A procura de paz

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Paz! 
Paz! Eis-me aqui, o teu rapaz.
Clamava eu pela paz, mas ela não se passava duma incapaz; e sem olhar para o meu sofrimento, ela faz o que lhe apraz.
Nas ondas das águas
entreguei todas as minhas mágoas,
carregava uma pasta cheia de sofrimento, mas... porém! Confiei tudo nas mãos do vento.
Não sou mais um embrião
Sou um crescido rapaz 
a procura da sua paz; como um crescido cidadão segurei na minha mala e fui de trás da minha liberdade; mas quanto mais procurava-a mais choros ouvia em alguma cidade.
Mortes, lamentos, gritos, 
Infelicidades sobre lutos,
doenças, corrupção, ataques armadas,
confrontos das almas...
Tudo contra a paz. 
Mas que paz?

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António (O Preto Branco)

A poesia que nos encontra (história Completa)Where stories live. Discover now