Laranja

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Bonjour! 🦋♥

Ano novo em família, laços sendo refeitos, caminhos sendo traçados. Amélie e Zé aprenderão o valor da visão! E Marta, bom... Voltará aos velhos tempos!

Qual será o impacto do laranja na vida deles?!

Link do Instituto Neuro Saber para quem quiser saber mais sobre o assunto:
https://institutoneurosaber.com.br/como-resolver-dificuldade-no-contato-visual-no-autismo/

Boa leitura!

- Mia Bitencourt

"Como resolver a dificuldade no contato visual no autismo?

Algumas crianças com autismo não olham quando alguém chama pelo seu nome ou lhe mostra alguma coisa. Já outras, interagem com um olhar mais breve, onde a dificuldade está na manutenção e na troca desse olhar. De qualquer forma, é muito importante desenvolver a capacidade de contato visual no autismo. - Instituto NeuroSaber."

Cada dia que passava era uma nova descoberta, uma nova perspectiva. Amélie amou conhecer o verde, estava amando os berloques coloridos. Um girassol amarelo, uma onda azul, uma rosa vermelha, um coração roxo e um pássaro verde. Eram vários! Ganharia mais.

O próximo berloque seria especial, a cor também seria especial: Laranja! Era uma cor alegre como o amarelo, uma cor... Criativa! E essa criatividade viria à tona durante a viagem para a praia.

Aprendeu sobre o verde de uma forma tão bonita, o verde a fez tentar manter contato visual com a mamãe, ela estava se esforçando e a mãe estava a ajudando nisso.

Às malas prontas, a casa uma verdadeira bagunça! Passariam três dias, mais do que isso geraria briga levando em consideração que os Medeiros e os Mendonça e Albuquerque eram instáveis. A pessoa mais certa daquela família tinha seis anos e uma sinceridade exagerada.

- Já sabe como vai funcionar? - Indagou Marta.

- Nós vamos entrar no carro, chegar no aeroporto. - A mente fazia o trajeto. - Entrar no avião, ficar muito tempo lá, depois descer, ir pro carro, chegar na casa.

- Perfeito! - Comemorou. - E tudo bem pra você? - Perguntou.

- Sim. - Disse a menina.

- Dessa vez, não vamos tão tarde, vai ser durante a noite, lá pelas dez horas, ok? - Amélie assentiu.

Marta precisava dar todos os detalhes, não poderia esquecer um sequer. Amélie precisava desse preparo, precisava se acostumar com tudo. Qualquer descuido faria tudo ir por água abaixo.

Ver sua menina feliz era uma dádiva. Amélie sempre foi quietinha, fechada, sensível ao extremo. Era difícil falar com ela as vezes, tinham que a manipular como um cristal. Após as terapias, as consultas e a aproximação dos pais tudo melhorou. Ela verbalizava melhor, estava mais carinhosa, mais receptiva. Usava roupas mais coloridas, brincava com os tons.

- Vamos? - Marta indagou e Amélie assentiu.

Desceram as escadas, o restante da família estava reunido na sala.

Marta já tinha pedido que durante o voo todos permanecessem em silêncio, evitassem ao máximo fazer barulhos extremos, Amélie, mesmo sabendo sobre o passo à passo da viagem, estava ansiosa e sua audição estava sensível.

Dividiram-se nos carros e partiram para o aeroporto.

- Onde estamos agora, Amélie? - Indagou Marta.

- No carro! - Respondeu enquanto olhava pela janela. Os pés batiam um no outro, ela estava agitada.

ColorsWhere stories live. Discover now