033

1.5K 109 9
                                    

Any Gabrielly

Depois que compramos as roupas do casamento fizemos uma chamada de vídeo com Jonah, ele nos informou o dia e a hora e riu da empolgação da sua mãe, pois contou antes da hora.

Liguei para meu chefe e por incrível que pareça, ele me deu as minhas férias remuneradas que tanto pedi mas era sempre a única funcionaria disponível em emergências. Sabina pirou ao saber que ficarei mais tempo sem trabalhar, ela me pergunta todos os dias sobre o que aconteceu quando Josh viajou até a Geórgia mas não digou nada pois não quero aumentar suas expectativas.

– Meninos, não sei se ficarão felizes ou tristes com a notícia mas como o casamento do seu irmão é em um mês preciso voltar antes por isso consegui antecipar minha consulta e voltarei depois de amanhã.

– Eu queria que você ficasse mais. – Digo fazendo bico.

– Eu sei minha querida mas eu preciso voltar. Como todos daquela família, não sabem fazer nada sem mim ou quando fazem, fica mais ou menos e estamos falando de um casamento não é.

– Tem razão. Nos veremos no dia do casamento.

– E você estará linda com aquele vestido.

– Assim espero. – Nós duas rimos.

– Você sabe que iremos na consulta com você não sabe? – Questiona Josh para sua mãe que revira os olhos me fazendo rir.

– Já que não tenho opção não é, irei adorar a companhia de vocês dois.

– E nós iremos adorar ir com você. Nos preocupamos com você Ursula, queremos o seu bem.

– Eu sei minha querida. – Ela acaricia minha bochecha. – E é por isso que amo vocês, você é como uma filha para mim, Sofya disse que considera você a irmã que ela nunca teve.

– Eu também considero aquela baixinha como minha irmã.

– Bom, chega de melação e choro, vamos fazer algo. Sei lá, olhar um filme, jogar Truco ou até sair e beber algo. – Josh sugeri.

– O quê acha Ursula? Vamos dançar um pouco?

– Eu aceito com uma condição. Que iremos voltar cedo, minha consulta é as oito, preciso estar quarenta minutos antes.

– Anotado! – Digo a fazendo rir.

– Bom, se não tem problema, vamos nos arrumar. – Diz alegre.

Assim que ficamos prontos, saímos em busca de algum lugar divertido e interessante. Não lugares onde Josh me arrasta mas sim lugares onde Ursula ia quando mais jovem.

– Uma discoteca? – Assinto. – Faz anos que não entro em uma.

– Pois hoje entrará e irá se divertir. Vem. – Pego em sua mão e entramos juntas.

Vi que Josh já se sentou em uma das mesas então deixei meu celular com ele e a chave de sua casa que geralmente fica comigo quando saímos.

Levo Ursula até a pista de dança e começamos a dançar. Ela tentou me ensinar passos de dança da sua juventude mas eu não peguei muito bem mas isso nos gerou boas gargalhadas. Dançamos juntas diversas músicas até ela balançar sua mão de um lado para o outro em baixo do seu queixo, sinalizando que para ela já havia chegado ao cansaço.

Voltamos onde Josh está e me sento ao seu lado já que é o único espaço vazio na mesa. Ele envolve seus braços em volta da minha cintura e beija o topo da minha cabeça e meu coração se acelera. Quando vejo que uma garota olhava para ele, minhas expectativas foram frustradas e não sei o motivo de ter ficado assim.

Talvez eu tivesse me iludindo, achando que isso poderia ser real. Sem saber o que fazer me levanto, indo até o bar e pedindo um drink. Batucando os dedos no vidro temperado do local ao ritmo da música espero que minha bebida fique pronta.

– E aí gatinha, tá sozinha? – E lá vamos nós.

– Ela não está sozinha. – Josh surge atrás de mim, circulando minha cintura com um de seus braços. – Esse cara está importunando você amor? – Josh deposita um beijo leve em meus lábios.

– Não, está tudo bem, não é? – Questiono olhando para o cara que encara Josh, sei que faz aquela cara brava onde força sua madibula, que fica aparente e seus olhos penetrantes que dão medo em qualquer um.

– Claro, claro. Com licença. – O cara pega sua bebida e sai, sumindo na multidão.

– Valeu.

– O quê? – Questiona ainda olhando para a direção que o cara foi.

– Obrigada. – Digo mais alto ao pegar minha bebida que está em cima do balcão de vidro.

-–Temos um acordo não? – Ele parece tentar engolir o que disse como se aquilo o machucasse.

– Claro, não estava com meu celular para pedir socorro. – Explico.

– Vem, vamos voltar com a minha mãe.

Josh enlaça nossas mãos e andamos pela multidão. Eu realmente não sei o que deu em Josh mas agradeço pois sabia onde aquilo ia dar, ou eu batendo na cara daquele cara ou coisa pior.

– Onde estavam? – Ursula questiona bebendo sua bebida com 4% de álcool que contém um canudo de metal e um guarda-chuva de enfeite.

– Fui pegar uma bebida. – Digo simples.

– Gostei desse lugar.

– Sabia que iria gostar... é mais sua praia do que aquelas baladas onde não consegui distinguir o ritmo da música.

– Tem razão e aquele lugar não é para mim. Já passou a idade de frequentar esses locais.

– Você escolhe se quer ir, não sua idade mãe. – Josh diz, nos pegando de surpresa. Nós duas nos olhamos e ficamos surpresas com essas palavras.

– Tem razão meu filho, tem razão.

– Quer mais um drink Ursula?

– Não, obrigada querida. Estou bem com esse e acho que estraplolei. – Ela tem uma expressão triste em seu olhar.

– O quê houve?

– Estava pensando em Ron, faz anos que não se diverti. A empresa virou sua segunda casa, nem conversamos mais como antes, como dizem: O começo do casamento é um mar de rosas mas depois, depois ambos parecem dois estranhos dormindo na mesma cama e isso faz sentido. Não ouço um boa-noite ou um bom-dia a meses.

– Não fique assim mãe, meu pai é assim mas se vocês sentarem e conversarem, ele irá ouvir e irá ficar mais em casa com a família.

– Tem razão, quando voltar irei conversar com ele mas agora, eu quero curtir. – Diz nos fazendo rir por usar uma gíria jovem.

– Ok, você quem sabe. Vem, vamos dançar. – Josh se levanta nos pegando de surpresa.

– Você? Dançar com sua velha mãe? Any está fazendo milagres ultimamente. – Zomba.

– Vai lá e dance com seu filho sua boba.

Ursula se levanta e caminha com Josh até a pista, no começo é engraçado pois Ursula precisa ensinar Josh a dançar, mas quando pega o ritmo a dança flui fazendo sorrisos surgerem em seus rostos me deixando feliz. Eu faria de tudo para que essa relação entre mãe e filho não acabe, ela é tão preciosa assim como a minha é com minha mãe. Me pego sorrindo vendo os dois dançarem alegremente.

– Vem Any! – Ursula me chama e caminho até ambos, dançando com os mesmos e rindo até não poder mais.

Não esqueçam da "⭐" pois ajuda demais e comentem, os comentários me motivam a continuar.💕

Destiny [ Short fic ]Onde histórias criam vida. Descubra agora