Setenta.

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                               V2🥈

Médico: O parto foi complicado, teve que ser de última hora e por isso houveram diversas complicações. - Já tava ficando puto, esse coroa ficava na maior enrolação pra contar os bagulhos.

Eu tô ligado que a parada foi complicada, não é atoa que nós estamos aqui desde cedo esperando por notícias.

Ana: Mas e elas doutor? Como estão? - Ela apertou a minha mão e eu apertei a dela de volta, tentando passar segurança.

Essa daqui é minha menina, o que eu puder fazer por ela, eu faço.

Médico: Independente das complicações... Elas estão bem, na medida do possível, mas bem. - A Ana soltou um suspiro aliviada e o MK se sentou novamente na cadeira, passando a mão no rosto.

MK: A gente pode ver elas? - O médico negou.

Médico: A Valéria sim, mas peço que sejam rápidos, ela precisa descansar. A bebê ainda não, ela nasceu prematura, devido à isto, teve que ir pra incubadora, precisará ficar umas semanas ou até meses lá, para acompanharmos a forma que ela irá se desenvolver. - Nós assentimos. - No momento, a bebê está respirando e se alimentando com a ajuda dos aparelhos, temos que esperar para ver qual será o seu desenvolvimento.

O MK ficou tenso, mas eu percebi que ele tava aliviado ao saber que as duas estavam "bem".

O médico nos levou até o quarto da Valéria e entramos os três.

Eu não gostava muito de hospital não, me trazia mó parada ruim.

Médico: Só vou pedir que não fiquem andando pelo hospital. Ela está meio perdida ainda, devido a anestesia.

V2: Tem nenhuma criança aqui não, ninguém vai ser doido de sair andando pelo hospital. - A Ana me deu um beliscão. - Porra! - Passei a mão no meu braço e o médico ficou me olhando.

Ana: Pode deixar doutor, iremos seguir todas as regras. - Forçou um sorriso pra ele, que logo se retirou dali. - Tu tá pior que o João. - Falou logo após o médico sair.

V2: O cara vem querer mandar a gente não ficar andando pelo hospital, eu lá sou algum doido pra isso.

Ana: Não quero discutir, vem amor. - Essa novinha é toda sistemática, cada hora tá de um jeito.

Nem psiquiatra estuda...

Nós nos aproximamos da cama da Valéria e ela foi abrindo os olhos aos poucos.

Ela não chegou a abrir tudo, mal conseguia falar.

MK: Eai maluca, como que tu tá? - Se escorou ao lado da cama dela e alisou seus cabelos.

Valéria: Acabada. - Sua voz saiu inaudível. - Aonde tá a minha filha? Ela tá bem? - Começou a dar sinal de choro.

MK: Ela foi pra incubadora, precisou ir pra lá, o médico disse que na medida do possível ela tá bem. - Geral sabe que os médicos só falam isso pra acalmar o sujeito.

E o MK sabia, porém tava tentando passar um pouco de conforto pra Valéria.

Valéria: Eu quero ver a minha filha. - Tentou se levantar. - Me deixa ver ela.

MK: Qual foi? - Impediu que ela se levantasse. - Aguentou esse tempo todo até aqui pra fazer merda agora? Tu vai ver ela, mas depois... Tu vendo ela agora só vai colocar ambas vidas em risco, então tenta ficar calma. - Ela começou a respirar fundo e foi relaxando.

No Alemão (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora