei de dentro do bolso, vendo que se trata de uma ligação da minha irmã. Rejeitei e no mesmo instante a tela ficou preta. Descarregado. Levantei da sua sarjeta, estou literalmente sentado na rua. Bati a poeira da calça e fiz sinal para um táxi. O que irei fazer quando ver ela frente a frente? Já pensei 1001 possibilidades de simplesmente chegar e terminar, essa é mais fácil e a menos dolorosa. Não queria saber as motivações de fazê-la me enganar dessa forma. Sempre fui tão honesto com as pessoas que me envolvia. Coloco as cartas na mesa e digo o que estou disposto a oferecer, mas no final das contas honestidade não é algo que as pessoas apreciam.

Do corredor deu para ouvir as vozes de Ruby e Gina. Fiquei parado por uns segundos com a chave na mão. Com a garganta seca girei a maçaneta. Às duas Viraram para mim ao mesmo tempo. Por incrível que pareça, não senti muita coisa ao vê-la. Tudo o que mais quero agora, que ela saia da minha vida. O que foi feito está feito, não dá para voltar, mentiras, falsidades, as malditas promessas não dão para voltar. Ela que as pega e suma.

— Onde você estava? Sumiu o dia inteiro. — Não respondi a minha irmã, coloquei a chave sobre o potinho que é para isso que ele serve e fui para cozinha.

— Ivan, responda. Passamos o dia preocupadas com você.

Fui até a geladeira abrindo-a, peguei a primeira garrafa que vi pela frente que é de leite, destampei tomando no gargalo mesmo.

— Rebecca falou que Lívia passou mal e que você foi lá.

Virei-me para às duas mulheres de pé na sala, olhando para mim. Minha irmã não está com a cara nada boa por aguentar Ruby o dia inteiro e Ruby com a pior cara que eu já vi em toda minha vida. Ótimo.

— Passou a noite com aquela mulher? — perguntou com raiva, como não respondi, perguntou novamente aos berros. Esfreguei as têmporas.

— Gina, obrigado por aguentar minha adora noiva. Mas, já pode ir.

Inevitável paixão (concluída)Where stories live. Discover now