Terracota

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Bonjour! 🦋♥

Terracota, uma cor que talvez fuja do vocabulário, um nome diferente. Ser diferente é ruim? Usem e abusem do terracota!

Hoje, 19/12, é aniversário de uma amiga especial, a Ana Carolina ou como a chamo: madrinha da Amélie. Sem ela, Colors não seria postada. Ana é a Amélie todinha e por uma brincadeira do destino, o aniversário de Amélie chegou também, chega a ser cômica a sintonia! Feliz Aniversário, Ana. Seja colorida!

Link do Razões Para Acreditar para quem quiser saber mais sobre o assunto:
https://www.google.com/amp/s/razoesparaacreditar.com/menino-autista-pintor/%3futm_source=facebook&utm_medium=post&utm_campaign=rpa&utm_term=menino-autista-pintor&amp

Boa leitura!

- Mia Bitencourt.

"A arte trouxe nosso filho para essa vida, diz mãe de menino autista que é pintor:

A pintura trouxe a comunicação verbal dele. Não que todos os tratamentos não sejam importantes e complementares. Claro que ele não estaria falando tão bem sem uma fonoaudióloga. Não estou tirando esse mérito. Ela é maravilhosa! Mas, normalmente, as crianças autistas precisam de algo que as motivem, que seja um elo entre elas e o mundo. Eu atribuo o elo do Mateus à pintura. Ele fica muito feliz quando pinta. - Relato de Maria Eduarda, mãe de Mateus."

Terracota, um nome diferente para uma cor diferente. Qual o significado de ser diferente?

Todos nós temos visões diversificadas sobre o "ser diferente". Nascemos com alguns pensamentos enraizados, ensinados. Ser diferente é ser... Ruim? Não! Não é! Todos somos diferentes, todos temos nossos jeitos únicos de ser. Amélie vive de um jeitinho diferente e que a faz tão única, ela é doce, educada, a linha tênue entre timidez e independência. Sente-se bem assim, não há problema algum em ser assim. Terracota é isso, é a segurança de ser quem se é, é o conforto de ser amada e cuidada do jeitinho que é. Diferente não é ruim, diferente é terracota.

Entretanto, existe uma linha entre ser diferente e estar diferente. Enquanto Amélie era diferente, Marta estava diferente. O comendador passou o mês de abril inteiro à procura da sogra. Mandou Josué averiguar tudo, cada canto daquela cidade e nem sinal de Anne-Marie. Sua última medida extrema foi marcar uma viagem para São Paulo.

- São Paulo, Zé? - Sentou-se na cama. - Melhor não!

- Melhor sim! Alguém tem que saber algo dela! A mulher não pode ter sumido igual pó. - Comentou.

- Melhor não revirar essa história, deixa isso quieto. - Abaixou a cabeça.

- Não! Eu falei que ia achar ela, não falei? Maria Marta, eu preciso resolver isso, não aguento mais te ver angustiada. - Segurou o queixo dela e a fez fitá-lo. - Ela deve estar com seu pai. Podemos levar umas flores.

- Dálias de todas às cores. - Sorriu de canto. - Ela gostava de fazer arranjos enormes, passava horas e horas mexendo nas flores. Eu dizia que ficaria mais bonito fazer tudo de uma cor só, mas, ela preferia uma de cada cor. Pai achava brega e a Julieta adorava.

- Pensei que sua mãe seria uma quatrocentona esnobe. - Zé gargalhou.

- Ela era! Meu pai transformou ela em uma megera! Única coisa que mantinha ela bem eram as flores. Anne sempre dizia "flores coloridas para uma vida colorida". - Deu de ombros. - Ela era uma mulher de extremos, ou boa demais ou uma peste! Dependia da pessoa que chegava até ela!

- Já sei a quem tu puxou. - Murmurou.

- Óbvio que não contei pra Amélie sobre o lado terrível dela, preferi falar só o lado bom. - Gargalhou.

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