𝗕𝗼𝘀𝘀

𝟬𝟬𝟳

JOSH BEAUCHAMP

[...]

Após quase uma hora de trânsito pelas ruas e avenidas de Nova Iorque, finalmente chego em casa. Paro o carro no pátio da mansão e logo Alan se aproxima. Entrego a ele as chaves, para que ele leve o carro até a garagem.

— Boa noite, senhor Josh! — ele diz pegando a chave

— Boa noite, Alan! — digo seguindo para a entrada da casa

Ao entrar em casa, sigo para a sala de refeições, eu estava morrendo de fome, fui um dos últimos a sair do escritório hoje.

— Boa noite, filho! — minha mãe diz assim que eu entro na sala

— Boa noite! — dou um sorriso fraco e puxo a cadeira

— Então, como foi o dia hoje? — ela pergunta enquanto se servia de alguns camarões

— Produtivo, eu diria — respondo sentando na cadeira creme

— Que bom! A mamãe está tão orgulhosa de você — ela diz por fim com um sorriso

Apenas sorri em agradecimento.

— Quando você acabar o jantar, venha ao meu escritório! — meu pai diz em tom de ordem enquanto sai da mesa

Assenti fraco com a cabeça. Assim que acabo o jantar, sigo para o escritório do meu pai, como ele mandou. Abro as grandes portas amadeirados, meu pai estava organizando alguns papéis em uma pasta.

— Sim? — digo me aproximando

Ele para o que estava fazendo e olha para mim. Logo depois, fecha a pasta e a coloca de lado.

— Eu não posso esperar até sexta-feira. Você irá amanhã ao escritório de Any e fará essa proposta, entendido!? — ele diz se encostando em sua cadeira de couro

— Sim, senhor — digo fazendo uma continência

— Ligue para o escritório dela e marque uma reunião antes que alguém faça isso antes — diz ainda encostado na cadeira

— São nove horas, com certeza está fechado, mas para a sua sorte, papai — tiro do bolso um cartão de visita de Any — peguei isso na sala dela

— Ótimo! — ele exclama — Ligue para ela e marque a reunião amanhã

Apenas assenti com a cabeça e virei as costas para sair. À última proposta do meu pai era dar toda a comissão das compras e vendas que Any fizer para ela, mas não faz sentido. Não teremos lucro algum com isso.

— Pai, temos que mudar uma coisa nessa proposta — digo voltando a me aproximar da mesa dele

— "Mudar"? Mudar o que? — ele franziu a testa

— A nossa oferta inicial era dar cem por cento da comissão de Any à ela, mas isso não faz nenhum sentido. Você está entregando para ela vinte por cento da empresa, se ela lucrar cem por cento dos negócios, não teremos nenhum retorno — digo subindo os ombros

Ron para um tempo para pensar.

— Tudo bem, isso é verdade — ele diz apontando para mim

— A nossa proposta é vinte por cento da empresa e a metade das comissões, dependendo do negócio essa metade pode aumentar ou diminuir. Se a Any quiser aumentá-la precisará fazer muitos bons negócios – digo por fim, saindo da sala

Ando até o meu quarto. Tiro o blazer e o coloco em cima de uma poltrona, logo em seguida sento na minha cama e pego o celular junto com o cartão de Gabrielly.

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Alô, Any?

Talvez.
Quem está falando?

Josh Beauchamp – consigo escutar a fraca risada nasal que Any solta do outro lado da linha

Como conseguiu meu número?

Peguei um cartão de visita seu na sua mesa, talvez você não tenha percebido

O que você quer?
Elogiar minhas pernas?
O meu decote?

Ela percebeu...

O que é bonito deve ser elogiado, concorda?

Em partes.
Enfim, qual o real motivo da ligação?

Tenho outra proposta para você

Você tem?

Sim

Pensava que não queria trabalhar comigo.

Sabe, Soares, eu estava pensando e isso pode ser bem divertido para nós dois, acredite.

Anda pensando em mim, Beauchamp?

Dou uma pausa para pensar em uma resposta, ou melhor em uma mentira plausível, como eu disse, tenho que pensar para falar com ela.

Estava apenas pensando nos prós dessa situação – foi bem ruim, não é!?

Aham – ela parece não acreditar muito

Então, podemos marcar uma reunião amanhã?

Ás nove e meia no meu escritório, sem atrasos e sem desculpas. Boa noite!

Sim, senhora. Sonhe com os anjos, Soares!

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Travo o celular, jogando o mesmo em cima da cama e sorrio.

Até o próximo capítulo ❥

Bjs Ju