Don't Mcdreamy me!

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Hope ainda estava intrigada sobre o que Josie escondia, mas não se preocupava tanto com isso. Os seis meses haviam passado e com isso elas teriam que terminar o casamento.

Teriam? Ela iria conversar com o Dr. Mac sobre isso. Definitivamente nenhuma delas queria o fim. Mas conhecendo Ethan como Hope conhecia, ela sabia que ele faria tempestade em copo d'água.

— Como assim Andy? Você não pode quebrar o contrato! Terá que pagar uma fortuna.

— Paguei uma fortuna para casar com ela e pagarei qualquer outra fortuna para não ter que me divorciar, Ethan.

— Hope, não. Isso seria quebra de contrato e...

— Ethan, se você for falar o que eu penso que vai, cale a boca! Imagem, imagem, imagem! Estou cansada disso! Falhas são inaceitáveis para o Mcdreamy.

— Não me chame de Mcdreamy! Eu só quero fazer as coisas certas, pelo amor de Deus é pecado?

— Faça as coisas certas quando for a sua vida Dr. Mac. Quando for o seu casamento!

Ethan esfregou a testa tentando aliviar a tensão, mas foi inútil. Continuar com casamento não seria necessariamente uma quebra de contrato mesmo que aquilo fosse um. Tinha cláusulas e um prazo. E o prazo tinha acabado.

— Okay, vocês não precisam necessariamente  acabar com o casamento. Quer dizer, vocês se amam, podem casar de verdade.

— Preciso conversar com ela sobre isso então.

— E como fica a questão do dinheiro?

— Eu não sei, Ethan.

— Não conversaram sobre isso?

— Temos coisas mais interessantes para fazer, sabe? – falou rindo

— Me poupe dos detalhes!- ele disse jogando uma caneta nela

— Não seja idiota, McDreamy.

— Oh, Satan tem senso de humor mesmo, não tem? Bem que ouvi boatos pelos corredores.

— Muito engraçado.- ela disse fingindo uma risada

— Pelo menos não corro mais o risco de ser jogado pela janela.- ele disse fechando a porta antes da caneta que Hope jogou em sua direção o acertasse.

Ela riu sozinha e começou a pensar.

Pensar em tudo e em como as coisas aconteceram rápido. Mas não parecia errado para ela, nada daquilo parecia errado. Ela só queria continuar vivendo o sonho que era estar ao lado de Josie.

'Como está a mulher mais linda de Nova Orleans?'

Josie sorriu com a mensagem.

'Estou bem, amor. E você? Já conversou com o Mac?'

'Já, mas tenho que conversar com você.'

'Tudo bem, também quero conversar com você.'

'Okay, te vejo mais tarde.'

O dia estava incrivelmente cheio, e Hope agradecia por ter Maya ali. A morena a divertia muito.

— Precisamos sair para beber. Você parece estressada.

— Estou bem May, só preocupada.

— Com o que? Casamento? Casamento é uma droga mesmo! Okay Maya, filtro!- ela disse para si mesma e Hope riu

— Está tudo bem. Apenas acho que ela tem segredos demais, sabe?

— Dê tempo ao tempo. Na verdade, vocês precisam se conhecer mais. Tudo bem, vocês casaram, eu sei. Mas não é como se vocês tivessem namorado antes disso.

As palavras de Maya fizeram Hope pensar novamente sobre a relação com Josie. Ela estava certa, mas quem poderia dizer que aquilo não era certo? Ela só queria saber os motivos de Josie precisar de 500 mil reais.

— Andy! Mulher, o que você fumou?

— Eu não faço essas coisas.- falei sorrindo

— É relaxante, sabe? Garante umas boas noites de sono.

— Nunca tive problemas com insonia.- disse e ela se deu por vencida.

— Não sinto minhas pernas. Se eu levantar dessa cadeira agora vou cair.

— Nem fala, meu pé está formigando.

— Vamos parar um pouco? Sei lá, vou lá fora pegar um ar. Vem?- ela disse levantando calmamente

— Não, vá você. Vou ficar por aqui. Não suma, por favor.

Maya não a preocupava, mas ela sabia que deveria. Estava diferente de quando Hope a conheceu. Parecia sempre ansiosa agora, e com olheiras de quem não estava dormindo tão bem quanto dizia.

Hope foi até a janela e avistou Maya lá embaixo, obviamente estava fumando o que Hope esperava que fosse apenas cigarro.

— Vamos voltar ao trabalho então!

Era como se ela tivesse abastecido o tanque, estava com todo gás.

[...]

— Não vejo a hora de acabar isso e ir pra casa. Tenho umas boas garrafas de wisky me esperando. - ela disse mordendo a caneta e logo voltando a assinar os papéis.

Hope apenas ficou observando. Não estava com cabeça para cobrar nada, e nem se sentia no direito de fazer tal coisa. Apesar de se preocupar com os hábitos que a amiga estava desenvolvendo.

— Somos todos adultos, sabemos o que estamos fazendo.

— Eu não faço a menor ideia sobre o que você está falando, mas concordo.- ela disse sorrindo.

Penélope entrou na sala entregando mais algumas pilhas de papeis e ambas gemeram em frustração.

— Não quero saber de preguiça nessa sala. E eu já estou de saída, boa sorte aí.- ela disse sorrindo debochada e saindo

— Você deu algo pra ela fumar?

Elas riram. E depois fingiram um choro ao olhar o tanto de trabalho que ainda tinham pela frente.

O relógio marcava dez horas da noite quando o último papel de Hope foi assinado. E ela fez a última ligação do dia.

— Vamos! Vou sonhar com letras, pode ter certeza.

Elas entraram no elevador e se dirigiram até a garagem.

— Até amanhã, May. Se cuide!

— Até amanhã, Andy. Você também.

A morena entrou no carro e Hope esperou ela arrancar com o mesmo, entrou no carro e foi embora. Se sentia exausta.

O caminho foi percorrido com rapidez, não tinham muitos carros na rua aquela noite, ela particularmente não gostava tanto da calmaria. Sabia o que viria logo depois. Isso a fazia pensar na calmaria que estava sua vida agora.

O que viria depois? ...

Amor por Contrato - Hosie Onde as histórias ganham vida. Descobre agora