Capítulo 39

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— Você tá pedindo pra deixar a Manu ir na sua casa e dormir lá hoje?
Minha mãe dizia quase berrando e cerrando os olhos. Tinha certeza de que ela não ia deixar.

— Acho que tá na hora daquilo.

A mãe do Léo disse aquilo e a gente ficou mais confuso do que sempre.
— Vamos no meu carro, os dois - Minha mãe disse — Me segue.

E a mãe do Léo foi no dela, pra seguir a minha mãe.
Subimos os dois no carro da minha mãe, eu na frente e o Léo atrás.
— Onde vamos?
— Farmácia.

Eu não sabia onde enfiar minha cara.
Tudo bem, a gente provavelmente teria nossa primeira noite juntos hoje mas eu não queria comprar justo aquilo com a minha mãe e a mãe dele.
Paramos em frente e ela ordenou que a gente saísse do carro e comprasse, que elas duas ficariam esperando e que depois eu podia ir com ele tranquilamente.

— Desculpa - Falei quase sussurrando assim que passamos pela porta da farmácia — Minha mãe surtou.
— Pelo visto a minha também.
Nós começamos a rir e a situação ficou muito menos pesada do que eu imaginava.
Achamos facinho o corredor das camisinhas e eu comecei a ter um ataque de risos enquanto ele olhava cada uma delas.
— Léo, pega essa logo.
— Manu... Essa é tamanho P.
Me assustei e parei de rir naquele mesmo momento. Eu tava insinuando que era pequeno, meu Deus. Onde eu enfio minha cabeça agora?
Ele acabou pegando uma M mesmo, que era normal. Eu devia estar tão vermelha que até a caixa ficava rindo discretamente da minha cara, fingindo rir pra caixa registradora.

Saímos da farmácia e fomos perto do carro da mãe do Léo, onde a minha mãe também estava.

— Vocês pagam a gente - Falo séria - Que mico!

— Mico seria vocês dois transarem hoje a noite e não ter camisinha. Não quero você grávida, justo agora que vai... Bom, se cuida!
Minha mãe saiu rapidinho dali depois que percebeu que tinha relembrado a gente, e principalmente o Léo, do intercâmbio que eu tinha ganhado.
— Vocês querem pastel? Eu posso comprar de almoço na feira.
— Pode ser, mãe - Léo disse enquanto subia na frente do carro — A Manu gosta de queijo.
Eu sorri pra ele pelo vidro retrovisor e ele lançou um beijo no ar, me fazendo rir de novo. Como eu poderia abandonar ele aqui? Eu não era nada sem o Leonardo.

Destino - LeozinOnde histórias criam vida. Descubra agora