II - O Retorno dos que não foram!

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A vingança é uma estrada de mão dupla...”

“... Tenha muito cuidado com o que vem da outra direção!”

Subconsciente, September, 18, tempo indeterminado

Jully Preston...

Eu sempre soube que ela voltaria, não pela sua última frase no leito de morte, mais sim pela sua persistência e cede de vingança. E eu também sabia, que quando retornasse, eu e a minha família seria o primeiro alvo.

Espero que só eu sinta a sua força, meu bebê não merece passar por tantas atrocidades e muito menos o meu marido, ele já passou por tanta coisa nesses últimos anos, perder a mim ou nosso filho – outra vez–, seria a gota d'água. E eu bem sei as loucuras que ele poderia fazer para me recuperar.

Também sei que ele dará um jeito de me socorrer daqui. Mas sem os relógios e sem a Aster, fica impossível chegar no vazio do meu subconsciente.

Só que a minha maior preocupação agora, não é a minha proteção e nem a dele. Tenho medo do que ela possa fazer com a Aurora, ela é uma forasteira e suas investigações e seu posto não é o suficiente para sobreviver aqui. Ela não viveu O Festival em Village Of Black Blood, então ela não sabe a capacidade do poder e loucura da Artivia.

– Que bom que voltou a si, Jully! - falou Artivia entrando na sala vazia da minha mente com o seu salto finíssimo que sempre me irrita - Ainda espero uma resposta.

– Resposta? - ri de nervoso - Resposta sobre o quê?

– “Você sentiu a minha falta, Jully?” - repetiu sua pergunta com mais força na voz

– Por que eu sentiria falta da pessoa que destruiu a minha vida? - falei firme olhando diretamente nos seus olhos - Você matou a minha irmã e o meu sogro.

– Eu lhe fiz um favor, Jully! - riu - Aquela garota era uma maçã podre e você sabe o que fazemos com coisas que não prestam. - se apromixou de mim, mantendo nosso olhar mais próximo - Apenas jogamos fora, em uma grande caçamba! - sorriu sombriamente para mim

– Foda-se! - elevei a voz - Ela era a minha irmã, ela ia mudar e você não tinha o direito de matar ela. - meu corpo estava tremendo de raiva, ela continuou com o sorriso

– Você acha mesmo que eu teria piedade daquela imunda? - riu de forma maldosa, colocando uma mão nos lábios para se conter - Eu matei a minha irmã, você acha mesmo que existe piedade em mim?

Ao citar a Mortivia, a raiva que estava em meu corpo se instalou em meu coração, fazendo eu ter uma pequena queda de pressão e por muito pouco não cai de barriga no chão.

É horrível lembrar da tortura que ela fez com a própria irmã na minha frente, mas é muito pior o que o Jack de 8 anos presenciou. Até hoje ele acorda assustado ao lembrar daquele estrupo, que lhe custou a falta de memórias por dez anos.

– Ei, cuidado! - falou ao me ver cair no chão - Já se passaram seis anos e você ainda se abala com isso? - riu e se abaixou para ficar perto de mim - Isso é prova da sua fraqueza!

– Isso é prova da minha bondade e empatia! - levantei o olhar - Posso ter conhecido a Mortivia apenas por algumas horas, mas digo que ela sempre será maior que você. - ela me deu um tapa no rosto

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⏰ Última atualização: Dec 22, 2021 ⏰

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