Ana: Nós ficamos tão preocupados contigo. - Segurou na mão dela.

V2: Tua menina nasceu, tomara que seja a sua cara, porque se for igual ao pai... - Ela sorriu e o MK fechou a cara.

MK: Tenta não fazer muito esforço, teu parto foi meio tiltado. - Ela assentiu e apertou a mão dele.

Eu e a Ana nos entreolhamos, já sacando o que tava rolando.

V2: Tu passou mal, foi de quê? Tu caiu? - Não tinha engolido essa história que o Tatau contou.

Eles pegaram a menina sangrando e assustada, nunca que um tombo causaria isso.

Ana: Pode falar, a gente tá aqui contigo. - Sorriu pra ela.

V2: Se quiser contar depois, tá mec. Tu precisa se poupar mesmo. - Tentei deixar ela a vontade pra contar no tempo dela.

Valéria: Eu tava lá na casa da Ana, decidi sair pra andar um pouco, achei que faria bem ao bebê... Quando eu tava voltando pra casa, a Simone me parou na rua. - A Ana me olhou. - Ela me disse muita merda, me disse que era pra eu me afastar do Markos e sair da casa da Ana, disse que faria a minha gravidez ser a mais desgraçada possível... Ela tava com ódio no olhar, isso me deixou assustada na hora, ainda mais que eu tava sozinha.

Valéria: Eu pedi passagem pra sair dali, eu queria ir embora, mas ela não deixou. Ela me prensou na parede, viu que eu estava começando a passar mal e não fez nada... Eu implorei pra ela me ajudar, pedi pra ela chamar alguém, mas ela continuou imóvel. Depois de um tempo as amigas dela chegaram e tiraram ela dali, cada uma cuspiu na minha cara e depois saiu, até um chute na perna eu levei. Elas disseram que desejavam todos os tipos de mortes possíveis pra mim e pra minha bebê. - Começou a chorar.

Agora me fala, quando a gente mata uma porra dessas, nós somos o ruim do bagulho.

V2: Fica tranquila, isso vai ser cobrado da melhor forma, bate cabeça não. - Ela assentiu.

Ana: Gente, como que a Simone pôde fazer isso? Ela literalmente não é a mesma. - A Ana tava boquiaberta, mas eu ainda conseguia sentir o ódio no olhar dela.

V2: Ela não se tornou isso, ela sempre foi assim! Ela só encondia bem pra caralho.

MK: Foi a minha filha caralho, a vida da minha filha nessa porra.

V2: Já disse que vai ser cobrado, não vou falar que vai ser da melhor forma, porque eu pretendo fazer isso da pior maneira possível.

Ana: Eu vou contigo. - Se levantou.

V2: Tem certeza? - Ela assentiu.

Tu conseguia sentir a danação no olhar dessa mulher, nunca vi ela me olhar daquele jeito, até eu fiquei com medo.

Nós nos despedimos da Valéria, e o MK ficou lá com ela até o horário da visita acabar.

Ana: Tu não vai fazer nada com a Simone. - Estávamos caminhando até a moto, eu parei de andar e olhei pra cara dela. - Eu vou! - Dei uma risadinha de canto.

Essa eu quero ver!

                              [...]

Depois de um tempo a gente chegou no morro, e eu já fui passando o radinho pros amigo.

Eles falaram que tava a Simone e a Samara lá no campo do seu Zé.

Olha que coisa boa, vai apanhar em público.

A Ana saiu disparada pra lá, e eu fui atrás da onça.

Mandei não deixarem trazer o João pra cá, como ele tava com a Carla, eu fiquei mais tranquilo, porém é sempre bom previnir...

No Alemão (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora