25- O Sexo dos anjos

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(...)

Desci de mãos dadas com Inês até a sala, onde meus sogros já nos esperavam. Cecília estava sentada ao lado de Camila e tinha uma expressão preocupada. Alejandro estava de pé, os braços cruzados sobre o peito, uma expressão indecifrável no rosto bonito.

—Bom dia —Falei alegremente tentando amenizar o clima que ameaçava ficar pesado.

—Bom dia, querida —Cecília se levantou e veio me abraçar  —Nossa...mas já da pra perceber o volume e você está cada dia mais linda.

— Obrigada! — Depois olhei para o meu sogro—Como vai, Ale?

—Poderia estar melhor, não é, Marcia? —Mas depois sua expressão suavizou-se ao perguntar pelos bebês.

Inês abraçava a mãe que apalpava todo seu corpo como se quisesse confirmar se ela estava realmente bem.

—Que idéia maluca foi essa, minha filha? Como pode sair do hospital contrariando as ordens do Carlos ? Arriscando sua saúde e quase me matando de susto?

—Eu estou bem, mãe. Não há motivos para se preocupar comigo.

—Está bem? E desde quando é formada em medicina?

—Mãe...eu precisava ver Marcy ou iria enlouquecer —Surpresa para todo mundo. Jamais esperei que Inês assumisse isso, assim na frente de todos.

—Ah, filha. Eu entendo você. Mesmo assim poderia...

—Poderia, mas não esperei, mãe. estou ótima —Cecília por fim, sorriu. Não iria adiantar discutir com ela.

Depois os dois poderosos se encararam. Fiquei com medo. Os dois eram turrões e atrevidos, mas como sempre, essa família me surpreendia. Alejandro abriu os braços e sorriu.

—Essa é minha filha -Como assim? —Alejandro estava feliz por Inês ter praticamente fugido do hospital sem saber se realmente tinha condições? Meu Deus... era tão louco quanto a filha.

—Seja bem vinda de volta. Sabia que ficaria tudo bem. Você é dura na queda.

—Obrigado, pai. Tenho muita coisa pra resolver por aqui. Não podia morrer agora- Os dois riram alto.

—E essa minha nora, heim? Andou descendo o braço por ai...—Inês puxou-me até eles, o braço sobre meu ombro.

—Colocou muita coisa em seu devido lugar. Embora tenha feito loucura, visto o estado em que se encontra.

—Tem uma mulher forte ao seu lado, Inês. Era disso que precisava. Ao mesmo tempo em que é forte, é meiga e doce. São pontos de equilíbrio. A doçura dela contra sua cavalice riram alto novamente.—Não tinha como não se apaixonar por essa família.

Sentamo-nos todos. Inês é claro, puxou-me para bem perto dela. Seu lado ciumenta gritava era notável ver que estava quase colando uma plaquinha não chegue perto da minha mulher,obrigada e de nada

—Pai, é claro que já sabe sobre Camila
e Gabriela—Camila ficou vermelha. Ela não era tão topetuda com Alejandro quanto era com Inês.

—Sim... Gabriela conversou comigo. Por que? Você desaprova?

—De forma alguma. Só acho que elas devem... sei lá... se querem mesmo ficar juntas, Gabriela tem condições de começar a formar uma família.

—Mas não é muito cedo pra isso?

—Claro que não. Eu já tinha notado isso há tempos. Desde quando eu trouxe Camila para junto da nossa família — Camila abriu a boca, encarando Inês.

Poderosa Montenegro Where stories live. Discover now