VI

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Nova York - Complexo Vingadores

— Me conhece? — Pepper diz confusa e ao mesmo tempo surpresa, pois, ela nunca havia visto aquela garota.

   S/N fica observando, o nome parecia muito familiar, como se ela já o tivesse ouvido em algum lugar, mas não lembrava de onde, por um instante S/N se perque nos pensamentos e por algum motivo acaba desmaiando.

    Steve a segura e a coloca de volta na cama, rapidamente a sala fica cheia, Tony a examina e descobrirá a causa do seu desmaio repentino, ele retira um pouco de seu sangue e coloca na máquina para ser examinado.

   Os resultados saem e não mostram nada de mais a não ser, claro uma amostra de sangue compatível com a da garota, e essa amostra não era de ninguém menos do que do próprio Stark.

— Sexta-feira o que é isso algum tipo de piada? — ele fala olhando para enorme tela surpreso com o que vê.

— Sr Stark não fui programada para contar piadas — responde — Isso é real. 

    Algumas horas se passam e finalmente S/N acorda e se depara com Tony Stark ao seu lado segurando uns papeis, ele estava sério e seu olhar continha raiva.

— O que aconteceu? — pergunta forçando sua mente a lembrar de algo que havia acontecido.

    Ele a olha mais serio do que estava, aperta os papeis com força quase os amassando, lança um olhar raivoso para a garota, como se pudesse ver sua alma e todos os seus crimes, alguns segundos a observando ele levanta e a encara, depois joga os papeis em cima da cama a fazendo sentar e olhar para os papéis.

— Olha aqui garota, eu não sei qual o seu joguinho, mais já vou logo avisando que seu plano não dará certo — ele fala com ódio na sua voz.

    Segura os papeis que ele jogou e começa a ler e o que estavam escritos neles a surpreende e ao mesmo tempo a deixa assusta, como poderia ela ser filha desse homem, não eram parecidos em nada, ela era legal e ele é... enfim.

— Que palhaçada é essa? — mostra os papéis a ele apontando para a palavra "positivo"

— Eu que te pergunto, que eu saiba não tenho filha.

— Parece que agora tem — responde em um tom irônico.

— Não temos nada a ver um com o outro, olha para mim, sou legal e você é... enfim  — ele diz andando pelo quarto ainda sem acreditar no que estava acontecendo.

     Na cabeça da garota aquilo não fazia sentido algum, como ela podia ser filha dele, sua mãe nunca havia falado nada sobre sua verdadeira família, somente que alguns agentes da Hydra a  acharam em uma casa que pegou fogo e salvaram sua vida. 

    Depois foi levada para um laboratório onde passou sua infância inteira, mas no fundo sentia que faltavam pedaços de sua vida, mas eles a salvaram, a mandaram para um lugar seguro, onde ninguém a encontraria, nem mesmo sua verdadeira família.

  O que se passava em sua cabeça era que era impossível ela ser filha desse homem, nasci no laboratório, a Hydra nunca não mandaria a filha do homem de ferro para matá-lo, ou mandariam? São muitas perguntas e muitas delas continuaram sem respostas.

— Ou terra para S/N — Tony chama seu nome varias vezes e então é trazida de volta a realidade.

Ele parecia falar algo muito importante mas  sua mente não conseguia parar de pensar na Hydra, em sua mãe e tudo aquilo que eles contaram sua vida toda, eles a fizeram acreditar em um conto de fadas.

Mais se o teste for falso e os vingadores estiverem apenas a usando para conseguir informações e destruírem sua casa novamente, mas ainda tinha uma coisa que não entrava em sua cabeça, de onde a garota conhece a Pepper? Por que desmaiou quando a viu?

— Você escutou algo do que eu disse? — ele a traz de volta de seus pensamentos.

— Hum? Não será que pode repetir? — fala ainda com seus pensamentos confusos.

— Perguntei quem era sua mãe? E por que você estava naquela base da Hydra? — Tony faz algumas perguntas.

— Minha mãe era um robô, já minha verdadeira mãe eu não a conheci, e estava na base da Hydra em Sokovia, por que estava participando de um novo experimento que eles estavam desenvolvendo — percebo que fiz a maior burrice da minha vida falando desse experimento.

— Experimento? Que tipo te experimento? — ele pergunta!

— Você sabe quem é minha mãe? — pergunta, tentando mudar de assunto.

Tony a olha, fica a analisando, talvez ele estivesse esperando que ela o atacasse, mas ela não queria fazer isso, sentia que precisava saber disso, precisa saber se sua vida foi uma completa mentira.

— Não, eu não faço ideia de quem seja sua mãe e pelo que percebi você também não — ele fala com um desânimo na voz.

— Ouvir falar que você era um jaguar.

— Olha só ela tem senso de humor — ele fala com um sorriso sarcástico.

— Devo ter herdado isso de você — devolvo o sorriso.

Ele volta a observar-lá, a encarra como se soubesse todos os seus pecados, depois de uns segundos a observando ele senta ao seu lado na cama, pega os papeis que estão em suas mãos os jogando em cima de uma cadeira e logo volta depois sua atenção para S/N.

— Sabe S/N, eu nunca fui pai, então não sei como se faz isso, mas quero tentar se você quiser é claro — fala segurando as mãos dela.

— E o quê? Seremos uma família grande e feliz? — o olhava com sarcasmo e suas palavras de ironia — Não dá para ser feliz com todos esses problemas, não da para construir uma família e deixar seu passado para trás, não dá e sabe porquê? Porque os problemas vão te acompanhar onde você esteja?

S/N sai da cama e caminha até a enorme janela de vidro, observando os carros lá embaixo e imaginando que tudo o que viveu até agora possa ser uma grande mentira, sua vida toda pode ser uma mentira; Tony levanta e caminha em direção a S/N ficando ao seu lado e observa as pessoas andando na calcada vivendo suas vidas normalmente.

— Você tem razão, não podemos fugir dos nossos problemas, temos que encará-los e tentar seguir, mas se você ficar vivendo no passado nunca terá um futuro — era perceptível em sua voz que ele não era a melhor com conselhos

— Matei pessoas — S/N fala com o olhar fixado na janela.

— Eu também, sempre que salvamos pessoas outras morrem — ele fala desvia seu olhar rapidamente para S/N.

— Sou uma assassina isso muda as coisas, vocês salvam pessoas, eu mato pessoas para sobreviver e por vingança — ele ver seu olhar frio e sua voz sem emoção ao falar.

— E você acredita que a vingança vai te trazer alguma paz para você? — ele pergunta.

— O desejo de vingança é a única coisa que me faz querer continuar viva, eu já perdi tudo, se eu não sentir a vingança por que quererei viver? — pergunta se virando para Tony.

Suas palavras deixam Tony e os outros que estavam observando pelas câmeras sem palavras, S/N já havia perdido tudo, sua mãe o lugar onde cresceu, a vida que imaginou que teria quando saísse daquele laboratório.

Aparentemente tudo não passou de um conto de fadas inventados pela sua cabeça, S/N foi criada para ser uma arma, uma arma capaz de matar sem perguntar o por que estava fazendo aquilo, nunca teve a opção de escolha, tudo o que ela tinha eram fantasias.

— Uma família pela qual queira lutar por você, olha eu não sei como foi sua vida com a Hydra, mas aqui comigo você terá a vida que sempre quis — Tony fala a segurando pelos ombros e a encarrando, mostrando que aquele lugar poderia ser bom para ela.

A TRIBRIDA - Livro 01 (+16)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora