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Capítulo 7: Train Wreck.

Louis estava bêbado. Louis estava completamente bêbado. Alguns dias haviam passado, o ômega já havia voltado a trabalhar. Ele estava muito insatisfeito com aquilo. Louis realmente não percebia o quanto detestava seu emprego até ficar um tempo longe e precisar voltar. Se tornava mais difícil e menos suportável a cada dia. Talvez a merda daqueles alfas tivessem razão sobre onde Louis trabalhava. O que ele estava fazendo naquele lugar?!

Mal tinham ômegas, eram apenas alfas e mais alfas. Alfas dando em cima de Louis. Alfas desrespeitando Louis, apenas por ele ser um ômega. Alfas sendo invasivos e irritantes. Alfas sendo bêbados de merda. Louis estava cheio dos malditos alfas. O ômega chegou à conclusão que só continuava naquele bar por causa de sua avó, suas contas, sua consideração por Jim e uma acomodação de merda. Ele se acomodou com aquilo que tinha, não esperando ou acreditando que poderia ter mais.

Louis definitivamente não conseguiria arrumar um outro emprego naquele exato momento, mas anos atrás ele seria capaz. O ômega encontrou o bar de Jim por acaso, ele gostou do alfa gentil, que teria como chefe, e o dinheiro parecia bom para o ômega naquela época, principalmente quando descobriu que poderia ganhar gorjetas, fora seu salário fixo. Para alguém de 20 anos, sem expectativa alguma e muita necessidade para conseguir um sustento, parecia uma boa oportunidade.

Louis não ficaria ali por tanto tempo. Não era o que ele planejava. Era até o ômega conseguir acumular alguma quantia. Conseguir se estabelecer por alguns meses, sem precisar trabalhar como um cachorro. Ele foi ficando, entretanto. Cada ano que passava, o ômega prometia ser o último. Nunca era. Ele se acostumou com o bar e com o trabalho que devia ser feito. Não importava mais, no entanto, o ômega não ficaria sofrendo por coisas que ele sabia que não poderia ter agora – seria tolice de sua parte.

No momento, ele estava na casa de Zayn e Liam, bebendo com os dois e dançando pela sala com uma música pop enjoativa e chiclete tocando. O ômega passou dias quieto em casa, fazendo o que precisava, pensando bastante e descansando. No sábado, Louis quis sentir algo a mais. Ele quis sentir qualquer coisa fora ansiedade e preocupação.

O ômega subiu até o apartamento de seus melhores amigos, segurando uma garrafa de tequila barata e disse que precisava se distrair. Liam o puxou para dentro com pressa, logo se animando também. Qualquer desculpa era válida, para Liam, se beber e dançar estivessem em questão.

O ômega colocou uma música na televisão, uma playlist aleatória do youtube, e pegou copos para eles virarem shots, junto com salgadinhos para não ficarem com o estômago vazio – o que foi estúpido, porque salgadinhos não enchiam barriga, então eles acabariam por passar mal de qualquer jeito.

Zayn saiu do banho alguns longos minutos depois, com uma expressão totalmente confusa no rosto. Ele havia estranhado, enquanto a água morna molhava seu corpo, a música alta e repentina que literalmente explodia pela sua casa, mas o alfa era atado a alguém como Liam, ele era acostumado com situações aleatórias e músicas no meio da noite.

Liam gostava de barulho e bagunça, Zayn preferia silêncio e organização. Por isso eles se complementavam. Liam bagunçava um pouco da disciplina de Zayn, e Zayn organizava a desordem que era Liam. Às vezes, dois extremos não davam certo. Eles davam, no entanto.

— O que vocês estão fazendo? — O alfa perguntou, vestindo apenas seu short de dormir. Uma toalha em suas mãos, ele secava o cabelo molhado.

caring only kills loveWhere stories live. Discover now