Capítulo 47

581 45 5
                                    

Pov Alice

Assim que eu encontrei Miguel eu pedi que ele me levasse de volta para casa em silêncio, eu precisava ficar quieta.

Ele respeitou o meu momento e fez o que eu pedi. O caminho pareceu mais longo que o normal, e eu percebi que ele fez de propósito para eu poder me recuperar até chegar em casa.

Assim que ele para o carro em frente à minha casa eu suspiro e tiro o cinto. Miguel me encara preocupado e eu sorrio fraco.

- Eu estou bem Miguel. - Disse.

- Você sabe que pode falar comigo sempre. Como você está se sentindo?- Perguntou ele.

- Eu realmente não sei. Eu não sei o que sentir e não sei o que vocês esperam que eu sinta. Toda essa expectativa e preocupação em cima de mim, mas quem vai sofrer mais vai ser ela, o meu tio e a Camilla, eles são a família dela, não eu. - Disse.

- Mas eu sei como essa história toda mexe com você, ainda mais com toda a história que envolveu você e a Lili. - Disse ele.

- Mas ela resolveu não me envolver em nada antes e me poupar, e agora que se arrependeu vem me colocar nessa situação. Eu simplesmente não posso dar o que ela quer. - Disse.

- Que seria? - Perguntou ele.

- O meu perdão, ou o meu amor. Eu não vou conseguir agir como se nada tivesse acontecido só porque ela está doente. Eu não quero o mal dela, eu realmente torço para que ela se recupere. Mas eu não posso dar o amor que ela tanto quer e precisa nesse momento. Felizmente ela tem o meu tio e a Camilla, e eu sei que eles vão ficar ao lado dela o tempo todo. - Disse.

- Eu entendo, e compreendo você. - Disse ele.

- Acho melhor entrarmos, todos estão esperando por mim. - Disse e suspirei.

- Se quiser podemos entrar pelos fundos e eu digo que você não quer falar com ninguém. - Disse ele.

- Não precisa, mas obrigada. - Disse.

- Vai ficar tudo bem. Eu te amo. - Disse ele e beijou a minha mão.

- Eu também te amo. - Disse e selei nossos lábios rapidamente.

- Vamos. - Disse ele e saímos do carro.

Fui a primeira a entrar em casa, e na sala meu pai e meu tio estavam conversando e eu estranho a presença da Camilla.

- Oi, como foi lá? - Perguntou meu pai.

- Conseguiram conversar? - Perguntou meu tio.

- Sim, ela já me contou tudo que eu precisa saber e eu já falei tudo o que eu tinha para falar para ela. - Disse.

- E você está bem? Camilla falou que você estava um pouco indisposta mais cedo. - Disse meu pai.

- Não foi nada demais, eu estou bem. Não sou eu que estou doente. - Disse.

- Alice! - Me repreendeu Miguel.

- Desculpa tio. Não falei por mal. Eu sinto muito por tudo isto. - Disse.

- Está tudo bem. Eu entendo sua reação, a Lili só queria te contar para não cometer o mesmo erro de antes. Ela não quer mais te esconder nada. - Disse ele.

- Meio tarde para isso né. Mas eu não quero discutir nada disso. Eu desejo que ela consiga se recuperar o mais rápido possível dessa doença. - Disse.

- Ela vai sim, ela é muito forte. - Disse ele e Camilla apareceu.

- Está tudo bem? - Perguntou ela.

O caipira Donde viven las historias. Descúbrelo ahora