Vinte e um.

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Maratona 2/4.

                        Ana Luísa 🌸

Ana: Mas corre o risco de piorar, doutor? - Chegamos aqui no hospital, fiz a ficha dela e ficamos um tempo na sala de espera.

Ela sentiu altas dores, e eu fiquei ali com ela.

Quando o doutor nos chamou e examinou ela, ele fez vários exames e descobriu que ela desenvolveu uma pré-eclâmpsia.

Médico: Não vou mentir, corre sim esse risco. - Já comecei a ficar nervosa.

Valéria: Pode falar a verdade, eu vou morre, não vou? - Ela estava com os olhos pesados e exaustos.

Ana: Para com isso. - Dei um tapa de leves no braço dela. - Tem tratamento, né doutor? - Perguntei aflita.

Médico: Tem sim. - Suspirei aliviada. - Ela terá que ficar de repouso absoluto. Sem estresse, sem muito esforço. - Eu prestava atenção em cada palavra que ele falava. Parecia até que era uma amiga próxima minha, ou até mesmo algum familiar meu que estava ali naquela situação. - O repouso deve ser seguido à risca e de preferência para o lado esquerdo, de forma que aumente a circulação sanguínea para os rins e o útero.

Ele receitou várias outras coisas, como: Beber em cerca de 2 a 3 litros de água por dia, controlar a pressão arterial dela, e ela também terá que vim fazer exames com mais frequência.

Exames de urina rotineiros, só pra evitar que a eclâmpsia piore, ou vá para um estágio mais grave.

Ela teria que passar o resto do dia ali em observação, e só receberia alta amanhã de manhã.

Como ela não tinha ninguém para passar essa noite aqui com ela, eu me ofereci pra ficar.

Talibã: Eai? Como que tá lá? - Ele tinha ficado ali esperando, e eu fui até ele pra avisar que ele poderia ir embora e que ela só receberia alta amanhã.

Expliquei o risco da gravidez dela.

Talibã: Caralho, mó merda ein. - Falou assim que eu terminei de contar tudo.

Ana: E ela só vai receber alta amanhã de manhã, vai ficar em observação hoje. Ou seja, se quiser ir embora, pode ir. Eu vou ficar aqui com ela. - Me sentei ao lado dele. - Valeu aí pela carona.

Talibã: Ainda. Mas eai? Vai ficar com essa roupa toda suja de sangue mermo? - Olhei pra minha roupa e vi o quão suja ela tava.

Tinha até me esquecido que eu me sujei com o sangue da Valéria.

Ana: Merda. - Resmunguei. - Qualquer coisa eu ligo pro meu irmão e peço pra ele trazer uma roupa pra mim. - Dei de ombros.

Talibã: Pode pá. Tu é a pirralha do Portuga, né? - Revirei os olhos e concordei, odeio que me chamem assim - Cara é firmeza. - Concordei. - Mas aí, vou puxar o meu. - Levantou e eu levantei em seguida.

Ele fez um toque comigo e logo saiu dali.

Respirei fundo e passei a mão no rosto.

Que situação Ana Luísa, que situação...

                               MK 🎭

MK: Tá mais calma agora? - Já estava em casa com a Simone, e puta que pariu, me fudi.

Não tenho notícias da Ana e nem da Valéria.

A Simone virou o capeta, até eu fiquei com medo dela.

No Alemão (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora