Seis anos se passaram.
Alexandra não consegue se livrar do luto de perder Ariel, e isso se torna um martiro para ela.
Sua sede de vingança extrapola todos os limites, ferindo a Lucas .
Lucas amava Alexandra com todas as suas forças, passou os últ...
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Alexandra....
Eu observava, Ariel olhando fixamente Lia brincar com sua boneca. Minha irmã tinha um olhar indiferente e distante. Eu ficava pensando como ela poderia ser tão indiferente a sobrinha dela. Antes de tudo acontecer, ela e Sara brincavam como duas crianças da mesma idade. Ariel amava crianças, mas agora parece que ela não sente nada por Lia.
As palavras que a Wolf falou não paravam de ecoar na minha cabeça:
Lucas, eu atendo mulheres vítimas de diversos de abusos todos os dias. Ela está saudável e bem. Não me parece vitima de nenhum abuso.
Por mas que não quisesse admitir, algo na minha cabeça gritava por investigar, todavia eu também estava tão feliz por ter ela de volta que não conseguia pensar em nada. Eu também não queria acreditar que minha irmã faria algo de ruim comigo.
A mão grande e magra pousou no meu ombro. Arnold deu um beijo na minha cabeça.
-O que está pensando? - perguntou se sentado ao meu lado no banco da praça.
-De como minha irmã está diferente.
-Eu sempre fui um menino alegre e comunicativo, mas quando eu tinha seis anos, eu cometi um erro de inglês em um trabalho. A professora expos meu erro para sala toda e com isso fui vitima de bullying por todo ano letivo. Depois disso me tornei tímido e retraído. O que quero dizer com isso? Existem coisas que acontecem que mudam a gente de maneira radical e definitiva. Ariel que conheceu não é a mesma. Quando tudo aconteceu, ela era uma menina e agora se tornou uma mulher, que deve ter passado por coisa que nem imaginamos. Porque em vez de ficar procurando por aquela Ariel, não tenta entender e conhecer a nova Ariel?
Deitei no seu peito, me aconchegando no seu calor.
-Onde saiu homem maduro?
-Eu estava aqui o tempo todo, mas você só me via como um pau para sentar.
-E continuou vendo.
Ele massageou o peito e disse:
-Essa doeu.
-Bobo.
***
Eu peguei o telefone fixo da nossa casa para realizar uma ligação. Infelizmente Lucas já estava na linha com Lisa:
-Eu não posso expulsar a minha filha da casa dela.
-Mas precisava trazer a mãe dela também?
-Elas são minha família e sempre serão prioridade na minha vida!
-E comigo não se importa?
-Se não me importasse, nos nem teríamos essas conversar. Eu mandaria você catar coquinho e pronto, mas estou disposto a escutar.
