32 • cindy miller

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— Você vai no estúdio hoje? — A voz de Ashley ecoa pelo quarto por conta do viva voz na ligação

— Vou, mas por que Daniel me chamou. — Respondo finalizando de passar o gloss em meus lábios — Tô bonita?

— Ta linda. — Ela sorri animada — Estou indo antes pois vou com Corbyn. Nos encontramos lá.

Assinto e me despeço dela que logo desliga. Sinto meu estômago roncar e decido comer durante o caminho, me despeço de mamãe e pego as chaves do carro, finalmente eu era uma cidadã habilitada.

Entro no carro e conecto o celular no bluetooth e deixando a playlist no aleatório. Faço o caminho até o drive thru mais perto, meu estômago clamava por fritas e cheeseburger. No som tocava slow down, e eu gostava de dirigir para pensar, era minha forma de relaxar a mente.

I've been lying to myself and I might know why. I miss the way you looked at me before

Faziam quase um mês que eu e Corbyn não trocávamos uma palavra. Ele não chegou e me pediu desculpas pelo seu ato, e quando estamos no mesmo local, todos sentem o clima tenso pairar, e aquilo me deixava desconfortável demais. Queria tanto voltar no começo e poder mudar tudo, mesmo sabendo que a culpa não era minha, eu faria diferente e não me envolveria tanto. Meu coração doía todas as vezes que eu pensava naquilo mas eu não me permitia chorar mais, mas admito, que foram os piores dias. Eu me sentia destruída em todos os momentos.

Turn around. Things were so simple way before now

Ash após me procurou e eu me desculpei com ela. Fui extremamente egoista e a coloquei em uma posição horrível, ela me contou que também ficou muito mal, principalmente pelo fato de ser o irmão e a melhor amiga. Eu me sentia culpada por isso também, mas nosso laço é forte demais para ser desfeito dessa maneira.

Faço meu pedido assim que chega minha vez, eu já estava impaciente de esperar. O cheiro de fritura invade minhas narinas, fazendo
com que meu estômago embrulhasse. Me sinto gélida e com certeza estava pálida que nem um fantasma, já que a atendente me olhava preocupada. Abro a porta do carro rapidamente e vômito ali, sinto segurarem meu cabelo e era uma das garçonetes que anotava os pedidos do lado de fora que veio me ajudar.

Limpo minha boca rapidamente e agradeço a ela, que logo me deu água. Minha cabeça naquele momento parecia que ia explodir, fazia quase um mês que eu me sentia assim e eu nau aguentava mais. A atendente pergunta se eu estava melhor e eu afirmo que sim, pego meu pedido e saio dali e vou até a farmácia que tinha ali perto e estaciono o carro.

Agradeço aos céus por estar vazia, me direciono até o balcão e espero a vendedora aparecer.

— No que posso ajudar? — Ela diz simpática

— Tenho andado enjoada a alguns dias, teria algum remédio?

— Tem diarreia? — Pergunta

— Não.

— Febre?

— Não.

— Cólica estomacal?

— Também não. — Respondo as perguntas calmamente

— Sua menstruação atrasou? — Ela diz agora fazendo contato visual

— Sim. — Minha voz sai baixa, mas ela conseguiu entender

Arrumo minha blusa e sinto minhas mãos suarem frio novamente, ela coloca o teste de gravidez encima do balcão e eu olho assustada aquilo.

— Não. Não pode ser. — Digo nervosa

𝘿𝙀𝙎𝙏𝙄𝙉𝙔 • ᴄᴏʀʙʏɴ ʙᴇssᴏɴ Onde as histórias ganham vida. Descobre agora