Palavras magoam

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Pov. Marinette

Não! Não! NÃO! Isto não pode estar a acontecer! Gatinho, por favor faz alguma coisa, diz alguma coisa!
Aquele homem tentou fugir, mas a polícia apanhou-o.
- Gatinho, tu precisas de um hospital!
- Não princesa, eles podem descobrir quem eu sou e eu odeio hospitais!- ele exclamou.
Eu não sabia o que fazer, mas eu vi um agente da polícia e fui a correr na sua direção.
- Por favor, leve-me para a padaria dos Dupain-Cheng, ele precisa de ajuda!- eu apontei para o Chat Noir que estava caido no chão.
- Ele precisa é de um hospital!- o agente respondeu.
- Por favor, só nos leve para a padaria!
O agente ficou confuso e preocupado mas ajudou o Chat a entrar num carro e levou-nos para a minha casa.
- Muito obrigada, senhor!- eu agradeci enquanto ajudava o Chat Noir a sair do carro e a subir para o meu quarto. Quando lá chegamos eu coloquei-o na minha cama. Ele não dizia nada, eu nunca me senti tão assustada na minha vida.

Pov. Chat Noir

Eu mal me conseguia mexer e a Marinette saiu a correr do quarto e voltou com uma caixa de primeiros socorros cheia de coisas e um pano molhado.
- Chat, tu já vestis-te o pijama?- ela perguntou enquanto colocava as coisas em cima da cama.
- Já- doía para fazer tudo, para respirar, falar, andar, tudo!
Eu percebi o que ela queria que eu fizesse então destransformei-me. Eu estava sentado na cama e não me queria deitar, para não sujar os cobertores da Marinette. Ela sentou-se atrás de mim e levantou as costas da minha camisola.
- Isto pode doer um pouquinho- ela disse e começou a passar o pano nas minhas feridas.

Pov. Marinette

Eu continuava a limpar as feridas do Chat e ele estava a fazer de tudo para não gritar. Ele tremia, e nem valia a pena dizer que aquilo não podia piorar, porque podia e muito!
- Chat, desculpa mas eu vou ter de desinfetar as feridas e vai arder um pouquinho, tudo bem?- eu disse que ia arder um pouquinho mas o remédio até que ardia bastante.
- Tudo bem princesa- até a voz dele tremia e ele parecia estar com medo.

Eu comecei a desinfetar as feridas, nós estávamos em silêncio, um silêncio perturbador.
- Marinette, tu estás chateada comigo?- ele perguntou.
- Não, eu só tinha tudo sobre controle, mas é claro que tu tinhas que aparecer e ignorar todos os perigos não é?- respondi fria.
- Eu só fiz o meu dever de proteger os cidadãos de Paris!
- Está bem, mas tu podias ter morrido!
- Tu também Marinette!
- Eu já te disse que eu tinha tudo sobre controle!

- Eu sou um super-herói princesa, eu tinha proteções e tu não!

- E eu sou...- eu parei de falar quando percebi que estava prestes a revelar meu maior segredo- Eu tinha um plano para fugir dali viva!

- Não me faças rir, tu nem sabes se esse plano ia correr tão mal como os planos que fizeste para contar ao Adrien o que sentes por ele!

Pov. Chat Noir

Eu não devia ter dito aquilo, por que é que eu disse aquilo? Foi sem querer!
A Marinette parou de limpar as feridas por um momento e ela devia estar incrédula.
- Princesa eu...- ela interrompeu.
- Tudo bem Chat, tu tens razão, tudo que eu faço dá errado!- não princesa, isso não é verdade! A voz dela estava trêmula.
Nós voltamos a ficar em silêncio e ela colocou um gesso nas feridas que nem eram o que doía mais agora.

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Nota da autora

"É melhor lavar a minha boca com sabão" como já dizia Melanie Martinez na música "Soap (uma música muito boa já agora)
Beijinhos de mel (づ ̄ ³ ̄)づ.

𝑨𝒎𝒊𝒈𝒐𝒔 𝑵𝒐𝒕𝒖𝒓𝒏𝒐𝒔Where stories live. Discover now