CAPÍTULO 66

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O ambiente cheirava a caos e desentendimento, Elizabeth e Kirigan estavam quase pulando no pescoço do outro enquanto meu pai e Mattheo estavam como dois cães acima de mim.

Katherine Rosier minha querida tia estava com um leve sorriso no rosto, a vadia sabia desde o início que eu iria ser uma porra de uma bomba, e ela amava eu ter a chance de me afastar de Petrova.

Katherine e Nathaniel eram as pessoas mais intensas que eu conhecia.

Meu corpo estava êxtase a sensação era que minha velha amiga Anfetamina estava em minhas veias novamente, a voz que insistia em me castigar de todos meus pecados havia se cessado, e nem um orgasmo conseguia me deixar tão relaxada como agora.

Eu apenas observava eles brigando como trasgos, Elizabeth tentando explicar a situação, Kirigan chamando a mesma de caduca e a Alice se referindo como vadia sem noção.

Katherine tentava argumentar assim como meu pai, mas em briga dos gigantes a voz era apenas dos sangues raros, eu poderia fazer voz, mas porra, não sairia nada apenas múrmuros.

No seguinte momento as vozes se calaram, e as pessoas foram se levantando provavelmente para saírem, então fiz o mesmo tentando andar a frente de meu pai, não queria uma supervisão exagerada ou perguntas do porque eu corri para um assassino, mas foi algo automático eu apenas senti que precisava dele.

O caminho até nossa casa foi em completo silêncio, assim que chegamos o lugar já estava em completa arrumação, provavelmente os meninos arrumaram.

Eu subi as escadas de maneira cuidadosa, sentindo mãos em minhas costas e o cheiro que me confortava.

Entrei em meu quarto apenas tirando meus sapatos sujos de lama e meu casaco pesado, me joguei em meus lençóis e afundei a cabeça nos travesseiros sentindo o peso do garoto ao meu lado.

Suas mãos estavam fazendo leves carícias em meu cabelo quando ele começou a falar com um leve murmuro.

- Me desculpe por fazê-la se descontrolar, eu a afastei assim que entendi o que a louca estava fazendo, e ela terá o que merece.

- Não foi culpa sua.

- É claro que foi.

- Mattheo, essa merda estava acumulada em meu corpo, uma hora ou outra explodiria, mas a vadia terá sua cota de culpa.

E eu cuidaria disso pessoalmente.

Uma coisa eu estava certa, a qualquer hora eu iria me desestabilizar e acabar fudida se não morta e assassinada por algum bruxo doente, e eu não queria perder tempo brigando com ele.

- Você está diferente, como se sente?

- Como se estivesse drogada, então normal.

- Chegamos em Petrova e não havia sinais de você, meu pai tentou chama-la pela marca.

- Espero que seja a primeira e última vez.

A última coisa que o sem nariz precisava era pensar na possibilidade de ter algum tipo de poder sobre mim, a marca foi como um contrato, sei que eles se preocuparam, mas usá-la em alguém superior a ele seria muita burrice.

Escutava algumas falas de mattheo, mas meus olhos foram se fechando aos poucos.

(...)
Acordei no dia seguinte, encontraria Francis no beco diagonal ao centro de Londres, me arrumei sem pressa enquanto o garoto ao meu lado estava adormecido.

A casa continuava em silêncio e aproveitei para sair sem precisar responder perguntas.

O beco diagonal estava cheio, e assim que comecei a caminhar pelo local todos os olhares iriam até mim, as Petrovas odiavam pisar no beco diagonal, menos eu.

THE PETROVA KRUM || HogwartsWhere stories live. Discover now