74 - Feliz é aquele que tem sua transgressão perdoada.

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Os olhares dirigidos a ela no momento em que rompeu porta adentro variavam, da raiva, asco, ódio, repúdio, ao respeito, afeto, carinho, e até admiração, alguns sorriram para ela e outros claramente demonstraram o quanto a odiavam.

- "Que a Tua Vontade prevaleça" - Pensou nervosa. - Boa tarde! Sei que muitos de vocês não queriam estar aqui comigo, e quero que saibam que eu compreendo e não guardo rancores.

- E você acha mesmo que eu me importo com o que você sente ou não? - Perguntou Pietro sarcástico.

- Eu sei que não se importa, mas chegará o dia em que se importará, e não se preocupe em me procurar e dizer isso, Deus saberá e é o que realmente importa. - Pietro riu às gargalhadas.

- Não se iluda querida. - Disse ele rindo ainda mais. - Principalmente com essa conversa fiada de Deus, nos afastamos muito nos últimos tempos, mas posso te dizer uma coisa, nenhum de nós aqui estamos interessados nesse negócio de Deus.

- Não fale por mim. - Disse Víctor Hugo. - Ela sentou ainda nervosa, isso seria bem mais complicado do que ela pensara.

- Nem por mim. - Retrucou Jorge.

- Você não sabe nada sobre mim. - Resmungou Leonardo.

- Pietro, se você não fosse um pavão saberia que mudamos e muito, e os poucos que estão contigo, só estão do seu lado porque são covardes demais para se virarem sozinhos, e te mandar para aquele lugar. - Retrucou Enrico com desdém.

- Os poucos que estão comigo! - Exclamou rindo. - Acho que você esqueceu como se conta meu caro Enrico!

- Eu não sou covarde. Eu perdi tudo por causa dela. - Retrucou Bernardo apontando o dedo na direção de Claudia. - Eu estava de casamento marcado.

- Não foi por minha causa que a sua noiva te deixou, foi por causa das suas mentiras. - Respondeu Claudia inquieta.

- Quem é você Enrico? Para falar de covardia? Você é o maior covarde de todos, só estamos aqui por sua causa e você nem estava presente, nos abandonou no meio da sua sujeira. - Esbravejou Adão, Enrico foi para o rumo de Adão, e Jorge interferiu.

- Chega! Basta dessa infantilidade, todos nós somos culpados pelo que aconteceu.

- Principalmente você! Que com a sua loucura fez de todos nós criminosos! - Gritou Antônio Pedro furioso.

- Aleluia! Você reconhece finalmente que estava lá e participou daquela violência? - Perguntou Leonardo sarcástico.

- Não estou admitindo nada seu idiota, vocês criaram essa situação, estávamos todos bem e em paz, vocês decidiram nos atormentar com essa história. - Retrucou passando as mãos na cabeça.

- Será mesmo Antônio Pedro, que estávamos todos bem e em paz? - Perguntou Jorge, Pietro abriu a boca, ele ergueu a mão. - Agora não Pietro. Eu tenho visto vocês agirem como se não tivéssemos feito nada de errado, como se ela realmente fosse uma louca paranoica, e quer saber? Eu também acreditava que estava bem e em paz, quando eu a vi com o Víctor Hugo e percebi o que aquilo representava para mim, eu fiquei possesso, e quando o Víctor Hugo disse que iria nos denunciar eu perdi de vez a razão e pela primeira vez eu agredi a primeira pessoa que acreditou em mim, a pessoa que fez de mim o profissional que eu sou hoje, se naquele momento vocês tivessem aparecido para mim com uma proposta para que eu a destruísse, e a qualquer um de vocês que ficassem do lado dela, provavelmente eu teria aceitado e ficado do lado de vocês, claro que a Clarissa teria me feito mudar de ideia, como ela me fez dizer a verdade no meu depoimento e ficar do lado do Víctor Hugo. O que eu quero dizer é que eu entendo vocês, e sinto muito por tudo isso. Eu devo um pedido de perdão a todos vocês e espero sinceramente que um dia todos vocês possam me perdoar, eu sou o responsável por toda essa tragedia, eu usei o vicio de vocês para que vocês me ajudassem a fazer uma coisa horrenda, não há nada que eu possa fazer para mudar isso, e eu lamento profundamente.

Deus também estava lá.Where stories live. Discover now