- Três; Perfect Strangers or Not? -

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Marinette piscou os olhos voltando para a realidade. Aquilo era ridículo. Não dava para ser real a boba historinha de seu pedido de Natal. Riu pelo pensamento. Adrien lhe olhou com estranheza tentando entender o porquê Marinette estava agindo tão fora de si. Ele não poderia culpá-la. Afinal, ela tinha acabado de pintar um alvo nas costas só para protegê-lo.

- Tá tudo bem, Marinette? - a expressão dele aliviou se tornando compreensiva e gentil.

A mestiça pode sentir que iria derreter como sorvete, quando ele tocou seu braço perguntando se ela estava bem com a feição tão carinhosa. Ele percebeu o quanto ela corou pelo contato repentino. A achou uma graça pelo jeito tímido. Retirou o mão, percebeu que poderia estar sendo invasivo demais com alguém que normalmente não trocava mais do que cinco palavras.

- Eu estou bem, sim. É só que...bom, muita coisa pra absorver sabe. - ela colocou alguns fios de cabelo atrás da orelha.

- Desculpa por isso, Marin. - ele reparou o possível erro. Não tinha intimidade suficiente para chamá-la pelo apelido. - Quero dizer, Marinette. - ela soltou uma risadinha pela maneira envergonhada que ele adotou. - Eu não vou deixar a Lila aprontar com você ou fazer qualquer coisa ruim. É uma promessa. Você tá nessa por minha causa e eu vou fazer de tudo pra te proteger. - disse completamente sério como se estivesse determinado a qualquer coisa.

Sem perceber o coração falhou no peito, descompassado. Marinette lutou para que suas pernas não vacilassem. Mas que raios estava acontecendo com ela?

- Adrien, você realmente não precisa se preocupar com isso. Lidar com a Lila vai ser difícil, eu sei, todo mundo sabe, mas não vai ser impossível. Não precisa se culpar, ok?! Eu só fiz o que era certo.

- Você se colocou no fogo cruzado que há entre mim e Lila há um ano só pra me defender e você não tinha nada a ganhar com isso, só a perder. Mas você fez sem nem se importar. Não é o tipo de coisa que todo mundo faz.

- Mas é o que eu fiz e eu preciso lidar com isso. Eu já falei, você não precisa se culpar, Adrien. - ele não tinha noção do quão teimosa e tinhosa Marinette poderia ser.

- Vamos dizer que eu não tô me culpando por isso, ok?! Mas olha, você me salvou de ser expulso da escola, não acha que eu seria um babaca se nem te agradecesse ou pelo menos nem te pagasse um chocolate quente na cafeteria nova que abriu a dois quarteirões daqui? - ele sorriu ladino. A garota reconheceu os característicos olhos verdes divertidos de volta ao seu lugar.

E ela se surpreendeu. Sério que Adrien Agreste a estava cantando no meio do corredor da escola depois de tudo o que acabou de acontecer?! Não que achasse ruim, porque definitivamente, ela não achava. Só era inesperado.

- Tá me chamando pra sair?

- Tô tentando te agradecer e chocolate quente sempre funciona como agradecimento. - o sorriso bobo que tomou conta da feição dele deixou Marinette sem jeito. Ele parecia um menininho de tão fofo. - Vamos, vai ser legal e eu não vou aceitar um não como resposta é quase Natal.

- Tudo bem, eu aceito o chocolate quente, contanto que você pare de falar sobre me agradecer depois disso. Certo?

-Certo!

Eles sorriram um para o outro. Os olhos brilhantes dos dois cintilarem por algo desconhecido que estava nascendo entre eles naquele momento. Continuaram caminhando lado a lado até a sala de aula em um silêncio confortável.

Os alunos os receberam apreensivos por respostas, das quais eles responderam. A comemoração pela permanência de Adrien na escola, durou a aula inteira. Srta Bustier não se importou, o dia havia sido cheio demais. Eles mereciam aquilo.

E Marinette sentou-se em seu característico lugar na classe logo atrás de Adrien, cutucando seu ombro para chamar sua atenção. O loiro a olhou curioso antes dela poder dizer as seguintes palavras, tão simplórias, mas com tanto valor para ele que o fizeram corar.

- Adrien, você pode me chamar de Marin se quiser, eu não me importo. Eu até achei bonitinho. - ela sorriu graciosa.

Se a garota de lindos olhos azuis já balançava o seu coração antes, foi naquele momento em que viu que dali em diante estaria completamente perdido no assunto Marinette Dupain-Cheng.

Ou talvez, seu presente de Natal tivesse chegado um pouco mais cedo naquele ano.

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Santa Tell Me Where stories live. Discover now