"Siiiimm"

"Poise *risadas*. Vai querer o que pra comer?"

"Ahhhhh não sei, o que você vai querer?"

"Não sei também. Kaminari, o que a gente pede?"

"Pizza ué"

"De que?"

"Calabresa?"

"Pode ser", Kirishima diz

"Pode ser, Deku?", Katsuki pergunta

"Sim, sim", digo

"Então pronto, eu e Kirishima vamos atrás da pizza e vocês acham uma mesa pra a gente", Kaminari diz

"Beleza" digo

Assim nos separamos. Kirishima e Kaminari, vão atrás da pizza, enquanto eu e Katsuki, vamos atrás de uma mesa

"Você tem alguma preferência de local?", Katsuki pergunta

"Ahhhhhh, eu gosto de mesas bem no centro, sabe?"

"Sei sim. Então vamos atrás de uma"

"Hehe"

"Essa aqui, tá boa?"

"Perfeita"

"Então pronto"

Nos sentamos um do lado do outro. Ficamos em silêncio um tempinho, até que, coloco minha mão em cima da mesa, e Katsuki segura ela

"... Sua mão é macia", ele diz

Fico um pouco ruborizado. "Ah... Obrigado"

"De nada... Escuta, Deku"

"Oi, Kacchan"

"Eu... Posso te levar pra almoçar, qualquer dia desses?"

"M-me levar pra almoçar?"

"Isso"

"Bem...", por que eu tô me fazendo de difícil? Também não sei, tudo que se passa pela minha cabeça, é um lindo e grande "sim".

"'Bem'?"

"Claro, claro"

"Que bom! Que horas?"

"Não sei... Porque assim, minha pausa pro almoço é uma da tarde e tenho que voltar às quatorze. Uma hora de almoço, só?"

"Entendi"

"Aí, eu acabo o trabalho às dezessete. Qual seria melhor pra você?"

"Não sei... Terça, eu só vou pro trabalho onze e trinta e cinco, então não tenho problema em dormir tarde. Mas e você? Tem que estar no trabalho que horas?"

"Às nove. Mas vamos supor que saíssemos pra jantar. Seria, mais ou menos, às dezoito ou dezoito e meia. Será que estenderíamos esse horário, até tarde?"

"Bem, eu não duvido nada *risada*"

Ele estava tão... Meigo, doce e gentil comigo, nem parece o Katsuki que eu conheci. O que não conseguia nem trocar duas palavras comigo, sem gritar ou me chamar de idiota. O amor nos muda mesmo, mas ele... Ele não... Ou será que sim... Eu não sei... Tantas perguntas, tantas incertezas, e um simples "você gosta de mim?" resolveria tudo. Mas eu... Eu não tenho tanta coragem assim... Talvez... Tá! Vou engolir esse nervosismo e essa vergonha, e perguntar!

"Katsuki!"

"Ah, oi"

"A-ah, desculpa, eu gritei sem querer"

"Relaxa. O que era?"

"B-bem... Eu queria saber se você-"

"Chegamos!" Kaminari diz, se aproximando da mesa, com a pizza

"Não sabíamos qual sabor de refrigerante, vocês iriam querer, então trouxemos tudo guaraná", Kirishima diz

"Tá tá, mas calem a boca por um instante, o Deku queria perguntar uma coisa. Fala aí, Deku", Katsuki diz

Nessa hora, eu congelei. Já não tinha coragem de fazer aquela pergunta, a sós com o Katsuki, imagine na frente do Kirishima e do Kaminari.

"Errrrrrr sabe o que é? É que eu esqueci o que ia dizer, acredita?"

"Ahhhh, diz quando você lembrar então", Katsuki diz

"É, porque até eu fiquei curioso", Kaminari diz

"Mas enfim, bora comer", Kirishima diz

Comemos, conversamos sobre diversos assuntos, da época em que estudávamos. Falamos sobre nossas antigas paixões (nessa brincadeira, eu descobri que o Kaminari já gostou da Jiro e do Shinso, o Kirishima, da Mina e uma pequena queda pela Tsuyu).
No final, fomos ao banheiro e, já que estávamos no shopping, resolvemos dar uma caminhada por aí.
Estávamos andando, quando uma moça nos para

"Com licença, gostariam de fazer um teste?", ela perguntou

"Teste de que?", Kirishima indagou

"Sobre qual a porcentagem de vocês darem certo, como um casal"

"Tem que ser muito besta pra aceitar fazer isso", Katsuki diz

"Bora", Kaminari diz

"Eu mereço..."

A moça nos leva até uma máquina. "É só colocar o dedo aqui, e o coração irá se encher de acordo com a probabilidade de vocês darem certo, como casal. Quem serão os primeiros?", ela diz

"Eu e o Kirishima", Kaminari diz

Os dois colocam os dedos em... Tipo um escaner, e o coração se enche em noventa e oito porcento

"Tá vendo, Kirishima? A gente é foda", Kaminari diz

"Hehe"

"Vocês dois, agora?", a moça pergunta, para mim e para o Katsuki

"Ahhhhh pode ser, Katsuki?", pergunto

"Pode sim, vamos,

Você... Tem sorte de eu ser paciente! (BakuDeku Au) Onde histórias criam vida. Descubra agora