Eles são bem ricos. constatei isso pela mansão enorme do avô dele, que ainda morava na Itália, que ele me mostrou pelo celular.
— Mas, então, por que você veio para os Estados Unidos? — Perguntei bebendo um gole do vinho. Era realmente delicioso, se eu pudesse, levava uma amostra grátis para casa.
— Meu pai recebeu uma oportunidade de emprego aqui em uma das maiores vinículas do país. Se ele continuasse com o meu avô o "império" não seria expandido. —Riu.
Ele falava com tanto orgulho que quase me emocionei com tamanho patriotismo.
— E você? Pretende trabalhar em uma vinícula? —Perguntei assim que terminei, de vez, o meu prato.
— Claro, mas com o meu avô. Assim que terminar o ensino médio, vou me mudar para lá. — Sorriu orgulhoso. Parece que ele já tinha um futuro pela frente.
— Uau! Isso é ótimo! — Sorri. — Parabéns!
— Com licença, estarei retirando os pratos para trazer a sobremesa! —O garçom apareceu.
Sobremesa? Ainda tinha sobremesa?
Não demorou muito para que dois pratos menores fossem postos a nossa frente.
— Cannolis com mascarpone, baunilha e pistache. —Ele anunciou como fez com os pratos principais.
Depois de saborear toda aquela comida e quase explodir ali mesmo, ele me convidou para andar pelo local. A noite estava estrelada e a lua refletia no lago. Não sei por quanto tempo conversamos mas, quando percebi, o restaurante já estava fechado e os garçons arrumavam as mesas.
— Seu tio já está fechando o restaurante. — Olhei para trás.
Ele olhou para o relógio em seu pulso e coçou a nuca.
— Tenho vinte minutos para te deixar em casa. — Riu. — Acho melhor corrermos.
Concordei com ele.
Nos despedimos de Tedd e voltamos para a cidade ouvindo as músicas italianas que ele fez questão que eu conhecesse. Algumas grudavam que nem chiclete. Seu carro parou em frente a minha casa faltando apenas um minuto para as onze.
— Muito obrigada pela noite de hoje. Foi ótima! — Sorri sem graça.
— Eu que agradeço por ter aceitado o meu convite... — Aproximando-se mais.
Eu sabia o que viria a seguir se eu não interrompesse imediatamente.
— É... acho melhor eu ir antes que meu pai apareça aqui fora com a faca que ele usa para cortar carne. — Brinquei.
— Verdade, não quero que ele te proíba de sair comigo na próxima. — Riu.
A fama de que italianos adoram flertar é verdade. Ele era rápido e sabia muito bem improvisar um próximo passo, pelo visto.
Ri, sem graça, mais uma vez.
— Te vejo amanhã? —Perguntou e eu assenti.
Ele pegou minha mão direita e a beijou suavemente, como sempre fazia e foi embora com um sorriso nos lábios.
Me virei para entrar em casa e vi meu pai espiando pela janela junto com a minha mãe. Assim que me viram, fecharam a persiana da sala.
Fofoqueiros.
Abri a porta e rapidamente eles fingiram estar conversando seriamente sobre o que transmitia na TV: um documentário do Animal Planet sobre girafas.
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Um Retorno Inesperado | ✓
Novela JuvenilLauren Anderson tinha quinze anos quando teve que se mudar de sua cidade natal para morar em Londres e assim, deixou seus cinco amigos de infância para trás. Dentre eles estava Daniel Campbell, que na época, a garota acreditava que seu dever nesta...
Capítulo 15
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