A refeição ( Lucien )

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     O que estava acontecendo comigo? Por que estava deixando aquele alfa estranho me beijar? Ele se afastou e sorriu. E começou a desabotoar minha camisa,  mas de repente foi atirando contra a parede pelo outro ser alado estranho e em seguida Azriel me abraçou de forma protetora. O seu cheiro era maravilhoso.

     — o que pensa que está fazendo ?! — Azriel gritou com o desconhecido de cabelos longos.

     — aliviando a dor do omega.— falou sorrindo

    — meu omega ! — rosnou Azriel — se quiser ser .— sussurrou em meu ouvido me fazendo querer chorar nunca me perguntaram se eu queria algo.

     — talvez ele queira ficar com o alfa mais bonito.— o de olhos roxos comentou tirando Azriel  de perto de mim e avançando em mim. 

     Olhei para os lados e corri. Me trancando no quarto com medo. Comessei a chorar e passei a esperar o cio passar deixando meu corpo corroer de dor mas não iria ser marcado por nem um deles. Por ninguém mais. Nunca mais.

    A vontade de vomitar me tomou assim que comecei a lembrar de meus últimos cios. Aquelas garras, aquela voz. Tamilin...

     Eu não queria! juro que não queria! Nunca pedi para ! É tudo culpa minha ! Se eu não fosse defeituoso isso nunca teria acontecido! Eu devia ser um bom omega... mas eu não sou um bom omega ... sou uma aberração !

      Sei que chorei por muito tempo. chorei até dormir contra a porta. Chorei até o tempo passar. Chorei ...

    Dois dias haviam se passado e eu não estava aguentando de tanta fome. O cio havia passado, mas mesmo assim estava com medo.

    — Lucien ? — era Azriel atrás da porta. Ele havia montado acampamento atrás da porta pra que nem um deles entrasse. E sempre tentava falar comigo. Sentia saudade dele. Mas ao mesmo tempo eu tinha medo. Muito medo.

    Respirei fundo.

    " ele não é Tamilin!" Gritei pra mim mesmo e  Abri a porta me deparando com seu sorriso e seu abraço.

   — por que nunca responde quando eu o chamo ? — Questionou-me fazendo olhar para o suas feições fortes — quer comer ?

      Azriel era assim, preocupado, gentil, mas mesmo assim eu não confiava nele porém eu não tinha escolha. Estava outra vez nas mãos de um alfa, três na verdade.

    Ele me colocou em seu colo e me carregou até a cozinha onde uma névoa negra pegou um pote grande que cheirava bem depois me levou para fora para o terraço e só aí me colocou no chão e se sentou ao meu lado roubando o pote da névoa, a qual havia nos seguido, o abriu revelando biscoitos.

     — quer ? — Questionou- me oferecendo o pote.

   Era estranho, segunda vez em minha vida que alguém me pergunta o que eu quero e fora ele ! E o melhor ainda iríamos comer juntos pela primeira vez!

    Sentei um pouco distante  ao seu lado e fiz o que fui ensinado a fazer, esperei. Esperei ansiosamente pelas sobras. Mas parecia que ele não tinha entendido muito bem pois ficava o tempo todo oferecendo o pote. Seria aquilo algum tipo de teste ? Será que eu deveria parar de olhar pro pote ?

     — não gosta de biscoito de chocolate  ? — questionou confuso e pareceu esperar uma resposta minha então balancei a cabeça em negativo. 

Amava quando Tamilin comia biscoitos e me deixava ficar com o pó do pote.

   Senti a saliva se acumular com a memória e tampei a boca. É errado mostrar interesse na comida dele.

Os alfas e o omega ( acotar/ omegaverse) Where stories live. Discover now