24 • corbyn besson

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Deito minha cabeça no travesseiro e sinto os braços dela passar sob meu corpo, bufo com aquilo é me levanto da cama colocando minha box e a calça.

— Tá bravinho? — Christina diz em tom de ironia

— Me erra. — digo pegando o copo de whisky que havia ali e bebendo

— Quando você precisa de mim, não fala isso, né? — A voz de Christina me irritava seriamente, e qualquer coisa que ela falasse já me deixava puto — A culpa não é minha que sua namoradinha não ama você.

— Vai se foder, Harris. — digo e ela revira os olhos vestindo suas roupas

— Mesmo você sendo assim, sabe onde pode sempre me procurar. — ela pisca e sai dali

Ouço o barulho da porta bater e agradeço aos céus por ela finalmente ter ido embora. Eu não gostava de Christina, mas no momento eu estava tão puto que estava fazendo loucuras.

Faziam semanas que eu não me alimentava direito, que eu não ia ao estúdio e que não organizava a minha casa. Ando até a cozinha que estava um nojo de tão suja, preparo um lanche para mim e reponho o whisky no copo.

Meu celular vibrava com as diversas mensagens que me enviavam. Os meninos eram os únicos que eu respondia, pois sabia que estava sendo um baita de um filha da puta com eles e eles não mereciam isso, mas eu realmente não estava com paciência para nada no momento.

Ashley enviava mensagens, ligava todos os dias eu respondia o básico pois sabia que ela iria contar para mamãe e o caos estaria formado. Menina fofoqueira.

E as dela, estamos a quase duas semanas nessa e Deus sabe o quanto eu sinto sua falta, mas agora eu me sentia um completo idiota. Talvez estivesse sendo egoísta com ela, na verdade, eu sabia que estava, mas porra, eu me declarei e disse que a amava ela e ela não disse nada. Nada.

Nos primeiros dias ela insistia em mandar mensagens e ligar, mas eu não respondia e nem atendia, e quando respondia, era extremamente grosso. E conhecendo ela, provavelmente se cansou da grosseira e deixou o tempo cuidar disso. Meu medo era o tempo cuidar e ela nunca mais voltar.

A campainha toca e eu estranho até por que a portaria não havia interfonado. Abro a porta e me deparo com minha irmã na maior cara de tacho.

— Ta fazendo o que aqui? — digo indo ate o sofá e me jogando no mesmo

— Meu Deus, que nojo que tá isso aqui. — ela diz fazendo uma careta — Vim ver como você está.

— Já pode ir então. — falo e ela me mostra o dedo

— Ela também não está bem. — sinto meu coração apertar ao ouvir aquilo — Por mais que ela tenha tentado enganar, ela ficou muito mal depois que você foi embora da boate.

— Eu me declarei pra ela, Ashley, e eu recebi um balde de água fria bem na minha cara. — digo ligando a TV e trocando os canais até achar algo que me interessa-se

— Corbyn, não podemos esperar dos outros reciprocidade sempre. Talvez para ela não fosse o momento para dizer aquelas palavras, e tá tudo bem, cada pessoa tem um tempo.

— Porra, eu não esperava que ela dissesse que me amava mas não esperava tal reação. — falo e ela revira os olhos — Ela ficou em completo silêncio depois que eu falei que era apaixonado por ela e que à amava.

— Eu sei que dói, mas você não deu nem uma chance pra ela, pra conversar com ela. — Agora foi minha vez de revirar os olhos — Quando foi você dando mancada, ela sentou e conversou com você. E eu sei que você cometeu essa mesma mancada de novo. — engulo seco — Christina de novo, Corbyn?

— Eu tava puto, Ashley. — bebo mais do whiskey no meu copo — Não vem me dar lição de moral.

— Você já não é mais um adolescente, você é um homem de 22 anos, sabe que seus atos podem ter consequências dolorosas. — ela diz e eu me calo — Não quero lição de moral, quero seu bem. Assim como estou aqui, eu estive lá na casa dela também e fui franca com ela.

Fico em silêncio após o soco no estômago que acabei de tomar da minha irmã, e o pior que ela estava certa, mas eu não iria admitir nunca na cara dela.

— Pensa bem, tá? — ela se levanta depositando um beijo em minha testa — Eu sei que o que vocês dois sentem um pelo outro é puro e genuíno, e que vocês se gostam demais para deixar que isso acabe com tudo que vocês passaram e ainda tem para passar. E eu não tô dizendo só por que não aguento mais ela chorando e me ligando. — Eu rio com aquilo junto a ela — Se cuida irmão, tô aqui sempre.

Ela deixa o meu apartamento, e passo a refletir com aquilo. Eu amava Cindy e isso era inegável, e se eu quero ter ela sempre ao meu lado, eu preciso trazer ela de volta.

𝘿𝙀𝙎𝙏𝙄𝙉𝙔 • ᴄᴏʀʙʏɴ ʙᴇssᴏɴ Onde as histórias ganham vida. Descobre agora