Por Um Novo Mundo

O Alienígena amigável

- O que diabos está acontecendo? - Tamy grunhiu chegando até nós, o que aumentou o pânico da grávida, ela começou a dar passos para trás olhando todos nós assustada.

- Quem é essa? - Jonathan surgiu atrás de nós, e a moça olhou para ele em desespero.

- Me ajude.

- Ajudar? Por quê? - ele olhou confuso entre nós.

- Eles são alienígenas assassinos. Ajude-me. - ela pediu e Jonathan começou a rir.

Desvencilhei-me de Theo indo até ela.

- Está tudo bem, moça. Sou Mia, esses são Theo, Tamy e Jonathan. - apontei para cada um. - Somos do bem.

- Do bem? Mas... Mas, mas... Eles são, bem, eles... - ela finalmente bateu as costas em uma prateleira parando de se afastar.

- Eles são realmente do bem, moça. Veja Mia aqui está grávida como você. - Jonathan se juntou a mim, felizmente Theo e Tamy se
mantiveram quietos atrás de nós.

- Você está?

- Sim, de poucos dias. - me aproximei mais e ela sorriu.

- Bem, eu estou de sete meses.

- Parabéns.
- Para você também, e seu namorado. - olhou para Jonathan que riu.

- Não sou o namorado dela. Ele é. - apontou para Theo atrás de nós e a mulher olhou entre mim e Theo com a testa franzida.

- Você e o... Alien?

- Sim, ele é meu marido.

- Marido? Que padre casou vocês? - rolei os olhos.

- Nenhum, não tem padres mais, porém Theo e eu vamos ficar para sempre juntos, então nós somos casados, por todos os meios.

- Mas, ele é um alien.

- E?

- Mas... Mas... - ela se sentou no chão colocando o rosto entre as mãos. Olhei para Theo e ele deu de ombros, com certeza sem saber o que fazer com ela, assim como eu.

- Você está bem? - me ajoelhei na frente dela. Ela afastou as mãos e seu rosto estava úmido.

- Não. Meu... O pai do meu filho me abandonou aqui.

- O quê... Quando?

- Tem algumas semanas. Eu durmo no depósito, é um quartinho minúsculo, mas o bebê pode nascer e eu não sabia o que fazer, para onde ir, eu só... - ela começou a chorar novamente e Tamy se aproximou de nós sentando ao seu lado e eu me sentei de frente a ela.

- Sentimos muito pelo que o phrkutarno fez. - a menina parou de chorar e olhou para Tamy, ela congelou um pouco ao vê-la tão perto, mas pareceu relaxar.

- O que disse? - pela cara de Tamy e o tom, duvidava que fosse uma palavra bonita.

- Acredite, é melhor não saber. - ela fungou.

- Ok, eu acho. Eu... - ela respirou fundo e dando mais uma olhada entre nós se concentrou em mim. - Então os aliens são bons?

- Esses são. Tamy e Theo não concordam com os grhotkrininos.

- Grhotkrianos. – Tamy me corrigiu.

- Que seja. Eles são contra ao que fizeram, e gostam dos humanos. - ela assentiu olhando para minha barriga.

- Está mesmo grávida dele?

- Estou. - sorri acariciando meu estômago.

- E você? - ela perguntou para Tamy que grunhiu.