Parapente

1.2K 148 316
                                    

Olha só quem apareceu com One Shot nova pra vocÊs curtirem enquanto eu não posto CoT! \o/ E devo dizer que essa daqui tá bem levinha, diferente das coisas que eu escrevo, então tomara que vocês gostem. É sobre uma trilha que tem na cidade aqui ao lado da minha, Nova Iguaçu, uhul Nova Iguaçu isso mesmo! 

JÁ AVISO IMPORTANTE!!!! Essa fic(one) fala sobre contexto religioso e agnóstico, se você não quer ser abalado sobre isso não prossiga!

As músicas do capítulo são: 

-> Parachute - Seafret

-> Dare You To Move - Switchfoot

Boa leitura, vejo vocês no final \o/

-------------------------------------

Aquela caminhada mal havia começado e seu corpo bronzeado latino já brilhava com o suor, que escorria lentamente sobre a testa, suor o qual rapidamente limpou com uma toalhinha levada para aquela finalidade. Seu cabelo castanho comprido preso em um coque deixava apenas alguns fios soltos perto da orelha, dando-lhe um charme desnecessário para o evento.

Poucas vezes tinha chance de sair, seus pais não eram do tipo liberais, mas se tratando de um passeio do grupo da igreja seria permitido de bom grado. Seguiram as placas que se estendiam ao longo da trilha por duas horas e meia regados a muita conversa e "bagunça santa", como chamavam.

Um pouco de sol e ar puro estavam fazendo-a bem, já que na maioria das vezes Camila Cabello sentia-se presa, sufocada e, atribuía muito disso a seus pais. E não era para menos, seu pai era o pastor da igreja que frequentava assiduamente desde que nascera e sua mãe geria o lugar juntamente a ele, de forma que cada passo seu era friamente calculado para dar o exemplo a todos. Nasceu e cresceu em meio às bênçãos do Senhor, era a menininha guiada para os planos Dele.

Chegando quase ao topo, já avistava a famosa rampa da Serra do Vulcão de Nova Iguaçu na Baixada Fluminense, mas já ficava encantada com a visão, era esplendorosa. Valia a pena todo o esforço e sacrifício pela trilha de terra.

Finalmente havia chegado na grande rampa que havia na parte mais alta, na qual as pessoas sentavam e apreciavam a paisagem ou partiam em voos livres.

Sua animação interna era tão grande em poder conhecer tudo aquilo que mal via por onde andava quando esbarrou em algo e quase caiu no chão, se não fosse por um braço ágil segurá-la no mesmo momento.

— Cuidado! — disse a desconhecida, segurando seu braço um pouco mais forte mas não ao ponto de machucar. — Você está bem?

— Desculpe, eu sou muito desastrada. — disse Camila, naquele momento encontrando os olhos verdes como a mata que tentavam se certificar de que estava tudo bem.

— Não tem problema, já fui atropelada pelo triciclo do meu irmãozinho hoje, não foi nada em comparação.

E ela sorriu. Colocou à mostra seus dentes perfeitos branquinhos e alinhados, com os dois da frente mais sobressalentes, que a davam um charme à parte. Naquele instante, Camila não soube dizer se foi pelo que havia falado ou o porquê, mas sorriu junto, notando o quão belo era o detalhe do conjunto sorriso mais olhar. Seus cabelos eram longos e negros como a noite e sua pele branca como o leite contrastava de uma forma única. Via-se uma garota extremamente bonita.

— E eu que estava no caminho, me perdoe, precisava sentir o vento pra voar.

— Pra voar? — A latina franziu o cenho sem entender.

Paraglider (OneShot)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora