WARNINGS
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SEXO EXPLÍCITO
VIOLÊNCIA INFANTIL
Chapter VII
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SAEBYEOK
Socializar com humanos, trocar apelidos, beijar uma garota e outras coisas que eu não imaginava fazer até conhecer Jiyeong.
Antes do dia em que eu entrei naquela loja de quadrinhos, eu não costumava falar com absolutamente ninguém a não ser que fosse necessário, eu guardava todos os meus pensamentos para mim e não os dividia com outras pessoas. E embora eu meio que continue sendo assim, afinal é um traço da minha personalidade que não posso e nem irei mudar, é interessante e notável o quanto eu progredi em me comunicar, alguns meses atrás eu estava trancada no quarto do meu apartamento sentindo ódio, e hoje eu estou sorrindo porque uma pequena garota acabou de me dar um beijo na bochecha, onde devia ficar corado quase toda vez que ela fazia isso.
Habilidades sociais são como músculos físicos, ou você os exercita e os mantém em boa forma, ou eles atrofiam.
Já fazem horas que eu não vejo a verdadeira luz do sol, mas acredito que estamos em algum período da tarde, pois passaram-se horas desde os avisos e anúncios do segundo jogo, e nesse meio tempo, Jiyeong e eu ficamos conversando sobre as possibilidades de filmes de terror que podemos assistir juntas ao sairmos daqui, como aquele coreano, Gonjiam ou aquele japonês, Kamisama No Lutoori.
E o motivo do beijo que recebi - não que precisasse de um - foi porque Jiyeong tentou me convencer a vir com ela para o banheiro, onde poderíamos ter uma conversa mais privada. E bom, não preciso dizer muito para relatar que ela conseguiu, também não é como se eu fosse capaz de responder não para a maioria das coisas que ela me diz.
Por isso, agora ela andava na minha frente, segurando minha mão direita enquanto passávamos pelo corredor, por um guarda armado e por algumas outras pessoas que estavam voltando do banheiro. Em outro detalhe, ela deixou sua jaqueta em cima da minha cama e vestia apenas sua blusa, dizendo que não seria necessário usar a peça extra.
— Jiyeong, eu ainda não entendi porque temos que vir para cá.
— Pare de reclamar! — ela respondeu, soltando minha mão para abrir a porta e fechar ao entrarmos de volta àquele lugar. — Eu preciso e quero estar a sós com você.
Ironicamente, ao dizer isso, outra jogadora entrou pela porta, seu número era 453 e ela parecia ser bem mais velha, nos ignorou e foi direto para alguma das primeiras cabines.
— Vai ser difícil encontrar privacidade enquanto estivermos aqui. — automaticamente, ela segurou na minha mão de novo e nos guiou até a última e mais distante cabine deste lugar. — Aish, o que você tem pra falar que só pode ser dito aqui?
— O que você acha que é? — abriu a porta de cor rosa orquídea, gesticulou para que eu entrasse e em seguida, fez o mesmo, nos trancando dentro do box, quero dizer... não exatamente trancando, porque estas portas não tem trava, por isso consegui invadir com facilidade, a cabine em que Minyeo estava ontem a noite, mas ao menos elas se mantinham fechadas.
Nesse estreito e colorido lugar, onde as paredes eram azulejadas com ladrilhos amêndoa e azul brasilis, parecia não ser o melhor lugar para se ter uma conversa, mas na verdade, o cheiro aqui era de certa forma menos pior do que lá no bunker, pois lá haviam dezenas de pessoas suadas, e embora eu preferisse sentir o odor e a brisa do ar livre outra vez, aqui nesse banheiro não era tão ruim, pois o cheiro era daqueles perfumes exóticos que usam em shoppings, e Jiyeong estava certa, talvez aqui fosse a única parte desse lugar em que podemos estar completamente sozinhas, ou quase.
