Único

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N/A: Bem-vindos a primeira wolfstar do ano! Não deixem de votar e dar uma olhadinha no meu perfil, sempre tem novidade e não existe escritor sem leitores, certo? Bem, eu espero que gostem. Boa leitura.

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O aniversário de dezenove anos de James havia sido uma comemoração e tanto, os marotos resolveram reunir-se e fazer jus à má fama. Entretanto, depois da meia noite, Wormtail disse precisar acordar cedo no dia seguinte e foi embora, duas horas mais tarde o próprio James havia chego ao seu limite e implorado para Lily ir buscá-lo. Sem ter nada melhor para fazer, tanto Sirius quanto Remus acharam que seria uma excelente ideia comprar uma garrafa de firewhiskey para cada um e usar um pouco de poção da verdade (mais um de seus equipamentos para gerar o caos onde passavam) em uma brincadeira onde nenhum dos dois poderia mentir.

As risadas de ambos pareciam música nas ruas escuras e a madrugada pareceu curta demais para eles. Quando se deram conta, estavam em um dos parques de Londres, implicando um com o outro e cantando as mesmas músicas que ouviam quando compartilhavam o dormitório em Hogwarts. O céu parecia uma pintura e a copa das árvores tornava tudo mais bonito naquele verão. Enquanto falavam sobre tudo e nada ao mesmo tempo, tinham a chance de matar as saudades um do outro.

O fim do colegial deixou um buraco na vida do Lupin e do Black, pela primeira vez em muitos anos, eles se viram em caminhos completamente opostos e, por mais que quisessem negar, estavam com medo de o que havia entre eles desaparecer com o tempo. A distância, física e emocional, pesava no coração de Sirius como o peso do próprio mundo. O moreno não queria estragar o tom de comemoração, porém aquilo estava quebrando-o por dentro. O álcool e o efeito da poção entorpeciam sua mente, além disso, os pensamentos dos quais fugia pareciam inundá-lo todas as vezes que seus olhos encontravam Moony.

Remus não queria pensar demais, não naquela noite. Ele estava com Sirius, os dois estavam sendo apenas os pirralhos que sempre foram – apenas dois garotos bobos sem esperanças ou arrependimentos. Não arriscaria além do necessário, riria como se aquele fosse o último momento de alegria de sua vida e admiraria o céu tempestuoso das írises de seu melhor amigo como a maior obra de arte já feita.

Os dois caminharam por entre as árvores e, após perceberem que estavam tropeçando mais que caminhando, com suas garrafas já no fim, decidiram se sentar na grama para assistirem ao nascer do sol enquanto deixavam a verdade escapar de seus lábios com gosto de veritaserum e firewhiskey além da conta.

— Verdade... Ou verdade? — Sirius cantarolou.

— É a minha vez de jogar — Remus implicou ao mesmo tempo em que empurrava o amigo com o ombro.

— Certo, certo. Então, dessa vez, eu escolho... — Um sorriso presunçoso se abriu em seu rosto — A verdade. Pergunte aquilo que sempre quis perguntar, lobinho.

— Não me chame de lobinho — Moony retrucou com humor e então parou por um segundo, tentando dificultar a vida do Black com suas perguntas.

— Sinto que essa vai ser difícil.

— Vai mesmo.

— Já estou com medo — eles reviraram os olhos um para o outro e por um longo tempo Remus tentou colocar as palavras certas em ordem.

— Me conte algo que nunca teve coragem de me dizer — Lupin disse assistindo com devoção os primeiros raios de sol atravessarem o céu escuro daquela madrugada de verão — Não espera, algo que sempre quis me dizer, mas nunca teve coragem de dizer.

— Fácil — Sirius respondeu observando o rosto do loiro com igual devoção. Algo se retorceu dentro dele quando as palavras saíram com uma facilidade impressionante — Meus melhores momentos sempre foram com você.

Meus melhores momentos e minha única verdadeWhere stories live. Discover now