Está com soninho?

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(RECAPITULANDO A SÉRIE)

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(RECAPITULANDO A SÉRIE)

Eu e minhas amigas assaltamos um mercadinho, achamos que não daria em nada, mas hoje eu vejo que nunca deveria ter me metido em um negócio desses, ou talvez deveria ter feito isso mais cedo.

(Hoje)

Estava arrumando e contando o dinheiro falso. Dividi os dois em elásticos diferentes. Verde para o verdadeiro, e vermelho para o falso.
Posso até ser metódica, mas pelo menos as coisas ficam arrumadas.

Rio está insuportável hoje. Deve ter caído da cama, impossível. Aguentar aquele cara já é difícil, mas aguentar sozinha... que saco!
O mesmo estava me encarando com uma cara furiosa.

—O que foi?-

—Não te interessa.-

—Poderia parar de falar assim comigo? Já dou tratada mal para caralho por idiotas no meu trabalho.-

—Eu não tenho nada a ver com isso. Eu falo do jeito que eu quiser.-

—Então Foda-se.- Disse me virando para a mesa em que o dinheiro estava.

Rio saiu da bancada, e ficou em pé na minha frente.

-—Não fala comigo desse jeito. Esqueceu que eu sou seu chefe? Esqueceu que se eu quiser posso...-

-—Vai me bater?-

-—Eu não bato, só mato.-

-—Que bom então- Digo com irônia.
- —Você pode até ser o meu chefe, mas eu sou útil. E sinceramente se eu fosse você ficaria sentada ali, e esperar que eu acabe de contar essa merda.-

-—Nossa, está com bastante coragem.-

Bufo.
Uma lufada de ar sai da minha boca, e em seguida um bocejo.

-Agora entendi.-

Olhei para ele com sangue nos olhos.

-Você é que nem um bebê, né? Está com soninho?-

Nem me dei o trabalho de responder.
Estou com sono, mas esse idiota não vai me deixar dormir, então... tenho que suportar.

-O que foi então? Semana foda?-

-Não que você se importe, mas sim. Foi uma merda.-

-Pelo mal humor, deve ter sido mesmo.-

-A sua também, estava se mordendo de raiva sentado nessa bancada.-

-Estava pensando.-

-Hm.- Disse, e acabei o que estava fazendo. -Toma, seu dinheiro.-

-Finalmente.- Ele saiu pela porta da frente.- Até.

-Não tenho escolha mesmo.- resmunguei.

Estava esperando Dean chegar , porque ele precisava de uns papeis que estavam aqui.
Aproveitei para tirar um cochilo no sofá.
Está com soninho?
Idiota. Porque ele tem que ser sempre assim?
Trabalho para ele a um ano, e o idiota ainda não me deixa em paz. Sou pressionada todos os dias para arrumar dinheiro, e subir nessa merda de vida, mas mesmo assim tenho que aguentar ele.

Acordei quando Dean chegou.
Ele saiu assim que pegou os papeis.
Nós estamos separados. E sinceramente foi a melhor decisão que tomei.
Ele era insuportável. E suas traições foram aturadas por muito tempo.

-Mamãe! Olha o desenho que fiz!- Jane disse. A menina de olhos azuis se aproximou e mostrou o desenho.
Nele estávamos eu, e... Rio? A tatuagem o entregou. Porque ela desenhou o Rio?

-Da onde você viu esse cara?-

-Ele é um dos seus amigos. Não é?-

-Hm, é, é. Meu amigo.- Puta que pariu. Se ela conhece Rio, outras pessoas já devem ter nos visto. Se eu contar isso para ele, o mesmo não vai se importar.
Idai? Ele diria.
Mas o que ele não entende é que eu moro em um bairro em que todos me conhecem, todos gostam de mim, me conhecem como Beth marcks, uma mãe de família.
Eles não podem nem cogitar no que eu estou metida.

Quando minha filha foi para o quarto, disquei o número de Rio, e liguei para ele.

- Mal saí dai. Que que você quer ?- Ele disse meio sem paciência.

-Temos um problema.-

Ele desligou o celular na minha cara, e eu fiquei sem entender.
Que merda é essa?

Minutos depois, Rio abre a porta da minha casa, e olha para mim.

-O que aconteceu?- Ele me pergunta.

-Porra, - Puxo o braço dele, e empurro ele para a lavanderia.- você não pode entrar assim, já falei para você.

-Tira as mãos de mim.- Ele puxa as minhas mãos que estavam no seu braço.
A mão dele é quente. E seu anel de metal estava gelado. Assim que roçou na minha pele, me arrepiei. - Então?-

-Minha filha, Jane, nos desenhou.-

-Ela desenhou nós transando?- Ele riu.

-Que?- Ele me fez corar. - Claro que não.-

-Hum. Então por que o choque?-

-Ela sabe quem é você é. Desenhou até essa tatuagem.- Toquei no seu pescoço. Assim que ele olha para minha mão, percebo o que eu fiz. Tiro a mão, e me afasto.
Sua pele é quente.
E sua respiração é pesada.
Consegui sentir tudo isso, só pelo toque.
- Nós precisamos fazer alguma coisa. Não podem descobrir o que eu faço aqui ou fora de casa.- Disse.

-Está com medo de arruinar a sua reputação de dona de casa?-

-Eu tenho uma reputação.-

-Olha Elizabeth, podemos nos encontrar em algum lugar específico.- Meu nome no meio da frase me deixou com um pouco de raiva. Mas ele está certo. Precisamos ter um lugar em que possamos nos encontrar sem sermos vistos.

-Resolve e me fala.- Ele se vira e abre a porta. - Merda.- Ele fecha.- Seu maridinho está aqui.

-Dean não é mais meu marido a muito tempo. Pera, ele está aqui?-

-Cara quadrada, olhos azuis, corpo magro, cara de perdido. É, é ele.

-O que eu faço?- Puta que pariu, o que eu faço?
Respirei fundo, e balancei as minhas mãos para tentar afastar o nervosismo.

-Ei, calma.- Rio disse.

-Cala a boca.- Disse.

-Ok.- ele abre a porta, e olha para mim. - Ele já foi. -

—Então vai!-

—Eu sou o chefe, não o contrário. Se eu quiser ficar, eu fico. Se eu quiser acabar com a sua reputação, eu vou. Não me dê ordens Elizabeth.- Quando acabou, saiu. E ainda bateu a porta.
Que raiva!

Tá, eu posso até ter passado um pouco dos limites. Pensei em tudo que falei.
"Cala a boca."
"sinceramente se eu fosse você ficaria sentada ali, e esperar que eu acabe de contar essa merda."
" Então foda-se."

Puta que pariu! Eu falei com ele como eu falo com as minhas amigas, as vezes esqueço que ele tem uma arma, e que não teria medo de me matar.
Tenho que baixar a bola, não posso falar assim com ele, mas mesmo assim a minha satisfação é enorme. Adoro ver ele puto.
Ele fica vermelho que nem um pimentão. Morro de rir por dentro quando o vejo puto.

Ele é seu chefe Elizabeth . Acho que foi a Ruby que me disse isso. Mas ignorei. Por quê? Deveria ter escutado ela. Mas agora, a mesma caiu fora, e Annie também.
Estou sozinha nessa.
Começamos juntas, e terminei sozinha.
Mas... foi melhor para elas.
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Uma disputa deliciosa / Good girls Where stories live. Discover now