Capítulo 07

5.2K 286 54
                                    

Virginia narrando

Sai daquela sala, quarto, sei lá o que aquilo se chama.  cada vez que ele me tocava ou me beijava me dava anciã de vômito eu nem sei o que eu to sentido, eu tentei o máximo não demonstrar a minha insatisfação. estou com vergonha de mim mesma.

O pior, é que apesar de todos os mistos de decepções comigo mesma, eu senti prazer e gostei do que senti, até demais!

Apesar de tá naquele lugar, naquela condição e com ele, a sensação foi boa, gostosa demais.
Mais o trabalho que ele faz com a língua, é sem comentários. Sério! Até tentei me conter, mas quem disse?
Senti um incômodo na hora da penetração, ele tem um jeito de homem bruto e também
Fazia uns anos que eu não tinha relação sexual. eu menti pra ele falando que era virgem, é ele acreditou até sangue saiu kk, a minha primeira transa foi no banheiro da escola quando eu tinha 15 anos, com o Pedro eu era super apaixonadinha por ele mas o nosso lance não deu certo porque ele teve que ir embora do Rio.

Agradeci quando finalmente sair daquele lugar e me deparei com a rua, soltei até o ar que tava preso no pulmão. Me bateu um nojo enorme, quando eu lembrei do quanto ele é pretinho comecei a vomitar no cantinho da rua quanto mais eu lembrava mas eu vomitava.
Me recompus e Fui andando até o carro, onde o outro me esperava.
Entrei, coloquei o cinto e seguimos. Fiquei pensando no que eu acabei de fazer, me entreguei pra a pessoa mas improvável da minha vida, nunca me imaginei ficando com ele e pior ainda, em um presídio.

Depois de longos minutos chegamos em frente a minha casa e antes de eu descer, ele me entregou o envelope, peguei e saí do carro e  fui direto buscar o Vinicius e a viliane na casa da Joana.

Joana: trabalhou muito hoje Virginia? Você está com uma carinha cansada.  —  falou assim que eu entrei na casa dela.

— passei o dia todo em pé, maquiando umas garotas lá na pista. — menti na cara dura.

Joana: eu vi quando você chegou de carro. —   essa e fofoqueira. Dei uma risada espontânea.

—  peguei uma carona com um conhecido meu, quando cheguei na entrada. — peguei o meu irmão do braço dela.

Joana: então você conseguiu ficar no emprego? — me entregou a mochila deles.

— e um emprego temporário, só vai ser no domingo acredita ? O bom é que paga bem.
eu sei que não é muito, mas é o que eu posso pagar! — tirei 100 reais da bolsa pra da a ela.

Joana: não vou aceitar Virginia, você sabe que eu fico com eles porque eu gosto. —  ela cuida deles desde pequenos. — 
guarda e compra as coisas das crianças.

— obrigada ! — dei as costas, mas acabei me lembrando da minha mãe. — você viu a minha mãe hoje?

Joana: desde ontem que eu não há vejo — confirmei — ela já sumiu de novo ? — disse que sim ! — relaxa que daqui a pouco ela aparece.

Peguei meus irmãos e fui em uma lanchonete, comemos e depois fomos para casa.
Coloquei os dois para dormir e fui tomar banho, tomei um banho bem demorado para tirar todos os vestígios da cadeia e principalmente dele, parece que o cheiro de homem preto dele ficou impregnado em mim. Me bateu uma vontade de vomitar, não conseguir chegar até o vaso sanitário vomitei no meio do caminho eu vomitando e chorando por saber que eu vou ter que ficar com ele novamente.
Limpei toda a sujeira que eu fiz e depois escovei os meus dentes. Coloquei uma roupa confortável e me sentei na frente da minha casa e acendi o meu último baseado.
A favela estava movimentada, um sobe e desce de carro e moto.

[...]

quando amanheceu eu fui no centro e  comprei vários lençóis e mantas, uma cortina e um tapete. comprei bastante comida e lanches para os meus irmãos, voltei para casa e fiz uma faxina geral.
joguei várias coisas velhas no lixo. coloquei a cortina branca e o tapete cinza na sala deu até mas vida na casa um sinônimo de paz, até agora a minha mãe não apareceu o pior de tudo é que eu fico preocupada com ela.

Aproveitei que meus irmãos ainda estavam lá com a joana e fui comprar a minha maconha. O sol estava indo embora, tá bem fraquinho.
Fui andando e cheguei rápido porque fica perto da minha cama e bem próximo.
Comprei a maconha e já estava indo embora, mas eu acabei dando de cara com o coroa que estava chegando com os seguranças dele.

Coroa: o que tu tá fazendo aqui garota? —  estava ele e o cara que me levou para o presídio.

Eu não respondi e continuei andando, mas ele acabou me puxando pelo braço com força e me encarando todo sério.

— eu vim comprar maconha, algum problema? Eu pensei que fosse óbvio. Aqui não é uma boca de fumo ? —  Expressão dele mudou de sério para irritado, eu em.

Coroa: Você e cheia dos deboches, né ? — revirei os olhos. —  meu irmão tá ciente que você é esta usando drogas? bagulho feio mulher fazendo isso, pó!  — falou com desdém.

— o que é que você e seu irmão tem haver com isso, eu não conheço você e muito menos ele. Que loucura ! — tentei puxar o meu braço. — ele ainda está segurando — 
me solta?

Sem OpçãoWhere stories live. Discover now