– A arte de seduzir é como uma flor, você tem que ter paciência para obter resultados e por fim ter uma linda flor em seu jardim. Uma flor que se for bem cuidada, renderá muito prazer ao seu dono – Ele estava falando sobre mim – Você é a coisinha mais inocente que já vi na vida, fiz um pequeno jogo com você, te seduzir com mínimas ações, você ficou fascinada pelo meu corpo, que nem percebeu estar ofegante por ele.

– Você está delirando, eu não fiz isso! – Eu queria acreditar na minha própria mentira.

– Não florzinha? Tem certeza? – Balancei a cabeça confirmado – Querida eu posso ser tudo, um carrasco, um homem desprezível, mas sei seduzir uma mulher.

– Você não me seduziu, uma ação tão mínima não seria o bastante.

– Minha florzinha, eu não fiz quase nada, você deixou-se seduzir sozinha, ficou fascinada pelo corpo do seu homem. – Ele me olhava como uma águia, prestando atenção em todas as minhas ações, esperando que eu entregasse a verdade.

– Não me deixei nada! Para de dizer isso – Esbravejei irritada.

– Ok, por ora irei te deixar em paz! – Ele desencostou da parede indo em direção da porta em passos lentos – Sugiro que vista uma blusa de malha é confortável e fácil de tirar! – Ele saiu do closet com seu sorrisinho cínico.

Desbravado!

Respirei fundo analisando as duas opções que eu tinha, a primeira era me vestir com roupas de Aleksander e ceder ao seu joguinho, já a segunda era ficar nua deixando o caminho livre para ele e também ceder ao seu joguinho. Escolhi a primeira claramente, já que terei que ficar no mesmo ambiente que ele, cedendo aos seus jogos. Está vestida me traz uma sensação de conforto e segurança, também penso que Aleksander não ficará encarando meu corpo como um animal faminto prestes a me destroçar.

Sem prestar muita atenção, peguei uma camiseta de manga curta preta, o cheiro inebriante de Aleksander entrou por minhas narinas assim que vesti a camiseta, era delicioso senti-lo, mas tão vergonhoso, ainda mais em minha situação. O traste me viciou em seu cheiro, a quentura entre minhas pernas aumentava enquanto seu cheiro impregnava em meu corpo, era uma droga que não faço uso por contra própria, mas estou ficando viciada.

– Droga! – Sussurrei baixinho dando-me conta que eu não estava me viciando no cheiro de Aleksander, eu já estava viciada, com ele marcado em minha alma, impossível de esquecê-lo um dia.

Bufando de raiva daquele desbravado revirei suas gavetas em busca de uma cueca nova, achei algumas em saquinhos de plástico separadas por cor, olhando ligeiramente peguei uma cueca vermelha que penso não ficar tão folgada em meu corpo. A vesti ajustando o pano em meu corpo para não ficar tão estranho e folgado, até que não ficou tão ruim, era melhor que ficar nua.

Arrumei meus cabelos ligeiramente com os dedos antes de sair, no banheiro eu já lavara eles, estavam macios e cheirosos, fisicamente eu estava limpa, mas ainda sim, eu me sentia suja, uma pessoa horrível, da pior laia, eu me sentia um  lixo. Eu estava em uma confusão interna terrível, eu não entendia como meu corpo ficava quente com a aproximação carinhosa de Aleksander, isso não era correto e estava me matando por dentro.

Respirei fundo me acalmando um pouco, sem escapatória saí do closet, não tenho opção de escolher o que eu quero, tenho a impressão que já passei tempo demais aqui dentro e se eu ficasse mais tempo ele viria atrás de mim. Saindo do closet com uma certa insegurança, procurei Aleksander pelo quarto, mas não o encontrei, não tive tempo para me perguntar onde ele estava que fui surpreendida com tapa forte em minhas nádegas, minha pele ardeu com a força que ele usou.

– Gostosa! – Aleksander me abraçou por trás juntando nossos corpos – Você ficou linda com minhas roupas – Ele afundou o rosto no vão do meu pescoço sentindo meu cheiro.

Senhor LancasterOnde as histórias ganham vida. Descobre agora