O clima nessa noite de véspera de natal era agradável. Algumas músicas brasileiras preenchem o ambiente, e particularmente, o cheiro de churrasco e comida também.
Os filhos de Dudu, Rony, Deyverson e Gustavo brincam juntos; nós jogadores (e nossos respectivos pares) estamos reunidos numa mesa e nossos pais em outra. Todos conversam alegremente e isso me faz sorrir por dentro.
— tô com dor nas costas. — Becca resmungou de boca cheia.
A mesma usa um vestido vermelho de ombro a ombro longo, que marca sua barriga. Seus cabelos estão naturais e soltos e sua maquiagem não é tão forte assim.
Já disse hoje o quão linda ela é?
— você já me disse isso umas 50 vezes. Por quê não vai deitar? — perguntei sugestivo.
— eu tô comendo. — deu de ombros, enfiando um pedaço de panetone na boca.
— para de comer um pouco, Be.
— não. — negou, se levantando logo em seguida.
[...]
Abraços, beijos, sorrisos e palavras ditas do coração. Era isso que acontecia aqui dentro após o relógio marcar 00h. Enfim, era natal; dia do nascimento de Jesus Cristo e tempo de reflexão e confraternização.
— feliz natal, minha gravidinha! — desejei após encontrá-la no meio das pessoas.
— feliz natal, papai. — esboçou um sorriso.
E antes que ela saísse e fosse desejar "feliz natal" para o restante do pessoal, a envolvi em um abraço.
Seu toque, seus dentes brancos mostrando um sorriso e sua fragrância doce de flores brancas eram a minha perdição, literalmente.
Seu abraço era firme. Era carinhoso e caloroso. Eram os braços dela, e, no meu coração, era ela.
Rebecca consegue me arrancar os melhores sorrisos, as melhores lembranças, os mais intensos sentimentos e, principalmente, o melhor de mim.
Ela chora á toa, ri como uma idiota, têm desejos malucos, valoriza gestos simples e ouve Ozuna. São essas (e outras) coisas que fazem ser ela e eu sou apaixonado nisso.
— obrigada por estar comigo e me entender. — sussurrou para que apenas eu ouvisse.
— eu que agradeço. Sinto que meu mundo não teria graça se você e Bella não estivessem nele. — desabracei o seu corpo apenas para beijar sua testa. — obrigado, minha gatinha.
"Eu acho que te amo."
Era essa frase.
Essa bendita frase que tomava conta dos meus pensamentos e me fazia surtar por dentro.
É, a ficha está caindo.
[...]
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(barra funda, sp)
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