Corte De Mundos Opostos

Capítulo 45

Ela desviou o olhar.

— Ele veio conversar. -ela disse.

— É sério que deixou esse macho entrar aqui dentro?? -questionei incrédula.

— Ele só queria concersar comigo, Celeste, ele não é tudo o que você me disse, é um macho bom. -ela falou.

— Puta que pariu, velho, ele planejou matar a irmã e a mãe do Rhysand! -exclamei.

— Ele me explicou, disse que estava sobre influência do pai. -ele disse.

— Influência é a porra do pau dele, aquilo é uma cria dos demônios do caldeirão abaixo, Feyre, não entra no lero dele, não vá nessas conversas. -falei.

— Você conversa com o seu ex marido. -ela cruzou os braços.

— Quando necessário, eu tenho filhos com ele! Evito conversar e falo apenas o que se precisa. -falei a encarando.

— Então eu posso falar com Tamlin. -ela disse.

— Está querendo ser pega por ele e trancafiada na primaveril? -a encarei séria.

— Ele não é mal, não é ruim, é uma pessoa boa e atenciosa. -falou.

Eu a encarei, não demonstrei nada em minhas feições.

— Se estivesse aqui, teria visto como ele foi atencioso, ele não quer o meu mal. -ela disse.

— Não troco os meus filhos, não troco o meu tempo com eles  para ver a porra desse macho mentindo na cara dura, e você de trouxa caindo. -cruzei os braços.

Ela cruzou os dela.

— Está sendo dramática. —ela disse— combinamos de nos ver, manter a amizade. Você está fazendo drama.

Eu a encarei pasma.

— Ache o que quiser, quando ele de prender, Feyre, quando ele te prender naquela porcaria de mansão a força, eu não moverei um dedo para te tirar de lá, para aprender a dar atenção a aviso. -falei apontando para ela.

Que mentira, que mentira, que mentira.

— Como? -os olhos dela estavam marejados.

Eu virei o rosto e fui para a sala, sentando no sofá, bagunçando meus cabelos em frustração.

— Ele vai te destruir. -falei.

— Ele é bom, ele...

— Mas do que a mim? Feyre, vamos lá, me diga. -a encarei com intensidade.

A fêmea se calou, me encarando.

— Eu te avisei, não chore quando vir que eu tinha razão, seja madura, porque eu também tuve sua inocência e me quebrei mais que o próprio vidro. -falei.

— Celeste, você está tensa, vamos acalmar isso. -ela sentou em meu colo, beijando o meu pescoço.

— Feyre, desce. -falei irritada.

— Não. -ela disse birrenta.

— Se tu não desce, eu te jogo nesse sofá. -rosnei.

Ela desceu de meu colo.

— Tudo por culpa de algo que você acha sobre Tamlin, Celeste, ele não tem nada haver com isso. -ela disse.

Eu me ergui, pondo minha jaqueta de couro.

— Onde vai?? -questionou levantando.

— Embora. -falei caminhando até a porta.

— Não vai dor..