Menino prodígio

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- Mãe, mãe! Vem cá!- Eu gritei para ela, estava no meu quarto e precisava que viesse logo.

- Mas o que foi, Tommy?- Chegou desesperada.

- Acho que preciso de novos livros de ciências para ler, pois, sim, eu já li todos os livros que compramos!

- M-mas, os livros foram comprados há uns dois meses, filho!

Era comum que eu lesse meus livros de uma forma rápida, sempre fui o garoto prodígio da minha sala, tiro as melhores notas (exceto em educação física, eu acho). Sou apaixonado pela área de exatas, fato que minha família se surpreende, no começo, achavam que eu era um caso raro entre a humanidade, mas sempre disse para eles que deveriam me tratar como uma criança normal.

- Ah, talvez eu releia outros livros antigos, então...

- Tudo bem, quando as férias chegarem, podemos ir para a livraria para comprar outros.

Peguei meu livro sobre insetos que precisei ler no terceiro ano, e comecei a folhear e fingir que nunca tinha lido aquelas páginas. Sem contar com aqueles desenhos cheios de glitter que todo livro infantil obrigatoriamente deve ter, não consegui ler nem a metade do livro, logo fechei. Preferia conteúdos novos, e não um livrinho colorido com conteúdo que aprendi há 3 anos atrás. Foi então que me deitei na minha cama, era tarde da noite e o único barulho que eu poderia ouvir era dos grilos (odeio o barulho deles, aliás).

Fiquei alguns minutos olhando para o teto e finalmente, fui dormir.

O garoto da touca vermelhaWhere stories live. Discover now