XLVIII

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Nova York - Complexo Vingadores

— Você rouba carros agora? — vejo Steve parado com o ombro encostado em uma das pilastras frente ao complexo.

"merda" penso colocando a cabeça contra o volante, até parece que eu sabia que o carro era dele, se bem que pensando agora, o modelo, estilo até que se parecem, os dois são velhos.

— Em minha defesa — abro a porta do carro saindo com as mãos para cima como se estivesse me rendendo.

— Sem defesa S/N — ele vem em minha direção com aquele olhar de quem vai te dar uma bronca — Só não roubas mais carros — diz me encarrando, mais em minha defesa eu estava esperando uma bronca.

— Vai contar para o Stark? — pergunto, parte de mim não se importava de o Tony saber, mas queria evitar uma terceira guerra mundial.

Ele suspira fundo, analisa rapidamente o carro e volta a mim encarrar.

— O carro parece não ter nenhum arranhão e a porta arrombada eu acho que posso mandar arrumar — ele responde.

— Obrigada — as coisas no complexo não ficavam às mil maravilhas quando se tinha briga, então se estivéssemos pensando a mesma coisa, ele também queria evitar uma terceira guerra.

Me afasto e começo a andar, queria entrar e pensar em como contar para o velho que estava gravida sem fazê-lo ter um ataque cardíaco, isso é meio impossível na idade dele e sem magia não poderia manipular ele para pensar o que eu quisesse.

— Espera! — Steve diz chamando minha atenção me fazendo olhar para ele novamente.

— Algum problema? — pergunto com esperanças que o Peter não tivesse esquecido nenhum pertence, devo admitir que foi bom sair com um amigo que não quer te comer ou exibir por causa do sobrenome.

— Para falar a verdade tem algo que eu não consigo tirar da minha cabeça — me aproximo dele o olhando nos olhos — Controlou minha mente quando transamos? — pergunta.

— Por que isso agora? — acho estranho ele me perguntar isso, pensei que ele tivesse esquecido, bom, eu esqueci.

— Desde que aquilo aconteceu, venho me perguntando se algo daquilo foi real, e agora parecia o momento certo para perguntar — fechou a porta do carro e me encarrou.

— Já conversamos sobre isso, lembra, você me tratou mal e pediu para ficar longe e fiz o que você pediu me afastei — respondo, depois dou as costas para ele, mas sinto seu braço me puxar e então me colocar contra o carro — Não sei o que você quer de mim.

— Quero uma resposta sincera — ele fala e sinto sua respiração próxima demais do meu rosto.

— Não posso controlar mentes como a Wanda, mas consigo mudar a forma como as pessoas pensam, e quando estava naquela cela a única coisa em que pensava era uma forma de fugir e eu quis sim controlar sua mente — faço uma breve pausa e sinto a expressão no rosto dele ficar mais aliviada — Mas não controlei sua mente.

Novamente a expressão dele muda ficando confuso com a minha explicação.

— Stark havia me dado aquelas ervas malditas que anulam a magia, me deixando vulnerável, fraca demais para usar qualquer uma das minhas habilidades — por alguns segundo Steve fica em silencio olhando para o chão com as duas mãos no carro me prendendo entre ele.

— Então eu realmente quis aquilo — diz demonstrando arrependimento, sem conseguir me encarrar.

— Não foi tão ruim se você quer saber, a mulher que transar com você terá muita sorte — digo tentando fazê-lo se sentir melhor.

— É melhor você entrar — ele se afasta me deixando livre, ainda olhando para o chão, provavelmente se sentia envergonhado por ter fodido uma menor de idade.

— Olha, se for fazer você se sentir melhor, não era mais virgem quando transamos — naquele momento ele me olhou rapidamente, mas voltou a desviar o olhar, aquele não foi meu melhor jeito de fazer uma pessoa se sentir melhor, mas eu nem estava tentando — Steve isso faz muito tempo, se você quer saber não significou nada, foi um rolo de alguns minutos...

— Minutos? — ele me olha com uma certa indignação, mas o que eu poderia dizer o Fury chegou atrapalhando tudo.

— O ponto é, eu e você não existe sentimentos, nunca existiu — talvez falar isso em voz alta não tenha sido uma boa ideia me fez parecer uma escrota do caralho — E para provar que não sinto nada por você, podemos repetir — me aproximo do corpo dele, levando as mãos até seu rosto o fazendo olhar para mim.

Me encarra com aqueles olhos verdes que fazia qualquer mulher desaprender a olhar, as mãos dele retiram as minhas de seu rosto e as afastam.

— O que acontece entre você e o garoto Maximoff? — aquele momento me fez pensar, o que eu e o Pietro realmente tínhamos, começamos o nosso lance pelo o meio, não houve pedido, apenas o de casamento que eu fiz questão de dizer não.

— Por que? — não sabia que resposta ele queria ouvir, talvez alguma que dissesse "não acontece nada" ou parte de minha estava se enganado me fazendo pensar o nada do que sentia pelo Pietro pudesse ser real e todos estávamos se enganando.

— As paredes desse lugar são finas e o meu quarto é o mais próximo da cozinha e digamos que tenho o sono leve — acho que sabia onde ele queria chegar.

— Você ouviu tudo? — pergunto para me certificar.

— Comprei tampões de ouvidos a meses — o vejo dá uma curta risada e naquele momento eu queria enfiar minha cabeça em um buraco e sumir da vista dele, mas também no que eu estava pensando transar em lugares onde pessoas passam a maior parte e achar que ninguém escutaria, quem estávamos querendo enganar.

— Acredito que agora seja uma boa hora para entrar — me afasto dando as costas para ele, sinto está sendo observada enquanto caminhava, me aproximo da porta de vidro a abrindo e quando vejo ele ainda está lá olhando para mim encostado no carro "será que ele vai mesmo ficar no frio da noite?"

A porta do elevador se abre e me deparo com a luz da sala apagada e o barulho da televisão, me aproximo com cuidado, era possível ter alguém assistindo, paro quando vejo Wanda e Natasha no sofá, Wanda estava com a cabeça no colo de Natasha que acariciava os cabelos ruivos de Wanda, estavam tão concentradas no filme o diário de uma paixão que nem perceberam que passei minutos observando aquilo.

Sigo para o meu quarto com aquela iluminação baixa que deixava os corredores claros o suficiente para caminhar a noite, mas nada tão forte, passo em frente ao quarto do Pietro e por um momento penso "por que não?" o que poderia acontecer? Dou alguns passos para trás voltando a ficar na frente da porta do quarto dele, penso bem antes de bater, acabo não resistindo.

Bato na porta algumas vezes até ele abrir.

— Não imaginei que fosse você — ele abre a porta com uma toalha na cintura, com seu abdome molhado pela água, seus cabelos molhados — Quer entrar? — pergunta já sabendo a resposta.

Entro e escuto ele fechar a porta, me viro, então passa a chave mantendo a porta fechada olha para mim esperando eu falasse algo, ou esperando alguma explicação.

— Então — digo algo para não parecer uma pervertida que só o procura para transar — Não vai vestir uma roupa?

— Quer que eu me vista? — pergunta se aproximando lentamente do meu corpo.

— Não — sinto meu corpo se afastar dele involuntariamente até ficar contra a parede.

— Então — a mão dele toca minha bochecha — O que quer de mim? — a acaricia levando seu dedo até meus lábios, passando lentamente entre eles.

— Acredito que já saiba a resposta — respondo.

— Quero ouvir você dizer — ele me encarra com um sorriso malicioso, ele realmente estava esperando eu dar luz verde para me foder, até parece que na primeira vez ele perguntou algo, também estava com a boca muito ocupado para falar.

— Me chupa — digo sentindo uma respiração profunda sair de meu peito.

CONTINUA... 

A TRIBRIDA - Livro 01 (+16)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora