sixteen - all this for a riddle

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— Faça-o. Agora mesmo — ordenou minha irmã. Ele hesitou. — Agora

Ele voltou o nariz para o lugar e Feyre desmaiou. Lucien olhou preocupado, mas logo voltou a curá-la – não totalmente, alguém poderia perceber que haviam ajudado –. Enquanto sua atenção estava focada em ajudar Feyre, e ninguém estava perto da porta, perguntei. 

— Existe água por perto? 

— Sim, mas não sei se seria seguro você usar sua magia.

— Quando chegar a última tarefa, ou respondermos o enigma, Amarantha não tardará em nos matar. Preciso ter alguma chance de proteger Feyre. — Ele havia terminado de curar Feyre e veio em minha direção. Suas mãos seguraram as minhas e seu olho começou a procurar por algum machucado. 

— Deve se proteger também, não suportaria perder você de novo. — Depois de mais uma inspeção pelo meu corpo, seus olhos encontraram os meus. — Nenhum quebrado, impressionante. Fiquei sabendo do show que deu lá em cima. Enfrentou Amarantha e matou um Attor, continue desse jeito e passarão a temer você.

— Eu ficaria linda com uma coroa, não acha? —Lucien dá um riso fraco e olha por cima do ombro, para Feyre. — Ela vai ficar bem.

— Eu sei, é só que... É difícil, ver tudo isso e não poder fazer nada. 

— Acabou de curá-la, diria que fez muita coisa.

— Talvez. Agora, esgueirando-se pelas sombras e escondendo-se nelas? Faça isso quando as coisas ficarem feias e poderá esfaquear a ruiva lá de cima pela costas. 

«——————⁜—⁜——————»

Depois do que foram horas sentada no chão da sela, velando o sono de Feyre, dois feéricos de pele vermelha apareceram e começaram a nos arrastar até o salão do trono. Já havia decorado aqueles caminhos, quando sugeri que Feyre seguisse em lado e eu outro, a rota de fuga não era por ali. 

Quando chegamos no salão tentei não reparar no corpo de Clare pendurado em uma das paredes, ainda não tinha visto e a imagem era forte o suficiente para me fazer vomitar. Uma multidão de feéricos estava parado ao longo da parede mais afastada, alguns com máscara outros sem. Tentei encontrar Lene e Lucien, mas não achei nenhum dos dois. 

Fomos atiradas no chão no momento em que paramos em frente ao trono. Mesmo com todo meu corpo gritando para que ficasse parada, tentei me levantar – depois de me xingar mentalmente por ser estúpida – e ajudei Feyre a fazer o mesmo. Lembrei das palavras de Rhysand, e soube que as seguiria: não iria me ajoelhar diante de ninguém. Meus machucados provavelmente piorariam, mas a ruiva não ganharia, também. 

— Vocês parecem completamente destruídas — comentou Amarantha, e virou-se para Tamlin, que estava no trono ao lado. — Não diria que elas parem abatidas? 

O loiro não respondeu, nem mesmo esboçou alguma reação. 

— Sabe — ponderou a ruiva depois de perceber que nada sairia de Tamlin —, não consegui dormir ontem à noite, e percebi por que esta manhã. — Ela nos observou e engoliu todo o ódio quando se deu conta que não estávamos ajoelhadas. — Não sei seus nomes. Se nós três seremos amigas durante os próximos três meses, eu deveria saber o nomes de vocês... não deveria? 

— Achei que humanos eram lixo demais para você se preocupar em saber nossos nomes — alfinetei, nem mesmo contendo a vontade de insultar a ruiva, ou matá-la. Mas deixaria esse último para quando chegasse a hora. Feyre eu não falamos mais nada, apenas esperamos alguém pronunciar algo.

Corte de Amores e Segredos - Versão AntigaWhere stories live. Discover now