flashback **

Então, daquele dia pra cá, venho tentando me reaproximar dela de qualquer maneira. Agora, por exemplo, estava em uma das portas para o campo, a observando treinar com as outras líderes de torcida. Josh não mentiu quando disse sobre ela estar magra. Não que antes ela estava gorda ou algo do tipo, mas agora, me dói o coração ver seu estado, tão tristinha, e saber que meses atrás ela era a alegria em pessoa.

Me perco nos pensamentos e vejo as líderes saindo do campo, só ficando a Sina, enquanto tentava desligar o rádio portátil que usam para ensaiar. Entro no campo e vou ao seu encontro.

- Sina?

- Noah! - da um pulo. - que susto! - respira fundo. - Não me assuste mais assim, por Deus! - posso olhar para seu rosto, ela estava pálida.

- Bom... Quero saber se quer fazer alguma coisa final de semana, ir no cinema, patinar no gelo...? - assisto ela prender o cabelo e se abaixar para pegar o rádio.

- é... claro... - seu corpo vai se chocar contra a grama, mas a tempi consigo segura-lá. Minhas mãos na sua cintura, uma mão sua no meu peito e outra em sua cabeça, parecia tonta.

- Sina você não está bem. - a levanto.

- merda, pela segunda vez. - ela fala baixinho, mas consigo escutar.

- o que? - quase grito. - como assim pela segunda vez? Sina você esta fraca, tem que se alimentar melhor! vem, vamos comer algo. - tiro o rádio de sua mão, o segurando com a minha mão livre, e a outra segurando sua cintura, enquanto entramos na escola. - onde deixo esse rádio?

- aqui. - pega uma chave no seu bolso e abre um armário com outras coisas das líderes.

- vamos para o seu quarto, troque de roupa, tire seu uniforme e vamos dar uma saída. - paro na frente de seu quarto.

- vai ficar esperando aqui? - se refere a porta

- sim. Já estou pronto.

Um minuto depois que a porta é fechada, ela abre apenas colocando a cabeça pra fora.

- para onde vamos?

- coloque uma roupa confortável. - e fecha a porta novamente.

[...]

Já no carro, o clima estava meio estranho. Tocava uma música baixinha no rádio e estávamos em silêncio.

- porque decidiu voltar a falar comigo? - solta.

- gostava dos velhos tempos, onde nos víamos todos os dias, éramos muito mais que amigos, nos abraçávamos, nos bei... - falo um pouco demais.

Engolimos seco.

- você fala "velhos tempos" como se fôssemos idosos de setenta e quatro anos. - fala brincalhona após uns segundos de um silêncio desconfortável.

- é verdade. - rimos.

Dirijo por mais uns dez minutos - que dessa vez não foram constrangedores -, e paro em frente ao nosso destino.

- sua casa?

- isso mesmo, baby. - desço do carro e dou a volta, abrindo sua porta.

- que cavalheiro. - diz brincando, assim que sai do carro.

Tranco o carro e pego a chave de casa, abrindo a porta, tendo a visão de meu pai e Lins arrumando a sala, enquanto minha mãe estava na cozinha.

- Noah? - Lins parece me estranhar.

- O próprio. - digo brincando. Dou passagem para Sina entrar, e logo fecho a porta.

- Sina! - Lins vem a abraçar.

- Lins! Que saudade sua!

- Tem que trazer Sina aqui mais vezes. - Lins diz quando vem me abraçar, consigo ver Sina corada.

- Oi Sina!

- Oi tio Marco! Como está?

- Muito bem, aliás. Que bom que vieram!

- Vocês chegaram! - Minha mãe sai da cozinha sorridente. E vem nos abraçar.

- Você sabia que eles viriam? - Lins pergunta quando dona Wendy da um abraço aperados em Sina.

- Noah me avisou no caminho. Fiz a massa das panquecas que Noah tanto gosta de comer, pelo menos acho. Ele implorava para eu fazer quando era criança. - mamãe fala para Sina, que me olha com um sorrisinho fofo nos lábios. - Bom, vou colocá-las na frigideira, quando estiver pronto chamo vocês.

- vou para o meu quarto fazer algumas coisas, você vem?

- claro.

Subimos as escadas e entramos no meu quarto. Deixo meu celular na cama e começo a mexer na minha escrivaninha.

- fica a vontade, Sina. Não é a primeira vez que você vem aqui.

Ela deita na minha cama e viro de costas, arrumando alguns papéis bagunçados que estavam na mesa.

- você voltou a falar comigo por que sentiu saudade de quando ficávamos?

Merda. Não quero que ela pense assim. Até porquê não é verdade.

- Sina...

- Isso é verdade? - ela agora se senta na cama.

- Você pensa assim de mim? É claro que não é verdade. Senti falta de você, da sua companhia, do seu abraço, e sim, falta do seu beijo. - ela fica meio assustada. - saudade da porra do seu beijo, porquê eu tento beijar outras bocas, mas a única que eu quero e desejo é a sua. Eu tento gostar de outras pessoas, mas a pessoa que eu quero gostar é você. E espero que você não pense que voltei a falar com você porque quero ficar com você e depois voltar a ficar como estávamos. Por que não é isso que eu quero.

Ficamos uns dois minutos nos encarando, e ficou um silêncio constrangedor.

- então... o que você quer, Noah? - fala ainda meio sem jeito pelas minhas palavras anteriores.

- eu...

- as panquecas estão prontas, venham se não vão esfriar. - Minha mãe aparece de repente, esqueci de fechar a porta.

Sina e eu ficamos meio sem jeito, e minha mãe parece que percebeu, mas logo saímos do quarto e fomos comer.

Descemos as escadas e sentamos na bancada, ligo Lins chega e senta conosco.

- vocês vão passar a noite aqui? podemos assistir filme! - diz empolgada.

- Lins... - a repreendo.

- Então trate de trazer a Sina algum final de semana, podemos fazer skin care, ou sei lá, fazer noite das garotas!

Após acabarmos de comer - com um clima pesado. -, fomos para a sala realizar o desejo de Linsey, assistir um filme qualquer. Sentamos no sofá e logo Lins chega com a pipoca, para assistirmos ao filme.

Vinte minutos depois sinto algo pesando no meu ombro esquerdo, viro a cabeça e vejo sina dormindo calmamente. Olho para Linsey que está com um sorriso de canto. Levanto do sofá e pego sina no colo com cuidado, logo subindo as escadas e entrando no meu quarto. Coloco sina na cama e vou para o banheiro, escovo os dentes e coloco um pijama.

Volto para a cama e me deito ao lado de Sina. E assim pego no sono também, ao lado dela.

Sumida né?

Votem!!

Os próximos...

Just a stay - Noart Where stories live. Discover now